Para 66% dos executivos e gestores, a cultura organizacional das empresas é tão importante quanto as estratégias e o modelo operacional (PWC, 2021). Nesse cenário, a Think Eva, consultoria especialista em equidade e gênero no mercado corporativo, reuniu as tendências e ações necessárias para que as organizações fortaleçam suas culturas e avancem para ambientes mais diversos, inclusivos e prósperos.
Para Nana Lima, Diretora da Think Eva, não há dúvidas de que o que vai levar os negócios a novos patamares de criatividade e desempenho será a pluralidade. “Falar de cultura organizacional e impacto positivo em 2024 é falar de ambientes inclusivos, colaborativos e livres de assédio, racismo, machismo ou qualquer tipo de preconceito“, explica.
Abaixo, a organização cita três atitudes para que as empresas possam transformar sua cultura, visando mais equidade de gênero, inclusão e oportunidades:
1. Mais do que ser diverso, ser inclusivo
De acordo com pesquisa da McKinsey & Company, empresas com diversidade étnica e racial têm 35% mais chances de ter rendimentos acima da média do seu setor. Ainda segundo o estudo, organizações com diversidade de gênero têm 15% a mais de chances de ter rendimentos acima da média. A maioria das empresas já entende a importância de terem um quadro diverso de colaboradores, mas muitas ainda têm dificuldade em ir além do processo seletivo e, de fato, incluir no dia a dia pessoas de diferentes raças, gêneros, bagagens, sotaques, entre outros.
A Think Eva reforça que ter vagas afirmativas e eliminar vieses inconscientes é um dos primeiros passos rumo à pluralidade. Além das contratações, é preciso reformular reformular a estrutura institucional para que a organização não apenas valorize, mas potencialize essa pluralidade, construindo ambientes livres de machismo, racismo, transfobia e outros tipos de preconceito, promovendo também trilhas diversas de carreiras e possibilidades de desenvolvimento.
2. Flexibilidade amplia oportunidades
Rotinas de trabalho com modelos híbridos ou de trabalho remoto com jornadas mais flexíveis, ampliam oportunidades, especialmente para as mulheres, que são responsáveis por outras jornadas relacionadas ao trabalho de cuidado – maternidade e economia do cuidado – então, para elas, esses modelos de trabalho significam muito mais do que flexibilidade. Além de aumentar a produtividade dos funcionários no dia a dia, formatos mais flexíveis podem potencializar a motivação para gerar mais resultados.
3. 2024 é o ano do trabalho sem assédio
Para que a inclusão seja real, o primeiro passo é ter um ambiente livre de assédio e fértil para a equidade acontecer. Segundo dados da Think Eva coletados em conjunto com o LinkedIn, 47% das mulheres relatam já terem sido vítimas dessa violência; dessas, 1 em cada 6 pede demissão.
Visando propor soluções e dar os primeiros passos para o combate ao assédio, a Think Eva desenvolveu dois projetos: uma ferramenta em conjunto com a SafeSpace, a Matriz Trabalho Sem Assédio, que realiza um diagnóstico para as empresas com base em uma matriz exclusiva. O resultado mostra quais organizações estão no perfil de iniciantes e não cumprem os requisitos mínimos da legislação até as que já estão no patamar de inovadores, para empresas que assumem os compromissos do combate ao assédio de maneira constante e profunda.
Além disso, criou o curso Trabalho Sem Assédio, feito em parceria com a SPUTNiK e a Perestroika, que traz conceitos e práticas para conscientizar colaboradores, gestores e lideranças sobre o combate ao assédio. “As organizações que serão mais bem-sucedidas são as que conseguirem construir culturas que inspirem pertencimento, flexibilidade e oportunidades, quebrando padrões antigos e inserindo pessoas que, historicamente, sofrem com as desigualdades do mercado”, destaca Nana Lima.
Fonte: Think Eva
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