Vivemos um momento em que planejar o futuro não é mais uma escolha — é uma necessidade. O sistema público de aposentadoria no Brasil enfrenta sérios desafios, enquanto a expectativa de vida sobe e o número de contribuintes cai. Nesse cenário, a previdência complementar tem ganhado força, especialmente no ambiente cooperativista, onde se revela uma poderosa aliada para quem deseja segurança, proteção e um vínculo duradouro com sua cooperativa de crédito.
Muito além do crédito: um elo de longo prazo
Ao ingressar em uma cooperativa, é comum que o cooperado busque inicialmente soluções de crédito. No entanto, é a previdência complementar que acaba se tornando o laço mais duradouro com a instituição. Ela transforma o relacionamento pontual em parceria de vida.

“Os cooperados entram pelo crédito, mas permanecem pela previdência. Ela fideliza porque entrega valor de verdade”, resume Décio Isleb, consultor de negócios da Quanta Previdência, entidade que se destaca como a maior do país no segmento de planos fechados voltados ao cooperativismo. Com uma taxa de fidelização de impressionantes 92%, a Quanta soma mais de 220 mil participantes e administra R$ 7,3 bilhões em ativos.
Resultados concretos: rentabilidade, economia e eficiência
Os números falam por si. Em 2024, os participantes da Quanta receberam mais de R$ 321 milhões em ganhos financeiros, distribuídos da seguinte forma:
• R$ 131 milhões em rentabilidade superior aos planos abertos;
• R$ 75 milhões economizados com taxas de administração (com média anual de 0,25%, frente a 1,4% dos planos abertos);
• R$ 115 milhões economizados no Imposto de Renda, com destaque para as deduções também sobre as contribuições das coberturas de Proteção Familiar, um diferencial exclusivo dos planos da Quanta Previdência.
A previdência permite dedução de até 12% da renda tributável anual no Imposto de Renda e evita a burocracia do inventário, garantindo mais agilidade e segurança aos beneficiários.
Planejamento sucessório: um legado garantido
A previdência complementar não é apenas uma reserva para a aposentadoria. Ela também se torna uma ferramenta de proteção patrimonial e familiar. Em caso de falecimento do titular, os recursos acumulados são repassados diretamente aos beneficiários, sem a necessidade de inventário — o que representa economia, agilidade e tranquilidade.
Para muitos cooperados, esse aspecto é fundamental. “Eles enxergam a previdência como um instrumento de proteção familiar, não apenas como um recurso futuro”, destaca Décio Isleb. Isso reforça a confiança na cooperativa e o sentimento de cuidado e pertencimento.
Previdência fechada ou aberta? Comparativo técnico esclarece as diferenças
Embora existam diferentes modelos de previdência no mercado, os planos fechados — como os oferecidos por cooperativas — apresentam uma série de vantagens técnicas frente aos planos abertos, comercializados por bancos e seguradoras.
ASPECTO | PLANO FECHADO (Precaver e Prevcoop) | PLANOS ABERTOS (mercado tradicional) |
Taxa de administração | 0,25% ao ano | 1,4% ano ano (média) |
Rentabilidade | 107% do CDI (acumulado em 20 anos) | 90% ddo CDI (média) |
Cobertura por morte/invalidez/ incentivo fiscal | Sim | Não |
Modelo de contas | Individual | Individual/mutualista |
Transparência de resultados | Alta | Baixa |
Finalidade da entidade | Sem fins lucrativos | Com finalidade lucrativa |
Mais do que produto: atendimento humano e consultivo

O cooperativismo vai além da lógica de mercado. Ao invés de metas frias e abordagens padronizadas, as cooperativas oferecem um atendimento pautado na escuta, no cuidado e no planejamento de verdade.
Luciana Brick Pereira, diretora da Viacredi — maior cooperativa de crédito do país —, sintetiza bem esse diferencial: “A previdência desempenha um papel crucial no planejamento financeiro dos cooperados e fortalece a relação de confiança com a cooperativa”. Para ela, trata-se de um produto genuinamente colaborativo. “É uma solução ganha-ganha que precisa ser cada vez mais valorizada no cooperativismo de crédito.”
Transparência que gera pertencimento
No Sistema Ailos, os cooperados recebem mais do que informações financeiras: eles recebem clareza. Os relatórios apresentados em assembleias incluem um painel com os resultados da previdência cooperativa, permitindo que cada participante visualize:
• A economia obtida com taxas reduzidas;
• O ganho adicional em rentabilidade;
• O benefício fiscal aproveitado;
• O patrimônio acumulado.
“Essa transparência gera orgulho. Quando o cooperado vê, na prática, quanto ganhou só por estar em um plano cooperativo, ele entende o valor do que tem nas mãos”, pontua Isleb.
Casos que inspiram: Viacredi e Unicred Valor Capital
A Viacredi tem se destacado pela forma como integra a previdência ao seu portfólio de soluções, combinando educação financeira, acolhimento e visão de longo prazo. Luciana Brick reforça: “Nosso foco é o bem-estar do cooperado. A previdência é parte disso”.

Outro exemplo vem da Unicred Valor Capital, que acaba de alcançar a marca de 10 mil cooperados com previdência. Débora Borges Gama Salles Setubal, diretora de operações, celebra: “A previdência é um diferencial competitivo que gera engajamento. Muitos cooperados chegam pelo crédito, mas permanecem pelo valor de longo prazo que o plano oferece”.
Uma oportunidade gigante para o cooperativismo
Hoje, apenas 3% da população brasileira possui previdência complementar. Por outro lado, mais de 17 milhões de brasileiros são cooperados em instituições financeiras. Imagine o impacto transformador que seria se metade desse público acessasse um plano de previdência cooperativa.
“O cooperativismo já mostrou sua força como modelo de negócio sustentável e justo. Agora, precisa abraçar a previdência como uma das suas principais ferramentas de impacto”, conclui Isleb.