Uma pesquisa realizada pela KPMG apontou o nível de maturidade em seis fatores de governança fiscal das empresas de serviços financeiros. Entre os que apresentaram maior maturidade, estavam objetivos e estratégias entre a área fiscal e o planejamento dos negócios (64%) e política de utilização da lei de (62,2%). Por outro lado, fatores como a presença e manutenção de comitê tributário (50,2%), gestão de tributos através de tecnologias (41,4%) e gestão de contingências fiscais (31,4%) são temas que precisam de mais investimentos por parte das companhias, visto que foram os que se apresentaram como pouco alinhados.
“O estudo apontou que a implementação de um comitê tributário ainda é um desafio para muitas organizações do setor. Mas vale ressaltar que há ainda componentes de tecnologia que tornam esses processos fragilizados, seja em razão do risco de compliance, seja com relação à alta demanda operacional, o que dificulta a transformação das áreas de tributo”, analisa o sócio-líder de tributos em serviços financeiros, Celso Alcântara.
Nível de maturidade dos seis pilares analisados:
1 – Objetivos e estratégias entre a área fiscal e o planejamento dos negócios – A aprovação desses fatores é formalmente discutida ou aprovada pelo órgão administrador da empresa em 64% das companhias consultadas (nível alinhado), enquanto 36% delas não o fazem ou sequer definiram objetivos (pouco alinhado).
2 – Gestão de tributos – Nesse aspecto, 58,6% das empresas estão em um patamar bastante satisfatório de maturidade na avaliação do nível de maturidade da gestão de tributos, enquanto 41,4% estão em estágio de maturidade pouco alinhado.
3 – Meta de economia – Foi apurado que 57,5% dos entrevistados possuem metas atreladas à economia fiscal e outros 42,5% estão parcialmente ou pouco alinhados nesse requisito.
4 – Comitês tributários – O levantamento constatou que 33,7% das empresas contam com um fórum formalmente constituído e adequado para essa finalidade, dotado de habilidades técnicas e que se reúne com periodicidade regular. No entanto, 66,3% ainda não têm um comitê formado ou estão pouco alinhados nesse sentido.
5 – Contingências fiscais – Em relação ao patamar em que as empresas estão sobre o controle dessas contingências, o levantamento destacou que as notícias são positivas: 58,7% das empresas consultadas estão em um estágio alinhado. Apesar disso, 31,4% delas ainda apresentam um nível pouco alinhado de maturidade, e apenas 9,9% estão no patamar parcialmente alinhado.
6 – Inovação tecnológica – Nesse aspecto, o estudo detectou que 62,2% das empresas estão em um patamar alinhado, pois adotam a política de utilização da lei do Bem, e 37,8% delas têm um nível pouco alinhado por não utilizarem o benefício da legislação.
“Embora os pilares ambiental e social sejam os mais discutidos e divulgados, é preciso reconhecer que a implementação de planos relacionados com esses aspectos e a manutenção de ações em ambas as áreas começam no pilar de governança, onde acontecem as decisões. Nesse contexto, é preciso mencionar também as atuais complexidades do mercado global, a transformação digital e as demais mudanças no ambiente fiscal que acontecem em ritmo acelerado”, analisa o sócio-líder de serviços financeiros da KPMG no Brasil, Cláudio Sertório.
Fonte: KPMG
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