Com cerca de 1,5 mil postos de trabalho, a Alegra é a maior geradora de emprego e renda do município de Castro (PR), localizado nos Campos Gerais. A cooperativa ainda impacta socioeconomicamente aproximadamente 5 mil pessoas e avalia que o crescimento da empresa está diretamente atrelado ao desenvolvimento da cidade e da região como um todo.
A Alegra é um exemplo do bom trabalho feito pelas cooperativas e empresas do setor alimentício no Paraná. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre de 2022, o segmento impactou positivamente na queda no desemprego nas regiões Oeste, Centro-Sul e Noroeste do Paraná. Enquanto a média estadual de desemprego é de 6,1%, os números nessas regiões apontaram, respectivamente, 4,9 %, 3,6% e 4,6%.
“Os salários somados aos benefícios da cooperativa, como plano de saúde, convênio farmácia, vale alimentação, programas de incentivo à educação e prática esportiva, têm transformado vidas e feito girar a economia da comunidade do entorno do frigorífico. Entendemos que temos muito a desenvolver e acreditamos que o crescimento da Alegra irá incrementar ainda mais essa perspectiva socioeconômica da região”, pontua Ray Charlys Torres, Coordenador de Capital Humano da Alegra.
Boa parte desse crescimento da empresa está atrelado à preocupação da Alegra em buscar melhorias nos processos internos constantemente. Um exemplo é a adoção da metodologia japonesa Kaizen, que tem permitido maior engajamento e produtividade entre os colaboradores da companhia.
“O Kaizen é um método japonês que visa melhorar os processos. Como nosso objetivo é sempre buscar maior produtividade, a metodologia nos auxiliou nas atividades diárias, porque as tarefas de um frigorífico são complexas. Conseguimos melhorar o ritmo de trabalho”, explica Paulo Ricardo Rodrigues Camargo, supervisor de produção na Alegra.
A proposta do Kaizen é alcançar e maximizar a produção por meio da melhoria constante e redução das ineficiências no ambiente de trabalho. A metodologia foi criada na década de 1950 no Japão, após os esforços de reconstrução do país asiático ao final da Segunda Guerra Mundial. A palavra é composta da derivação de dois Kanji japoneses, sendo que “KAI” significa “mudança ou reforma”, enquanto “ZEN” é “sabedoria ou bondade”.
Propondo mudanças pequenas e graduais que podem ser realizadas cotidianamente, a metodologia tem como propósitos ensinar as pessoas a utilizarem recursos de forma eficiente, eliminando desperdícios; estabelecer metas factíveis, de acordo com a realidade do negócio; instituir, na empresa, uma cultura de melhoria contínua; garantir que todos os colaboradores estejam alinhados com o propósito e objetivos do negócio; e capacitar os gestores para que estes possam identificar os momentos certos para realizar alterações nas atividades da companhia.
Essa mudança nos processos têm refletido positivamente em diversas atividades diárias na Alegra. Uma delas foi a maior inserção de colaboradoras mulheres em funções como a desossa, normalmente atrelado a funcionários homens. Isso porque foi observado que a técnica necessária ao trabalho é mais eficiente do que apenas a força empregada.
Metas para 2023
A expectativa da Alegra é continuar o crescimento na produção, o que deve resultar na abertura de novos postos de trabalho. A empresa avalia que até 5% do corpo de colaboradores seja ampliado logo no início do ano, com perspectiva de novas contratações conforme o aumento no abate de suínos na empresa for subindo.
“O cooperativismo prega que organização e colaboradores possam crescer juntos, fazendo com que os benefícios, salários e qualidade do transporte e refeição sejam diferenciados em comparação com outras empresas da região. Não adianta um bem e o outro ir mal. É importante trabalhar em conjunto para crescer. A Alegra está sempre atenta a esses pontos e não deixa que as condições de trabalho caiam. É por isso que o grupo tem uma grande demanda por parte de quem está buscando emprego”, finaliza Camargo.
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