Cada metro quadrado da propriedade passou a ser desvendado e desta forma o produtor conseguiu variar o espaçamento das sementes, dos fertilizantes, defensivos e conhecer, ao final do ciclo, a produção em cada pequena parcela de seu terreno através de mapas de produtividade.
As ferramentas de agricultura de precisão, como a telemetria, GPS, piloto automático e todo tipo de sensores e dispositivos de automação hoje se somam à expertise da agricultura digital, com os softwares de inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT), drones e big data e, utilizadas em conjunto, ajudam no controle de tráfego e de emissão de gases, diminuem a área de amassamento e aplicam defensivos em taxas variáveis, trazendo informações das operações no campo. É possível conhecer em detalhes o que cada equipamento fez na lavoura mantendo os registros para buscar continuamente melhorar a operação, com redução do impacto ambiental e aumento na rentabilidade final do produtor.
Pioneirismo e inovação para a agricultura de precisão
Trazendo seu pioneirismo e inovação para a agricultura de precisão, a Jacto tem uma contribuição importante nas iniciativas e projetos da área no Brasil.
Em 1997, em uma fase embrionária de atuação, a empresa começou a utilizar tecnologias dos EUA, como barra de luzes e GPS nas máquinas.
Em 1999, a Jacto foi pioneira na demonstração desses equipamentos no Brasil ao realizar apresentação na tradicional feira Agrishow, em Ribeirão Preto (SP) e em 2004 apresentou uma versão de piloto automático, realizando a venda de um equipamento com tecnologia embarcada.
Em 2010 foi criada a marca OTMIS, linha de produtos da Jacto para agricultura de precisão, marcando definitivamente a entrada da empresa como desenvolvedora de produtos desse segmento.
Tecnologia dos veículos autônomos somadas à agricultura digital potencializam a agricultura de precisão
As soluções de agricultura da Jacto colocadas no mercado se baseiam no que há de mais avançado em testes, componentes e resultados. As tecnologias OTMIS embarcadas hoje nos equipamentos contêm os mesmos princípios tecnológicos das soluções presentes no pulverizador autônomo da empresa, por exemplo.
Desde 2008, a Jacto trabalha no desenvolvimento do JAV – Jacto Autonomous Vehicle, e já apresentou ao mercado duas versões do equipamento: o JAV 1 em 2010 e o JAV 2 em 2013. Atualmente trabalha no Arbus 4000 JAV, que está em fase final de testes é o primeiro pulverizador autônomo a ser apresentado ao mercado.
Toda a tecnologia e sistema de posicionamento do veículo por GPS, bem como uma série de sensores e câmeras, que permitem coletar informações tanto da própria máquina, como do ambiente, equipam 100% dos pulverizadores automotrizes que saem de fábrica hoje e também estão presentes na linha de pulverizadores tratorizados.
Os trabalhos de desenvolvimento do JAV, desde a primeira versão, foram importantes para a Jacto aprimorar e desenvolver seus produtos de agricultura de precisão que já estão no mercado.
Hoje, basicamente os sistemas de guia e orientação da linha tratorizada, com o piloto elétrico, e da linha automotriz, com o piloto hidráulico, derivam das tecnologias que estão presentes no autônomo. Independentemente do tamanho da propriedade, é importante que os recursos sejam acessíveis a todos os perfis de agricultores.
O produtor consegue perceber hoje, usando em conjunto essas tecnologias, redução na ordem de 10% no amassamento de cultura, redução em sobreposição e falhas de aplicação, cuja erro médio é de 2,5cm, representando uma economia insumo de 10 a 15% em áreas recortadas, somando ainda a esses resultados, a utilização da tecnologia bico a bico.
Outro exemplo de tecnologia do autônomo em uso no campo é na Adubadora Uniport 5030 NPK, que conta com funções como o sistema Precision Way, que faz a dosagem do fertilizante em cada ponto de aplicação, e o controle de bordadura, que evita a aplicação do fertilizante em áreas que extrapolam o limite da lavoura, e o controle automático de seções, que abre e fecha cada seção de aplicação, evitando sobreposições. Os sistemas automatizados permitem uma redução de até 15% no consumo de fertilizantes.
Agora, com a agricultura digital e a possibilidade de integração de todas as ‘coisas’ presentes dentro e fora da porteira, a agricultura de precisão potencializa seus resultados.
Por meio da conectividade 4G, a plataforma EKOS de gestão de operações agrícolas unifica os dados de máquinas e clima da fazenda. Com as informações sendo monitoradas em tempo real é possível tomar a melhor decisão sobre a operação que está sendo realizada, considerando índices atuais e dados históricos que foram armazenados ao longo do trabalho.
Um detalhe importante que garante usabilidade e liberdade de escolha do produtor rural é que as soluções da Jacto, por serem multimarcas, não limitam o uso em sistemas e equipamentos específicos, podendo ser instaladas em qualquer maquinário de operações agrícolas, seja para plantio, colheita, adubação e/ou pulverização.
Os equipamentos multimarcas estão conectados na plataforma, enviando informações imediatas que são usadas na elaboração de mapas, facilitando o planejamento de ações de curto, médio e longo prazo, em ações como ajustes na quantidade de fertilizante, na profundidade adequada de plantio e na distância entre linhas, por exemplo. Tudo isso com a intenção de aperfeiçoar os processos, evitando perdas ou gastos desnecessários.
O histórico de produtividade de uma área pode ser cruzado com dados relacionados a adubação, deficiência de nutrientes do solo, estratégias de manejo, umidade e índices de precipitação ― revelando cenários mais realistas e que devem ser observados na tomada de decisões. Considerando também o big data como um composto dos negócios digitais, haverá ainda informações complementares importantes, como taxa de insolação, temperatura média e amplitude térmica, além da direção e da velocidade de ventos ― tornando essa investigação ainda mais completa e eficaz.
As informações chegam ao produtor por meio de mapas e gráficos disponibilizados na plataforma EKOS, por meio do aplicativo Jacto Connect.
Os agricultores têm agora tecnologias complementares que, integradas, permitem uma verdadeira ‘radiografia’ de suas operações e áreas, o que possibilita uma série de benefícios, como o aumento de eficiência de 10% a 30% no rendimento operacional.
*Cristiano Okada Pontelli é gerente de negócio OTMIS que é a marca de agricultura de precisão da Jacto. Possui doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (USP), com graduação e Mestrado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), além de graduação em Administração de empresas com ênfase em Comércio Internacional pela Fundação Euripides Soares da Rocha (UNIVEM). Possui MBA em Gestão Estratégica e um MBA na área de Agronegócios.
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