Consagrada em Jales pelo excelente trabalho de recolhimento de material reciclável, a Coopersol (Cooperativa Solidária de Catadores de Reciclável de Jales) acaba de estender os seus benefícios para além do limite territorial do município. Uma parceria com o prefeito Reinaldo Savazi, o Dodô, de Palmeira d’Oeste, já começou a ser implantada naquele município. A coleta seletiva será feita em todo o município e todo o material será doado para a Coopersol.
Na última terça-feira, a presidente da cooperativa, Vânia da Silva, proferiu palestra aos estudantes sobre o processo de separação do material reciclável, os benefícios da reciclagem e anunciou o início da coleta do material.
“Fizemos uma palestra educativa nas escolas de Palmeira d’Oeste sobre a separação do lixo reciclável do lixo comum e os benefícios que traz a separação correta, como, por exemplo, aumentando a vida útil do aterro sanitário e ajudando famílias a aumentar a sua renda”.
Vânia explicou às crianças como funciona um aterro sanitário e porque ele é importante para o meio-ambiente. Atualmente, Palmeira d’Oeste não tem aterro sanitário e tem que descartar o lixo em Meridiano, a custos altos e desnecessários.
“Houve tanto depósito de lixo reciclável no aterro que isso reduziu a sua vida útil. Com a coleta seletiva, a cidade passa a ser uma cidade mais sustentável e isso também vai ajudá-los a conseguir uma liberação com a Cetesb para a nova área onde será o novo aterro, que terá uma vida útil muito mais longa. Sem contar os benefícios econômicos com a reciclagem do lixo e a limpeza da cidade que será muito melhor”.
MAIS GANHOS PARA OS COOPERADOS
A parceria com a Prefeitura de Palmeira d’Oeste promete ser um divisor de águas no trabalho da Coopersol que já recebeu propostas de outros municípios. Atualmente, a cooperativa vende mensalmente, cerca de 100 mil quilos de material reciclável, entre vidro, metal, plástico. São 25 cooperados e os ganhos de cada um são calculados conforme a hora de trabalho de cada um. Dependendo da função, alguns trabalham mais horas do que outros. Depois do pagamento de todas as despesas como manutenção dos veículos, energia elétrica, direitos trabalhistas, escritório, o faturado é dividido entre todos.
A presidente disse que, em média, cada um ganha aproximadamente R$ 2 mil. “No último dia 10, os meninos que trabalham na rua, no caminhão, tiraram em torno de R$ 2.3 mil. Dentro da cooperativa, como tivemos feriado e outros dias de folga, quem trabalhou as oito horas direitinhos, tirou R$ 2 mil. A média é essa”, disse.
Mas o volume coletado e os ganhos de cada cooperado devem aumentar muito num futuro próximo. Seja com as parcerias com outras prefeituras, seja com o Projeto Campo Mais Limpo, que faz a coleta na zona rural ou com a conscientização da população. O potencial é muito grande. Apenas 20% do material que poderia ser reciclado em Jales chega às prensas da Coopersol. O resto vai para o aterro sanitário e é enterrado.
Para isso, a cooperativa está se preparando e melhorando ainda mais a sua estrutura física e o espaço para depósito e triagem do material.
Uma emenda parlamentar de R$ 350 mil será usada para construir um outro galpão de aproximadamente 500 m², que vai dobrar a área coberta. O prefeito Luís Henrique e a secretária Sandra Gigante, anunciaram aos cooperados que vão concretar a área de terra na frente do galpão principal, facilitando a manobra dos caminhões.
Fonte: Portal A Tribuna
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