A 12ª Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF), realizada entre os dias 12 e 18 de maio de 2025, mobilizou instituições públicas, privadas e a comunidade escolar de todo o país para promover ações direcionadas à educação financeira. A edição com o tema “Educação Financeira para Crianças e Jovens: Preparando a Sociedade para Escolhas Conscientes”, propôs iniciativas para o fortalecimento de uma relação mais saudável entre os jovens e o dinheiro.
Neste ano, o movimento cooperativista demonstrou, novamente, o empenho com a difusão do acesso à educação financeira. A participação de cooperativas financeiras, educacionais e institutos sociais permitiu levar educação financeira de forma acessível, atingindo públicos de todas as idades em diversas regiões do país.
Sicredi, Cresol e Sicoob estiveram entre as instituições que levaram para escolas, comunidades e plataformas digitais ações educativas voltadas a diferentes faixas etárias. A presença das instituições levou conceitos básicos de planejamento financeiro e consumo consciente às crianças e adolescentes das 5 regiões do Brasil.
Finanças e Games
O Sicredi inovou ao lançar um curso gamificado na plataforma Sicredi na Comunidade, desenvolvido especialmente para crianças e jovens. A iniciativa anunciada utiliza jogos e interações digitais para ensinar conceitos financeiros de maneira simplificada.
Cristiane Amaral, gerente de Educação Financeira da Fundação Sicredi, explica como essa abordagem lúdica torna o aprendizado mais natural e atraente para o público jovem. A gamificação é uma linguagem que fala diretamente com os jovens. Transformar conceitos complexos em atividades interativas aumenta o engajamento e a retenção do conhecimento”, destaca.
Impacto social da educação financeira
Ainda durante a semana ENEF, as cooperativas do setor demonstraram que a educação financeira vai além dos números e se destacam como uma ferramenta de transformação social.
O sistema Cresol participou da Semana ENEF com contribuições por meio de promgramas escolares e ciclos de formação. As ações direcionadas à valorização e promoção da independencia financeira feminina integram o rol de iniciativas do sistema na Senef.
As ações voltadas para o público feminino expressam o empenho da instituição para o fortalecimento de um abiente seguro para esta parcela da população. Para a Cresol, a inclusão e desenvolvimento pessoal das mulheres é forma de fortalecer o quadro social e cumprir o objetivo de equidade e autonomia. “Sabemos da responsabilidade enquanto instituição financeira e, por isso, levamos a sério projetos que intensificam e fomentam a gestão eficiente dos recursos financeiros. Sabe-se, inclusive, que através do acesso à informação conseguimos combater a violência financeira a que muitas mulheres são submetidas ao longo de suas vidas. Assim, elas reconhecem e combatem esse tipo de abuso e aprendem como usar o dinheiro de forma mais consciente e realizar a gestão dos seus recursos”, destaca Sérgio Bukovski, presidente da Cresol Vale das Águas PR/MG, responsável pela realização de palestras autocuidado, protagonismo e liderança para mais de 300 mulheres nos dois estados.
Já o Sistema Sicoob adotou uma abordagem prática, visitando escolas e projetos sociais com dinâmicas interativas. As atividades incluíram desde simulações de orçamento familiar até jogos sobre consumo consciente.
No Rio Grande do Sul, a Unicred Porto Alegre direcionou as suas ações para futuros profissionais da saúde. Por meio do hub Uni4Life, a cooperativa realizou palestras como “Primeiros Socorros Financeiros”, que usou linguagem médica para ensinar planejamento financeiro em universidades e hospitais do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. “Queremos ajudar esses jovens que estão começando uma carreira exigente a estabelecerem uma relação saudável com o dinheiro desde cedo”, explicou Patrícia Azevedo, analista de Educação Financeira da Unicred.
Cooperativismo em ação
As abordagens dos sistemas Sicredi, Cresol, Sicoob e Unicred demonstraram a potencialidade e capilaridade do setor nas iniciativas de promoção social. A atuação das cooperativas nesta edição é mais uma prova de como o movimento consegue traduzir seus princípios em ações concretas e capazes de transformar as comunidades nas quais estão inseridas.
Por João Victor, Redação MundoCoop