A cada mês, a conta de luz é um susto às famílias brasileiras. Só este ano, a energia elétrica já subiu 16%. A escassez de chuvas tem sido a principal responsável por esse aumento no preço. Isso porque, cerca de 60% da energia produzida no país vêm das hidrelétricas. Dentre as fontes alternativas limpas e renováveis, a solar tem conquistado espaço. Responde por quase 2% da energia produzida. No final de 2020, esse valor era de 1,6%, e de 1,4% ao final de 2019. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. Essa gradativa evolução se deve não só à melhoria nos custos de investimento, mas também aos meios de acesso, como as cooperativas de energia solar.
“O crescimento da geração de energia por fonte solar contribui para a segurança energética do país, uma vez que aumenta a diversificação da nossa matriz elétrica”, avalia Kathlen Schneider, diretora do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) e pesquisadora no Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (Fotovoltaica-UFSC).
Ela destaca que, no primeiro semestre de 2021, a classe residencial respondeu por 50% dos consumidores de energia solar fotovoltaica distribuída, conforme dados da Aneel. “Um dos fatores que mais contribuem para o aumento do acesso à tecnologia fotovoltaica na casa das pessoas tem sido a queda no preço dos sistemas”, aponta. Mas pondera que é relevante a sociedade debater meios de se democratizar ainda mais o acesso à energia solar, para que esta possa ser uma opção viável a todas as famílias.
Afinal, “além de ser uma fonte renovável, algumas características interessantes da geração de energia fotovoltaica são sua escalabilidade e facilidade de instalação, operação e manutenção. Por esses motivos, é muito atrativa para a geração em menor escala, para uso residencial, comércios e até em indústria”, enumera Camila Japp, gerente de Projetos no Brasil da DGRV, a Confederação Alemã das Cooperativas.
A energia solar cooperativa
Desde 2016, é possível gerar energia renovável de forma compartilhada no Brasil. “Atualmente a geração fotovoltaica distribuída se mostra viável técnica e economicamente na maioria das localidades. E estamos vendo o nascimento de várias cooperativas de pessoas se juntando para gerar sua própria energia. Assim, além do benefício econômico, elas passam a ser participantes ativas na mitigação das mudanças climáticas e garantem que seu investimento tenha impactos locais, gerando empregos e movendo a economia da comunidade, já que por fazer parte de uma cooperativa, também se beneficiam das vantagens deste modelo”, avalia Camila Japp.
Ela acrescenta que “essa fonte já está contribuindo para o aumento da oferta de energia no Brasil e, por ser renovável, garante uma matriz energética limpa, colaborando para a diminuição de emissões dos gases do efeito estufa. A energia solar aumentou em 32,9% a capacidade instalada de energia elétrica em 2020, em relação a 2019, segundo o relatório do Balanço Energético Nacional (BEN), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Às cooperativas e cooperados, significa oportunidade de integrar esse sistema de geração, seja produzindo ou optando por consumir energia solar, o que resulta em acesso a uma energia elétrica mais barata e maior previsibilidade no preço a ser pago na conta de luz.
A cooperativa é ainda a oportunidade de pessoas, que de outra forma não poderiam (por morar em apartamento, por exemplo), se envolverem e promoverem a geração e consumo de energia solar. É possível encontrar informações para entender como constituir ou integrar uma cooperativa de energia fotovoltaica na plataforma energia.coop, mantida pela DGRV, juntamente com o Ideal, Fotovoltaica-UFSC e Organização das Cooperativas Brasileiras.
Proteção aos investimentos em energia solar
“A ampliação de matrizes renováveis, como a energia fotovoltaica, certamente nos ajudará a passar por futuras crises hídricas, como a que estamos vivenciando, com mais tranquilidade”, avalia Sidney Cezarino, diretor de Seguros Patrimoniais da Tokio Marine.
A seguradora conta com uma unidade de negócio voltada a essa área, com equipe especializada no assunto, o que faz toda a diferença na análise dos riscos e orientações à contratação de seguro a este tipo de investimento. “Somos líderes nesse segmento devido à atuação focada dos colaboradores, que realizam estudos, visitas às plantas dos fabricantes e análise prévia dos riscos envolvidos. Nosso time de engenheiros conhece desde geração, transmissão até distribuição de energia”, assegura Cezarino.
É possível encontrar no portfólio da empresa a solução securitária mais adequada à proteção dos investimentos em energia solar, tanto para cooperativas quanto aos próprios cooperados. As coberturas vão desde a instalação das placas solares até roubo ou furto do equipamento, bem como possíveis danos por vendaval e granizo, por exemplo.
É o que explica Márcia Silva, diretora de Canais Especiais da Tokio Marine. “Deste modo, o cooperado tem melhor gestão financeira sobre os possíveis problemas que podem acontecer, protegendo assim os investimentos realizados”. Para ter acesso a melhor detalhamento dos produtos, o cooperado pode procurar sua cooperativa ou corretor.
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