Embora tenha como público principal o Ramo Crédito, o 14º Concred conta com participantes de outros Ramos, a exemplo do TPBS, do Transporte e do Agro. Uma realidade que mostra as possibilidades de intercooperação, sexto princípio do cooperativismo, seja em uma conversa de network, seja na aplicação de orientações apresentadas em uma das palestras da programação. O tema foi abordado na palestra Intercooperação, Saiba Por que ela é o Oceano Azul do Cooperativismo, realizada por Denise Maidanchen, CEO da Quanta Previdência, e, também, no painel Intercooperação: Ação com Resultados Rumo à Sociedade 5.0, ambos apresentados na programação de ontem (11/08).
Para Helton Cabral, superintendente da Coopanest-PE, cooperativa de anestesiologistas com atuação em Pernambuco, a participação no congresso é significativa para todos os Ramos. “O Concred se tornou tão importante e de uma relevância tão grande para o movimento cooperativista brasileiro que nós, uma cooperativa do Ramo Saúde, achamos pertinente a participação pelos temas a serem tratados aqui como inovação, liderança e governança. Isso é importante para a pluralidade de ideias e entendimentos sobre o movimento cooperativista, inclusive sobre o cooperativismo financeiro, que são as cooperativas de crédito”, frisou. O gestor destacou, também, a importância desses espaços para a prática do sexto princípio do cooperativismo. “No nosso caso, somos associados a uma cooperativa de crédito, e vemos o tamanho do movimento e a expressividade do cooperativismo financeiro brasileiro, e isso é importante para nós”, afirmou Cabral.
Com atuação em Barreiros, município que fica a 109 km da capital pernambucana, a Cooates cooperativa do Ramo TPBS, também contou com representantes no evento. Para o presidente José Cláudio da Silva, o Concred ajudou a ampliar as possibilidades de parcerias com os sistemas financeiros. “O que mais chamou a atenção do grupo da gente foi a oportunidade de conhecer os sistemas de crédito, por exemplo, o Cresol. Pudemos trabalhar o network e uma aproximação com esse sistema”, afirmou. Outra dirigente que também achou válida a participação no congresso foi Nadjanécia Santos, presidente da cooperativa Coopcafa, do Ramo Agropecuário, localizada em Triunfo, cidade que fica a 405 km do Recife. “Achei de grande importância a nossa participação porque quando conhecemos as tendências de crescimento para as cooperativas do Ramo Crédito, também podemos trazê-las para a nossa cooperativa, e isso se aplica a todos os ramos. Essas palestras são de fundamental importância para o crescimento pessoal e profissional dentro do universo do cooperativismo”, frisou a presidente.
Para Ronise Figueiredo, coordenadora dos programas de cooperativismo da PUC-Minas e presidente da Comissão de Direito Cooperativo da OAB-MG, a agenda do Concred traz uma programação que não contempla apenas o Crédito. “O cooperativismo financeiro de crédito é o braço econômico dos outros ramos do cooperativismo. Discute-se muito a intercooperação, mas se faz pouca intercooperação. A gente tem cooperativas de diversos ramos que precisam de uma cooperativa de crédito, a exemplo do Ramo Transporte. Como é que um taxista, um motorista de transporte de carga ou um motoboy vai manter sua ferramenta de trabalho? Ele precisa de uma cooperativa de crédito, então tem que haver essa proximidade”, frisou Figueiredo. A coordenadora destacou, ainda, a importância da utilização dos serviços das coops financeiras. “Para o fortalecimento da intercooperação, no lugar de buscar uma instituição financeira tradicional, deve-se buscar uma cooperativa de crédito. Essa é a grande sacada para fazer a diferença no processo. E, além disso, deve-se considerar a humanização do capital e enxergar as cooperativas como agente de desenvolvimento local e regional”, concluiu Figueiredo.
Uma cooperativa que se enquadra nesse contexto é a Cooperiotáxi, cooperativa de taxistas que atuam no Shopping Rio Mar do Recife. “Um dos motivos da participação da nossa cooperativa é buscar informações a respeito do acesso ao crédito das cooperativas financeiras e saber como isso pode ser feito. A razão de uma cooperativa existir é fazer o seu cooperado feliz. E estou aqui em busca de conhecimento para contribuir com a cooperativa na transformação da vida dele, para a conquista de uma melhor qualidade de vida”, frisou Sérgio Quirino, presidente da Cooperiotáxi.
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Fonte: Jornalista Vanessa Souza – Sistema OCB/PE
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