Considerando-se os brasileiros com 18 anos ou mais, estima-se que hoje 17% da população possua algum seguro de vida, segundo pesquisa do Instituto DataFolha encomendada pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), no final do ano passado, sobre os impactos e as mudanças de comportamento do brasileiro decorrentes da pandemia. O levantamento revela que há sentimento de mais preocupação com proteção à vida, mas as pessoas não se consideram preparadas para lidar com situações semelhantes que possam surgir no futuro.
Diante desse cenário, o seguro de vida mostra-se parte importante no planejamento financeiro das famílias. Com o objetivo de proteção do patrimônio do segurado, indeniza seus beneficiários, em caso de morte, ou o próprio segurado, em um quadro de invalidez permanente, por exemplo. Os seguros de vida podem ser contratados por meio de apólices coletivas ou individuais.
Um dos mais conhecidos é o seguro de vida coletivo empresarial. A empresa contrata uma apólice com a seguradora com o objetivo de garantir proteção financeira a seus colaboradores. As apólices de seguros de vida costumam ser flexíveis em diversos pontos e permitem incluir distintas opções de cobertura e de capital segurado, por exemplo, conforme a realidade de cada organização. Interpretado como um benefício ao empregado, é importante ter em mente que esse seguro segue vigente enquanto durar o contrato de trabalho. Marcos Kobayashi, diretor Comercial Vida da seguradora Tokio Marine, aponta que o seguro atua também como um apoio ao RH da empresa e ao segurado, dando suporte a funeral, a documentações necessárias, um respaldo ainda mais importante em caso de acidentes de grandes proporções com vítimas, ou até casos excepcionais, como as perdas de vida por covid-19. “É um grande apoio emocional”, pontua.
Mas, também é possível contratar apólices individualmente, e ter mais liberdade de optar pelas coberturas mais adequadas ao perfil do segurado. Nesta modalidade, a Tokio Marine disponibiliza inclusive um serviço extra de atendimentos por telemedicina ao segurado e mais duas pessoas que ele indicar. “Éimportante contratar o quanto antes, porque faz parte de um planejamento financeiro para evitar desestabilizar a família”, recomenda o executivo. Para avaliação de risco de qualquer das modalidades de seguro de vida, a seguradora pode solicitar, no momento da contratação, uma declaração pessoal de saúde. Uma boa condição de saúde permite contratações mais ágeis e possivelmente mais acessíveis financeiramente.
PRESTAMISTA É PROTEÇÃO A COOPERADO E COOPERATIVA
Outro tipo importante é o seguro de vida prestamista, cujo objetivo é garantir o cumprimento de uma dívida junto a uma instituição financeira, como as cooperativas de crédito. A contratação é facultativa, mas Nancy Rodrigues, diretora de Produtos Vida Tokio Marine, avalia que “especialmente nos casos de valores elevados, ao contar com esse seguro, a dívida deixa de ser um risco tanto para quem está oferecendo o crédito como para quem está adquirindo e consequentemente também para sua família”. Isso porque o seguro de vida prestamista cobre o restante da dívida, em geral, em casos de morte por acidente, invalidez total por doença e perda de renda.
Nancy reforça que é importante as cooperativas de crédito orientarem seus cooperados sobre a opção de aderir ao seguro prestamista já no momento da contratação de financiamento. O valor do prêmio dos seguros de vida é variável, uma porcentagem sobre o montante segurado. As cotações são desenhadas exclusivamente para cada cliente, segundo critérios como perfil dos possíveis segurados, valor e prazo do financiamento.
Conhecer as especificidades de cada seguro de vida é fundamental para a escolha da cobertura mais adequada. Por isso, Tokio Marine dispõe de uma área específica com profissionais especialistas no ramo para realizar cotações, auxiliar corretores e cooperativas no entendimento dos seguros de vida, contribuindo não só para a oferta adequada dos produtos, mas também para conscientização sobre a importância de se contar com essa proteção.
CRESCE A PROCURA POR SEGUROS DE VIDA
A percepção de parcela da sociedade de que seguros de proteção à renda ajudam a enfrentar situações de morte prematura ou perda da capacidade de sustento da família está refletida nos números de crescimento do mercado. Relatório da Fenaprevi, com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), mostra crescimento de 16% no número dos prêmios seguros Vida em agosto de 2022 em relação ao mesmo mês em 2021. Foram arrecadados mais de R$ 51 bilhões em prêmios no ano passado e indenizados 17,6 bilhões de sinistros.
“Apesar do cenário difícil, o mercado de seguro de pessoas mostrou sua resiliência nos últimos anos e a sua importância para as milhares de famílias que foram atendidas pelo setor, mas ainda somos um país com uma baixa taxa de cobertura da população, tanto por falta de cultura de contratação desse tipo de seguros (causada pela falsa percepção de que o Estado vai prestar esse apoio financeiro) como pela baixa renda média da população em geral”, analisa Edson Franco, presidente da Fenaprevi.
Conforme a pesquisa Datafolha, as pessoas têm refletido mais sobre a necessidade de estarem preparadas financeiramente para situações adversas e sinalizam maior intenção de dispor de mecanismos de proteção à renda, como o seguro de vida, mas revelam que precisam de ajuda para encontrar a solução ideal, considerando suas necessidades, momento de vida e planos. “Estamos, de fato, diante de uma grande oportunidade. Não pelo impacto econômico que isso pode trazer, mas pelo impacto social que essa conscientização promoverá na vida das pessoas”, diz Franco.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 108
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