Grande parte do sucesso do agronegócio vem da agricultura familiar, onde o cultivo da terra é realizado por pequenos proprietários rurais que têm como mão de obra o núcleo familiar. É uma tradição que permanece até os dias de hoje, quando as famílias compartilham sua produção caseira com os vizinhos, fazem trocas de alimentos e se reúnem para ajudar na colheita um do outro. E mesmo diante de tantas transformações, a Cravil provou junto a muitas famílias catarinenses que é possível continuar produzindo mais e viver melhor, sem perder a essência desse tipo de agricultura, desse tipo de conexão com os vizinhos, familiares e a terra.
Segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017, o Valor Bruto da Produção Agropecuária contabilizou mais de R$ 28 bilhões e mais da metade desse total é resultado da agricultura familiar.
Ainda de acordo com o Censo, cerca de 78% das propriedades rurais são desse modelo de agronegócio, ocupando 364 mil pessoas e 2,45 milhões de hectares cultivados. Além disso, o valor da produção dos pequenos cultivos é o quinto maior do Brasil, com mais de R$ 10 bilhões – lembrando que a região de atuação da Cravil concentra grande parte das pequenas propriedades rurais, de onde provém a agricultura familiar.
“- A nossa região e a nossa cooperativa é formada por produtores, em sua maioria, da agricultura familiar. Pequenas propriedades que têm o desafio de serem cada dia mais eficientes e sustentáveis. A agricultura familiar é exemplo de diversificação de culturas, de preservação do meio ambiente como fator preponderante para o desenvolvimento da atividade agropecuária. Nossas propriedades, nossos associados, são exemplos de um setor consciente, que prima pela longevidade” – comenta Harry Dorow, presidente da Cravil.
O papel da cooperativa na agricultura familiar
Ivo Vanderlinde, um dos fundadores da Cravil, conta que a primeira preocupação que levou à criação da cooperativa foi a falta de apoio ao agricultor. Segundo ele, a tecnologia estava chegando ao campo, mas na hora da compra dos insumos ele era explorado, o que também acontecia na hora de vender o produto.
“ – Então o movimento cooperativista nasceu da necessidade de comercializar os insumos a um custo menor e de ter onde entregar a produção” – completa Ivo, que também revela que não tem dúvida de que a história da agricultura do Alto Vale tem dois tempos, um antes e um depois do nascimento da Cravil.
Sabe-se que as ações da cooperativa são guiadas pela situação da região em que ela está, assim como as características dos associados. À medida em que ela cresce, o profissionalismo também aumenta. Desse modo, vários profissionais são contratados para atender ao produtor, mas a organização por meio do conselho de administração e as decisões assembleares são ditadas pela família Cravil.
Ao longo dos últimos 51 anos a Cravil tem auxiliado diversos produtores rurais a se estabelecerem e conquistarem seus sonhos. Prova disso é o depoimento de Baldoino Schütz, produtor de cebola e grãos, em Ituporanga.
“- Estar no campo tem dificuldades, mas tem vantagens também! E desde meu pai, Herbert Schütz, defendemos o cooperativismo como um grande aliado que deve servir de incentivo para as famílias permanecerem no campo” – completa.
Outro ponto importante de ser ressaltado é que a cooperativa buscou ao máximo envolver todos os integrantes da família e da comunidade no cooperativismo, algo que a produtora de arroz, Janete Venturi, também ressalta:
“- Primeiro a Cravil uniu as famílias em torno do cooperativismo e depois organizou os eventos como o Dia de Campo e as Mulheres Cooperativistas. Então fizemos muitas amizades e trocamos muita experiência”.
Para a Cravil, a agricultura familiar sempre foi e continua sendo a essência do campo catarinense. Para saber mais sobre a cooperativa e suas mais de cinco décadas de história, além dos produtos e serviços que ela oferece, acesse o site oficial: www.cravil.com.br.
Fonte: ND+, com adaptação da MundoCoop
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