Recentemente tivemos a oportunidade de conversar sobre esses temas com executivos de diferentes sistemas cooperativos de crédito, desde diretores executivos, operação, negócios, regionais e gestão de pessoas. Compartilhamos aqui algumas descobertas e dores:
As três maiores dores relacionadas ao tema de expansão passam pela seleção e capacitação adequada de pessoas nas novas regiões, modelo de agência/PA que viabilize sua implantação gerando resultados e as barreiras culturais e o conhecimento da região para fazer negócios da forma correta e segura.
As três maiores dores relacionadas ao tema de provisão passam por políticas e processos de concessão aderentes à nova região, falta de uma cultura de gestão de risco que permeie toda a cooperativa e não apenas a alta liderança ou áreas especificas e o conhecimento e comportamento das pessoas de negócios que atuam diretamente com os associados na concessão de crédito.
Mas quais são as correlações desses dois temas?
Primeiro, há uma dificuldade de seleção de pessoas que tenham não apenas competências técnicas, mas principalmente tragam consigo valores que combinem com o cooperativismo, como o relacionamento e a colaboração, o que resultaria num olhar mais cuidadoso desses profissionais com o associado e com a cooperativa.
Soma-se a isso uma pressão natural por gerar resultados rápidos que viabilizem a agência/PA, mas que por vezes, por um processo de formação indevido ou até a ausência dele, faz com que essa falta de conhecimento específico ou até do comportamento adequado desejado na gestão do risco gere negociações frágeis do ponto de vista de risco e até mesmo negociações financeiras ruins para a cooperativa.
Por último, há um grande desafio das cooperativas para um entendimento adequado das regiões e sua cultura (tanto dos colaboradores quanto dos associados) para calibrar políticas e processos de concessão de crédito que equilibrem o apetite ao risco e a geração de resultados, sem comprometer a sustentabilidade dos negócios. É uma tríade importante que passa por estratégia, processos/políticas e pessoas.
Foi consenso que as cooperativas ainda precisam criar uma cultura de gestão de risco que não fique apenas na alta liderança ou em áreas específicas. Os gestores das agências/PA e seus profissionais de negócios precisam e podem ampliar essa consciência e buscar comportamentos adequados, sendo mais estratégicos, visitando mais os associados, sondando mais e tendo mais arrojo e argumentação para trazer operações importantes com garantias que protejam a cooperativa e o próprio associado.
Ainda mais agora, para mitigar também os impactos da IFRS 9 (Resolução 4.966 do Bacen), que altera os critérios de provisão, bastante comentada pelos executivos como mais um desafio que precisa ser tratado com rapidez em entendimento e ações.
A Yassaka, ao longo dos seus mais de 18 anos entendendo e contribuindo com o cooperativismo, pode apoiá-lo nos desafios da expansão e da provisão, desenvolvendo consciência e competências nas equipes de negócios e atendimento, para geração de resultados cada vez melhores. Teremos um imenso prazer em continuar essa conversa com você!
– Willians Pressi
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 119