Desenvolvida com tecnologia brasileira, a K3, primeira colhedora de café do mundo lançada pela Jacto celebra 45 anos em junho de 2024. O pioneirismo da multinacional brasileira de máquinas, serviços e soluções agrícolas em busca de contribuir para o desenvolvimento do produtor rural e da agricultura como um todo abriu caminhos para a entrada da Empresa em novos mercados.
A proposta de lançar a primeira colhedora de café do mundo começou a ganhar forma em 1973, quando deu origem ao Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Jacto. Um aspecto interessante da história da colhedora é que o fundador da Empresa, o imigrante japonês Shunji Nishimura, entre as muitas atividades que desenvolveu quando chegou ao Brasil, trabalhou na colheita manual de café, no interior de São Paulo. A experiência de ter as mãos sangrando ao final da jornada de trabalho foi uma motivação para o desenvolvimento da máquina.
“Em 2024 completamos 45 anos do lançamento da primeira colhedora de café da Jacto e primeira do mundo. A mecanização da cultura do café permitiu ao Brasil se tornar uma potência mundial na produção de café. Agora comemoramos dois novos marcos: a chegada da colhedora de café Jacto na Etiópia, centro da África Oriental, e a entrada na mecanização do café conilon no estado do Espírito Santo. Acreditamos que são dois verdadeiros saltos em tecnologia agrícola, que contribuirão para lavouras mais sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental”, afirma o gerente de negócios de colhedoras de café da Jacto, Paulo Guirao.
Exportação para a Etiópia
O Grupo Kerchanshe, considerado um dos maiores produtores e exportadores de café da Etiópia, importou a colhedora K 3500, a maior e mais robusta do mercado, com motor de 132 cv. Com controle eletrônico, que possibilita um controle automático de rotação e demanda de torque, proporciona menor consumo de combustível e menores níveis de emissão de poluentes. Aliado à transmissão 4×4 Full Traction, essa máquina pode colher as lavouras mais robustas em velocidades que podem chegar à 2,5 km/h.
A máquina conta ainda com um sistema de derriça que foi desenvolvido para que o equipamento tenha o máximo de desempenho e baixos índices de danos às plantas. Os transportadores têm capacidade para 14.000 litros de café por hora. O sistema de direção patenteado tem o menor raio de giro que permite maior agilidade e rapidez nas manobras, garantindo maior rendimento operacional e segurança em relevos mais acentuados.
Completando seu portfólio e reforçando seu compromisso histórico com a cafeicultura brasileira, a Jacto conta ainda com colhedora automotriz K 3000 e a tracionada KTR 3000. Ambas têm a capacidade para colher em diferentes tipos de terrenos, inclusive os de mais difícil acesso.
O sistema de direção automática da KTR 3000 proporciona maior conforto ao operador, precisão do alinhamento da máquina em relação à linha de plantio, com redução das perdas de café para o solo. O cambão hidráulico oferece facilidade e precisão no ajuste da altura da colhedora, o que permite que ela trabalhe com os recolhedores mais próximos do solo, reduzindo as perdas de café. Também proporciona maior segurança em terrenos irregulares.
Mecanização da colheita no Espírito Santo
A tecnologia da K 3000, a colhedora automotriz da Jacto, permitiu ainda a entrada da empresa na mecanização da colheita do café conilon, no estado do Espírito Santo. A máquina é leve, de largura máxima de 3,2 metros, com grande capacidade de manobra em espaços reduzidos e que pode trabalhar com qualidade e segurança em terrenos inclinados em até 30%.
Os estudos de colheita mecanizada desse tipo de café apontam a eficiência da operação similar à realizada no café arábica. “A série de características morfológicas da planta somadas ao atual manejo adotado dificultam o uso de sistemas mecanizados. No entanto, as soluções e as oportunidades com a colhedora da Jacto vieram de estudos de adaptação da colheita e da viabilidade técnica e econômica”, explica Paulo Guirao.
A colhedora de café é equipada com o novo recolhedor da Jacto, que tem altura mínima do solo de 210 mm e conta com lâminas em novo formato e aplicadas em maior quantidade. Além disso, as lâminas são fixas com apenas três parafusos, podendo ser desmontadas individualmente para manutenção.
“Este novo recolhedor permite ao cafeicultor colher de forma mais eficiente as lavouras novas, onde os primeiros ramos produtivos estão mais pertos do solo. Também reduz a perda de café para o chão, uma vez que as lâminas são mais sobrepostas e ficam mais tempo fechadas durante a passagem do tronco de café”, analisa Guirao.
Confira mais informações sobre as colhedoras de café da Jacto
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 118
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