Toda empresa é formada por pessoas. Sejam quais for os níveis de tecnologia nos processos, pessoas sempre estarão na base para uma mudança seja efetivamente colocada em prática. Para isso, investir nos colaboradores é uma parte essencial para o desenvolvimento contínuo de sua empresa, instituição, negócio ou cooperativa.
Em um mundo onde tudo muda a cada novo segundo, estar preparado para o novo é vital. Acompanhar tais movimentos, internos e externos, faz parte da construção de um senso crítico, necessário para o processo de tomada de decisão em todos os contextos, e em todos os cargos. Mas afinal, como desenvolver as habilidades do capital humano da sua cooperativa?
A MundoCoop conversou com exclusividade com o economista comportamental e autor, Márcio Nami, para entender como o investimentos em desenvolvimento de colabores pode mudar os ramos do seu negócio.
Confira na íntegra!
MundoCoop: Atualmente, grande parte dos investimentos das empresas são direcionados para processos e tecnologias, deixando de lado um elemento importante para o desenvolvimento completo do ecossistema corporativo. Por que investir nos colaboradores é uma peça fundamental deste ecossistema?
A principal razão em termos de resultados, principalmente quando utilizamos a abordagem comportamental, é que o colaborador congruente com os ideais e caracteríscas da empresa, cooperativa e mercado é altamente valioso para propagar a imagem e ideais e, diferentemente dos aspectos tecnológicos convencionais, não pode simplesmente ser replicado e escalado.
Assim, sua evolução e congruência, nascem de um comportamento cooperativo em um ambiente de acolhimento e constante aprendizado, individual e coletivo.
MundoCoop: Investir no desenvolvimento de colaboradores é um importante passo para o crescimento coletivo de uma empresa. Como implementar esse plano de forma estratégica dentro da organização?
Entendendo o que se quer, e principalmente o que não se deseja. A era dos modelos “empacotados” está por um fio.
A realidade de mercado demanda hoje, mentorias e ações personalizadas, workshops e eventos segmentados em funil, ou seja do macroambiente até as bases e características da empresa ou cooperativa que contrata.
Somente assim nosso capital humano sente a devida congruência e inclusão e, os resultados de produtividade, retenção e ação são consequências.
MundoCoop: Com a longevidade cada vez mais alta, os ambientes profissionais estão mais plurais quando medimos a faixa etária dos colaboradores. Como trabalhar novas habilidades nos diferentes grupos que fazem parte da empresa? É possível utilizar essa diversidade geracional de forma estratégica?
Não só é possível mas extremamente recomendado, pois a diversidade de experiências, visões de mundo e maneiras de enxergar os desafios e oportunidades, quanto mais plurais forem, melhores são as probabilidades de êxitos individuais e coletivos.
Mas não basta só discursos, muitos treinamentos e ações de conscientização, são o amálgama necessário para transformar o discurso em prática.
MundoCoop: Nos últimos anos o mercado como um todo tornou-se ainda mais competitivo. Neste contexto, como a presença de colaboradores mais capacitados pode ajudar a empresa a se sobressair sobre os demais players do mercado? Quais os passos para compor um plano estratégico que utilize todo o potencial intelectual disponível no ambiente interno da empresa?
Conhecer, reconhecer e potencializar. Saber o que tem e o que falta dentro do ambiente de trabalho é o movimento incial, mas não o único. Após esta etapa, cabe a gestão estratégica formular a pergunta: como pode ser melhor? E à partir daí criar planos de aprendizado e evolução realistas e condizentes com o fluxo orçamentário e de mercado. A partir deste ponto, começa a visão de futuro, detectar tendências e mega tendências de mercado, setor e empresa, formando colaboradores críticos, assertivos e congruentes com este mercado futuro.
MundoCoop: Estamos em um período de grandes mudanças, e identificar novas tendências de forma ágil é algo fundamental. Como o investimento nos colaboradores irá impactar no desenvolvimento das empresas no longo prazo? Neste contexto, como o mercado deve se comportar nos próximos anos?
Esta é a verdadeira fronteira que irá delimitar vencedores e vencidos; seguidores e seguidos e iniciativas que perdurarão em detrimento de outras que virarão quando muito história.
Em uma era de tecnologia absoluta, a criação, geração e fomento de um time e equipe congruente, preparado e resiliente com respaldo intelectual e material, aliado ao incremento do poder decisório descentralizado, será o novo patamar, não exatamente competitivo, mas sim em tese, extremamente cooperativo com ganhos a todos os envolvidos na mesma sintonia.
Por Leonardo César – Redação MundoCoop
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