A partir de terça-feira (11), empresas, produtores rurais e microempreendedores afetados pelas inundações no Rio Grande do Sul vão poder pedir empréstimos do programa emergencial do BNDES. Esses pedidos vão ser feitos diretamente aos bancos e cooperativas com os quais eles já têm relações.
O BNDES emergencial para o Rio Grande do Sul é de R$ 15 bilhões. São três linhas de crédito. Uma para a compra de máquinas e equipamentos. A segunda é para a construção e reforma de fábricas, galpões, estabelecimentos comerciais e outros projetos de investimento.
Nos dois casos, o valor máximo do empréstimo por cliente é de R$ 300 milhões, e os juros são de até 0,6% ao mês. Muda apenas o prazo para pagamento. Para compra de máquinas e equipamentos, são cinco anos com carência de um ano. Para investimento e reconstrução, são dez anos para pagar e dois de carência.
A terceira linha de crédito é de capital de giro emergencial. Uma ajuda para as empresas pagarem salário dos funcionários e fornecedores, recompor estoques e outros gastos necessários para retomar as atividades. Cada cliente pode pegar emprestado até R$ 400 milhões. Os juros são de até 0,9% ao mês, e o prazo de pagamento é de cinco anos, com um ano de carência.
Uma empresa pode solicitar as três modalidades de crédito. Mas as instituições financeiras vão analisar a situação específica de cada negócio.
Para ter direito ao empréstimo, a empresa terá de provar que atua em um dos 95 municípios onde foi decretado estado de calamidade pública e declarar também que sofreu perdas e danos por causa das enchentes no Rio Grande do Sul.
O dinheiro será liberado a partir do dia 21 de junho.
As linhas estarão disponíveis por um ano. O interessado deve procurar o gerente do banco, cooperativa de crédito ou outra instituição financeira onde tenha conta para dar entrada no pedido. Quem pegar empréstimo terá que manter o negócio no estado. O BNDES vai cobrar também que as empresas retomem em dez meses o nível de emprego anterior às enchentes.
Outra medida já implementada pelo banco é a suspensão por um ano das parcelas de financiamentos contratados por empresas e produtores rurais de cidades atingidas.
“Nós temos que reativar o tecido econômico do Rio Grande do Sul. Ele não pode largar aquela região, você tem que gerar emprego, tem que gerar renda, a vida tem que voltar. Mas é muito importante que eles pensam em uma reconstrução, por isso que tem financiamento de construção civil, de máquinas, equipamentos. Mas é muito importante que ele pense a mitigação”, afirma Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Fonte: G1/Jornal Nacional
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