Cooperativa e ONGs em Mato Grosso do Sul irão receber R$ 2,094 milhões do MMA (Ministério do Meio Ambiente) em termo de colaboração para apresentação e execução de projetos que apoiem a iniciativa socioambiental para reduzir vulnerabilidade às mudanças climáticas. O governo estima que 125 milhões de pessoas já foram afetadas nas últimas décadas no Brasil, por conta da variação.
O edital de chamamento público foi publicado em setembro e o resultado foi publicado hoje no Diário Oficial da União.
Os trabalhos serão realizados em parceria com ministério, por intermédio do FNMA (Fundo Nacional do Meio Ambiente) e do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. Os recursos vão cobrir equipamentos/insumos ou custeio para execução dos projetos.
Pela publicação, os projetos contemplados foram Ecoa (Ecologia em Ação), com R$ 800 mil, Fundação Neotrópica do Brasil, com R$ 439.570,15, IHP (Instituto Homem Pantaneiro, com R$ 794.360,00 e dois projetos da Coopaer (Cooperativa em Trabalho e Desenvolvimento Rural e Agronegócio), de R$ 800 e R$ 500 mil, somando R$ 1,3 milhão.
Na justificativa do edital, consta que os impactos da mudança climática constituem desafio global, sendo preciso estabelecer novos paradigmas para atender o desenvolvimento sustentável em nível seguro para humanidade. “Os esforços de mitigação dos gases de efeito estufa (GEE) adotados até aqui têm sido insuficientes para evitar as alterações no planeta em decorrência da mudança do clima, com efeitos relevantes aos ecossistemas, à sociedade e à economia”.
Segundo os dados apresentados no edital, as perdas econômicas decorrente das alterações climáticas ultrapassam os US$ 60 bilhões no Brasil.
Relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima) indica que os impactos vão se intensificar nos próximos anos: a interrupção da produção de alimentos e abastecimento de água, danos a infraestruturas e assentamentos, morbidade e mortalidade e consequências para a saúde mental e bem-estar humano. Em algumas regiões do país, observam-se fortes precipitações ocasionando deslizamentos, enchentes e inundações. Em outras, períodos de seca extrema já comprometem o abastecimento de água, a produção agrícola e a geração de energia. Nas regiões costeiras, o aumento do nível do mar associado às tempestades e ventos fortes causa prejuízos socioeconômicos em diversos municípios.
Pelo relatório, as desigualdades tornam os grupos de menor renda aqueles que vão sofrer desproporcionalmente os riscos das mudanças climáticas. Segundo o MMA, o fortalecimento da agenda nacional deve ocorrer mediante o apoio a iniciativas diversas, com a priorização dos territórios e populações mais vulneráveis. Por isso, participação por instituições não governamentais, associações ou cooperativas.
Fonte: Campo Grande News
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