Testar, adaptar e inovar em busca de uma produção mais eficiente é rotina de trabalho na vida dos produtores rurais de Cruzália, interior de São Paulo, o pai, Humberto Totti Netto e o filho, braço direito no campo, Anderson Rodrigo Totti.
Desde o maquinário, passando pelas sementes, técnicas de adubação e pulverização, diversas tecnologias são experimentadas na propriedade. Os produtores acreditam que a tecnificação, como gostam de chamar, colabora para melhor desempenho, uso racional de insumos e mão-de-obra e em uma melhor produtividade na mesma área.
“Sempre estamos atentos às novidades nos maquinários, somos parceiros em testes de lotes pilotos de marcas, buscando justamente agregar valor ao trabalho no campo em busca de uma produção mais eficiente”, comenta Anderson Totti.
Nessa busca por mais produtividade, os agricultores alcançaram um resultado significativo na produção de milho: um saco e meio a mais por alqueire na área em que usou uma nova plantadeira.
Totti comenta que tinha a necessidade de fazer o plantio em terreno pouco plano, com declive e curvas de nível e direto sobre a palhada.
Uma das práticas agrícolas importantes para melhoria das características do solo é a utilização de biomassa de cobertura, a qual precisa ser considerada na hora do plantio por meio da regulagem da plantadeira.
Em termos de maquinário, existe a necessidade de se utilizar disco de corte na frente do plantio para uma adequada abertura do sulco e deposição da semente. Além disso, é preciso evitar as condições de palhada murcha, que não é facilmente cortada e pode provocar embuchamento nos discos.
Dessa forma, para o plantio do milho em uma área de 190 alqueires, os Totti usaram a nova plantadeira da fabricante Jacto, a Meridia 200, disponível no mercado com 11, 13 e 15 linhas. A plantadeira possui três corpos articulados nas versões 13 e 15 linhas e ângulos de 25 graus, que asseguram bom desempenho em relevos ondulados. O equipamento conta com o dosador de sementes Precision Planting, que resulta em um plantio na quantidade e no espaçamento correto, além do sistema exclusivo Downforce com pressão e força constante na na linha de sementes para garantir melhor uniformidade na profundidade das sementes no solo.
“No nosso ramo de atividade, melhorar o serviço é essencial. Nesse caso, procuramos agregar valor ao nosso serviço, trabalhando a questão da plantabilidade e procurando uma máquina que nos desse mais autonomia nas condições que a gente tem para plantar, que é atender a necessidade do plantio de nível. O milho produziu melhor nessa área, não só a questão da distribuição, da quantidade de planta, como a questão da uniformidade. Na palhada, o equipamento apresentou um bom desempenho, com bastante autonomia de trabalho”, explicou o produtor, que faz questão de aproveitar ao máximo as parcerias com a fabricante para sugerir melhorias contínuas no equipamento.
“Tecnificar mais a máquina, melhorar a assistência, otimizar funções para custos mais racionais, são sempre recomendações que fazemos para buscar melhor resultado”, comenta o produtor.
Plantabilidade e potencial produtivo
A produtividade de uma lavoura é afetada diante da variação de espaços entre as sementes nas linhas de plantio. Essa condição, chamada de plantabilidade, consiste na precisão do plantio, em especial quanto à distribuição das sementes.
Nesse sentido, a fabricante multinacional brasileira Jacto ingressou no segmento de plantio apresentando soluções para prover maior plantabilidade, além de alta disponibilidade de plantio, fluxo de palha mais eficiente e maior otimização do plantio com o uso de ferramentas de agricultura de precisão.
São três famílias de plantadeiras: a já comercial Meridia 200, usada em Cruzália, SP, e os pré-lançamentos Lumina, com os modelos 300, 400 e 500 e a primeira plantadeira Uniport Planter 500, que pode ser configurada para 49 ou 61 linhas de plantio. Entre os seus grandes benefícios o rendimento energético muito acima da média do mercado, consequência do seu sistema híbrido de transmissão.
“Para um plantio que alcance os parâmetros de plantabilidade esperados para determinada cultura, dois aspectos essenciais devem ser considerados: o maquinário utilizado e a tecnologia, como a agricultura de precisão. Com máquinas modernas, pode-se realizar o plantio dentro da qualidade prevista, pois quando não se dá a devida atenção a esse aspecto, algumas culturas são especialmente sensíveis em sua produtividade, por isso é importante saber que há técnicas e tecnologias que garantem sua implementação”, explica Tomás Baio, especialista de plantio da Jacto.
A plantabilidade desejada acontece quando a quantidade de sementes é adequada e sua profundidade ao longo do sulco é uniforme, assim como a distância entre elas. Nesse sentido, a presença dessa qualidade do plantio garante que não ocorram falhas ou sobreposição.
“Dessa forma, é preciso bastante cuidado na escolha do disco, que deve ser específico para as sementes que serão utilizadas. Para esse fim, existe uma infinidade de modelos e tamanhos no mercado. Essencialmente, há os dosadores mecânicos, com discos horizontais, e os dosadores pneumáticos, com discos rotativos verticais. Estes oferecem maior precisão na dosagem das sementes, que é feita a vácuo”, explica Baio.
Outro fator que interfere diretamente na plantabilidade é a velocidade de plantio, variável que está diretamente relacionada ao próprio deslocamento da plantadeira. Ultrapassar limites de velocidade, por exemplo, pode provocar interferências no sistema dosador e em todo o processo até a queda da semente.
Na propriedade de Totti, a velocidade de plantio também passou por testes para checar o desempenho. Ele comenta que, em teste próprios, o plantio foi feito em velocidades de 2 a 9 km/h.
“Notamos que houve oscilação na profundidade quando aumentado a velocidade. Porém com menos intensificação que o equipamento usado anteriormente. A distribuição das sementes nessas condições foi a mesma, mas a plantabilidade mudou, entregando uma diferença na emergência das sementes. E destacamos a eficiência operacional: nessa área costumávamos usar duas, três plantadeiras, e nessa ocasião usamos apenas a Meridia, plantamos em quinze dias, até mesmo em condições de chuva e tivemos pouca quebra. O equipamento entregou melhor a distribuição do mesmo material de semente, com sulco mais amplo”, reforçou o produtor.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 108
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