Começou hoje (22), o maior evento de gestão e liderança da América Latina, o HSM+. Com a expectativa de receber quatro mil pessoas, o congresso acontece até amanhã, 23 de novembro, no Transamérica Expo, em São Paulo.
Em meio a apresentações nacionais e internacionais, painéis, workshops, mentorias e pitchs, um dos destaques do primeiro dia foi o cooperativismo. Protagonizando a palestra “Potência cooperativa: o que esperar do coop nos próximos 5 anos”, o movimento foi representado pela Gerente de Relações Institucionais do Sistema OCB, Clara Maffia, que trouxe um panorama de atualidade e futuro.
Em sua fala, Clara pontuou a necessidade de acompanhar as mudanças que acontecem no mercado – e no mundo – como uma das prioridades das cooperativas a partir de agora. “É preciso trabalhar menos na resistência e no processo de impedir a entrada de novos modelos e participantes e tentar entender o que há de novo e o motivo de tal serviço alcançar tantas pessoas”.
Nesse contexto, ela reforça que para cada um dos ramos do cooperativismo, algumas questões são fundamentais para a continuidade da atuação. No crédito, por exemplo, o Open Finance e as novas formas de ofertar produtos e serviços são indispensáveis. No agro, o olhar para as agtechs, a tecnologia e a logística precisam estar presentes. No ramo trabalho, as cooperativas irão enfrentar, mais do que nunca, o impacto da mudança tecnológica, onde o consumidor passa a demandar maior rapidez, agilidade e “plataformalização” para se conectar com o serviço oferecido.
Em contrapartida, Clara destaca que “esse novo momento abre uma oportunidade de aderência do cooperativismo no mercado e sociedade”. Com isso, ela apresenta a meta do Sistema OCB de alcançar 1 trilhão de prosperidade e 30 milhões de cooperados em 5 anos, ou seja, até 2027.
Trazer a prosperidade para o centro das discussões, na visão da OCB, representa não só o faturamento das cooperativas, mas sua importância em contribuir, assim, com o desenvolvimento do país e buscar tornar o mundo um lugar mais justo e equilibrado para todos.
Para impulsionar esse objetivo, segundo a gerente, a OCB irá se basear em 3 grandes pilares. Representação, garantindo esse quesito ao cooperativismo nos 3 poderes; o ESG, aperfeiçoando ações de gestão e governança das cooperativas; e Negócios, facilitando parcerias, processos, conteúdos e cursos que ajudem na inovação e no acesso a mercados.
Finalizando, Clara acrescenta que “um dos maiores desafios ainda é fazer o cooperativismo ser conhecido”, mas traz uma visão otimista a partir das metas e objetivos traçados pelo Sistema, projetando novos cenários e oportunidades que trarão o movimento para os holofotes do mercado e da sociedade de maneira natural e eficaz no país nos próximos anos.
Por Fernanda Ricardi – Redação MundoCoop
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