Foi realizado, na manhã desta quinta-feira (03/11), pela plataforma Teams, o Fórum Sustentabilidade e Pacto Global, uma iniciativa do Sistema Ocepar e que contou com a participação de 100 profissionais de cooperativas paranaenses e convidados. A abertura do evento foi feita pelo superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche, que enalteceu sobre a importância do tema para o cooperativismo, que, segundo ele, está alinhado com as ações realizadas pelas cooperativas e pelo Planejamento Estratégico do Cooperativismo Paranaense, o PRC200 que possui vários projetos com foco na sustentabilidade, entre os quais o projeto 14 que é com foco na certificação de cooperativas através do ESG+Coop, lançado recentemente para as cooperativas do Paraná.
Segundo professor Gustavo Loiola, Mestre em Sustentabilidade e Governança Corporativa pelo ISAE/FGV, o pacto é uma organização baseada em 10 princípios. “Aquelas empresas ou cooperativas que desejam aderir, serem signatárias e se comprometer com esses princípios devem realizar na prática”. A proposta do Pacto Global é que as empresas alinhem suas operações aos 10 princípios universais nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção e desenvolvam ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade.
O termo ESG surge pela primeira vez no documento Who Cares Wins e foi um estudo conduzido pelo Pacto Global com investimento do governo Suíço e trazia recomendações para a analistas financeiros, empresas, instituições financeiras, investidores, fundos de pensão, reguladores, bolsas de valores e consultores financeiros. A questão ambiental vem sendo tema constante nas pautas mundiais. Segundo Kofi Annan, secretário Geral da ONU de 1996/2006 “Nós não podemos ter um plano B, porque não temos um planeta B”.
O pacto é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa no mundo. São mais de 17 mil empresas comprometidas e mais de 4 mil participantes, como ONGs, instituição de ensino. No Brasil são mais de 1,7 mil empresas signatárias do Pacto Global. “Alguns desafios são comuns, porém outros são inerentes a realidade de cada país ou empresa. Se não me engano o Brasil é a segunda maior rede de iniciativas pelo pacto”.
Temos ainda muito desafios, complexos, dinâmicos, sistêmicos e globais. Hoje, no Brasil cerca de 31 milhões de pessoas foram adicionadas a situação de extrema pobreza pós pandemia da Covid-19. Cerca de 19% dos trabalhadores no mundo estão em condições inadequadas de trabalho. Oito milhões de toneladas de plásticos são jogadas anualmente nos oceanos. Aquecimento global previsto para atingir mais de 3 graus até 2030. O custo de suborno global por ano é de US 2 trilhões, cerca de 2% do PIB mundial. “Ainda não estamos no caminho certo para alcançarmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, lembrou Loiola. Segundo ele, há um grande crescimento em relação a sustentabilidade. “Hoje, 88% das empresas com ações para ODS; 90% com práticas anticorrupção; 92% com práticas ambientais; 82% têm questões de igualdade de gênero em suas estratégias”.
“Quando trazemos sustentabilidade e o pacto para dentro das empresas há uma melhora na lealdade do consumidor, relação com os funcionários, retenção de talentos, eficiência operacional, engajamento com stakeholders, relação com fornecedores, vendas e marketing, gestão de riscos, cobertura da mídia”, ressaltou Gustavo Loiola. “Ter a cooperativa conectada ao Pacto, promove uma maior visibilidade, ela pode se apropriar dessas vantagens também. Mais impacto, mais engajamento e mais visibilidade em menos tempo”, frisou.
O evento foi encerrado com a realização de um painel com a participação de algumas cooperativas sobre cases de sucesso sobre atuação com as ODS e com o Pacto Global. A coordenação do evento foi da analista da Gerência de Desenvolvimento Técnico, Carolina Bianca Teodoro e o painel foi mediado por Rosilene Rosado e contou com as participações de Fabianne Piojetti, Unimed Londrina, Sabrina Ambrosio, Cocamar e Danielle Machado da cooperativa Agrária.
Fonte: Sistema Ocepar
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