PALAVRA DO TEJON
As cooperativas do mundo irão caminhar obrigatoriamente para uma intercooperação global.
O motivo é óbvio, as cooperativas significam uma real e legítima organização a serviço da causa evolutiva da humanidade, independentemente de ideologias e de polarizações políticas.
O cooperativismo é cria de sofrimentos, necessidades reais, angústias humanas que só poderiam ser resolvidas através do conceito essencial da cooperação.
Todas as cooperativas nasceram e surgiram pequenas no começo. Foram lutas bravas de alguns poucos seres humanos que enxergavam acima e além dos demais, e deram suas vidas para organizar a união de pessoas a serviço delas próprias. Cooperativas começaram com 15, 20, 50, 70 membros, e boa parte desses cooperados das mesmas famílias. Passados anos, esses poucos se transformaram em milhões. Hoje, no planeta Terra, quando somamos as cooperativas do mundo no seu movimento financeiro, no montante dos seus cooperados, obtemos a maior empresa planetária em volume de movimentações financeiras, membros associados e empregos.
Porém, temos uma vital necessidade de atuar numa comunicação educadora e persuasiva sobre os valores e a inexorável missão cooperativista para o país e o mundo, caso contrário atrasamos o que poderia ser obtido de forma muito mais veloz: os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU.
Na COP 30, a presença das cooperativas se fará sentir, ver para valer. A OCB com presença marcante e influente se fará notar exatamente por representar o que de efetivo poderemos criar para atender os desafios climáticos, da desigualdade social, da insegurança alimentar e energética.
COP 30 é COP do clima. E não termina em novembro deste ano, ao contrário, inicia neste novembro onde o Brasil fará a sua presidência por todo ano vindouro.
Neste cenário, mitigar dramas humanos, promover a evolução com dignidade humana para todos, a prosperidade, tudo isso com valores éticos, jamais sabotando o longo prazo ou tirando proveito no curto, precisará contar com uma efetiva intercooperação global.
As cooperativas do mundo precisam estar reunidas, suas lideranças conscientes formando um quadro ascensional da vida na Terra, pois sem essa governança que se posiciona acima e muito além de jogos eleitoreiros e disputas manipuladoras de egos em todos os países, não iremos conseguir na velocidade necessária termos esses avanços obrigatórios da evolução humana na terra.
As cooperativas serão do tamanho do planeta e o planeta e a vida dentro dele será do tamanho do cooperativismo.
COOP é COP 30. Novembro será ponto de partida, não de chegada, e poderemos acelerar para o bem, se as forças criadoras benévolas, como o cooperativismo as representa, se unirem planetariamente e souberem comunicar conquistando corações e mentes universais.
Líderes de cooperativas merecem o Nobel da Paz, frase do líder Roberto Rodrigues. Concordo. Nunca tanto deveram tanto a tão poucos. Essas e esses líderes mudam o mundo para melhor.
*Por José Luiz Tejon, Especialista em Agronegócio e Membro Editorial da Revista MundoCoop

Reportagem exclusiva publicada na edição 126 da Revista MundoCoop









