“A saúde do futuro não depende apenas da tecnologia. Também é preciso lançar um olhar sobre práticas primitivas que abandonamos ao longo dos anos.” A frase de Maikol Parnow, CEO e cofundador da Hygia Saúde, resume bem a palestra que o executivo realizou nesta quarta-feira (12) no palco Repensando a Saúde do Gramado Summit. O evento, que terá a duração de três dias, contará com mais de 200 palestrantes – 50 deles dedicados a debater o futuro da saúde, em trilha inédita no festival.
Em sua palestra, Parnow falou sobre a necessidade de repensar modelos de gestão no setor e até mesmo a própria ideia do que é ser saudável. “Estamos acostumados a pensar que ser saudável é estar livre de doenças. Mas não é bem assim. Uma pessoa que nasce com diabetes, por exemplo, pode ter uma vida saudável ao longo dos anos. Precisamos entender que saúde é qualidade de vida”, disse o CEO da Hygia, healthtech de Porto Alegre que recentemente recebeu um aporte de 3 milhões de euros (R$ 15,5 milhões) da holding Amad.
Parnow também discutiu o avanço no desenvolvimento de drogas para retardar o envelhecimento. “É importante lembrar que a longevidade depende também de outros fatores. Quando olhamos estudos sobre as chamadas blue zones – regiões com habitantes que ultrapassam os 100 anos -, vemos algumas características em comum, e que não estão ligadas à tecnologia”, disse.
Entre essas práticas estão: uma dieta rica em plantas e frutas, consumo moderado de vinho, atividades físicas feitas ao ar livre, conexões sociais, sono de qualidade, propósito de vida, redução do estresse e vida espiritual. “É claro que tecnologias como órgãos sintéticos, robôs cirúrgicos e drogas superpotentes serão fundamentais para atingirmos uma maior longevidade. Mas também precisamos resgatar práticas que nossos antepassados faziam”, completou Parnow.
Fonte: Época Negócios
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