O mercado brasileiro de energia solar, uma das fontes renováveis mais atrativas, movimentou cerca de R$ 122 bilhões em investimentos em GD – Geração Distribuída, evidenciando um crescimento notável nos últimos anos. Embasando tal dado, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), divulgou recentemente que o país chegou à marca de 35 gigawatts (GW) de potência instalada procedente da energia solar fotovoltaica, tornando o segmento responsável por 15,9% da matriz energética de todo o Brasil.
Diante de tal conjuntura, muito tem-se especulado sobre a grande potencialidade de desenvolvimento e expansão da energia solar no Brasil. Neste aspecto, dado às políticas de incentivo, como leilões de energia, linhas de financiamento e a crescente conscientização sobre os benefícios ambientais, é seguro esperar um aumento considerável na capacidade instalada de fonte solar em 2024, período que deve contar com avanços significativos em tecnologias de armazenamento como baterias mais eficientes e econômicas, fator que permitirá a melhor integração da energia solar na matriz energética.
Além disso, para o próximo ano, novos materiais e designs para painéis solares estão sendo desenvolvidos com o objetivo de aumentar a eficiência e reduzir os custos de produção no segmento. Em paralelo, outro ponto chave para o desenvolvimento da energia solar no país, será a integração de sistemas inteligentes de gestão, que permitirão a otimização e o controle da produção solar, juntamente com o avanço de usinas solares flutuantes, que devem triplicar o tamanho da capacidade instalada, chegando a 150 Mwp até o final de 2024.
Vale destacar que a constante redução dos custos de produção e a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade terão papel crucial no crescimento e na consolidação do mercado de energia renovável no Brasil, que possui um imenso potencial solar ainda a ser explorado, especialmente em regiões com alta irradiação solar. O investimento contínuo em pesquisa, infraestrutura e políticas de incentivo será essencial para maximizar esse potencial e posicionar o país como um líder global no mercado de energia solar.
A expectativa é que, no Brasil, o segmento registre crescimento anual de cerca de 23% na capacidade instalada de energia solar fotovoltaica, alcançando uma marca de 68 GW nos próximos cinco anos. Para além, a Wood Mackenzie, negócio global de insights para energias renováveis e recursos naturais, projeta que o Brasil será, já no início da próxima década, o 5º maior mercado de energia solar do mundo, dispondo de capacidade instalada acumulada superior à nações como Japão e Austrália. Dadas tais circunstâncias, os avanços tecnológicos e o aumento da demanda por energia limpa, é possível assegurar que o mercado brasileiro de fonte renovável terá um futuro tão brilhante quanto o Sol.
*Rodrigo Bourscheidt atuou na AmBev e Grupo Embratel
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