O ano de 2023 foi de altos e baixos para as cem maiores companhias gaúchas. A constatação é do ranking 500 MAIORES DO SUL, elaborado pela Amanhã e PwC Brasil. Depois de terem catapultado as vendas em quase 19% em 2021, o exercício seguinte trouxe uma queda de 3,4% na receita líquida (R$ 346,4 bilhões). A soma dos lucros líquidos também foi menor: R$ 29,7 bilhões (retração de 5,7%) – e a soma dos prejuízos foi multiplicada por sete, para R$ 1,4 bilhão. Um consolo é que ao menos os patrimônios ganharam alguma envergadura: totalizaram R$ 174,8 bilhões, um leve aumento de 3,8%. Isso deu algum fôlego para a soma dos VPGs, o principal indicador de 500 MAIORES DO SUL, também avançar: R$ 239,5 bilhões, alta de 1,5%.
O Sicredi segue hegemônico no Top-100 do Rio Grande do Sul alçando a liderança que conquistou desde 2018. A cooperativa de crédito também exibe a maior receita líquida e o maior patrimônio líquido, indicadores responsáveis por 90% da fórmula do Valor Ponderado de Grandeza, o VPG.
Além do Sicredi, outras sete cooperativas figuram entre as 100 do RS são: Unimed Porto Alegre (34ª), Cotripal (48ª), Unicred RS (65ª), Camnpal (66ª), Cotriel (67ª), Unimed Nordeste RS (77ª) e Cotricampo (79ª).
No retrovisor do Sicredi está o Banrisul que galgou três posições em relação ao ranking anterior. Com uma receita líquida 21,1% maior, o banco estatal gaúcho também turbinou seu VPG, fato que lhe deu a vice-liderança.
“Percebemos nesta edição da 500 MAIORES DO SUL que houve um crescimento pequeno no valor do VPG dos estados. Isso nos permite entender que o atual cenário é de linearidade. A expectativa agora é, com os acontecimentos climáticos que ocorreram no Rio Grande do Sul em maio de 2024, qual será o impacto do VPG na próxima edição da 500 MAIORES DO SUL”, afirma Rafael Biedermann, sócio da PwC Brasil. ”Em nossa análise dos balanços de empresas da região Sul para a elaboração do ranking das 500 MAIORES DO SUL, pudemos perceber que o ano de 2023 foi desafiador. Em contrapartida, também possível notar que as companhias que estruturaram suas práticas de ESG, englobando governança, sustentabilidade, social e diversidade, destacaram-se e obtiveram resultados bastante positivos”, salienta Carlos Peres, sócio da PwC Brasil e líder da região Sul.
Sobre o critério de classificação das empresas – Para revelar quem é quem entre as empresas do Sul, a Revista AMANHÃ e a PwC Brasil construíram um indicador exclusivo: o Valor Ponderado de Grandeza (VPG). O índice reflete, de forma equilibrada, o tamanho e o desempenho das empresas, a partir de um cálculo que considera os três grandes números de um balanço: patrimônio líquido (que tem peso de 50% no cálculo do VPG), receita líquida (40%) e lucro líquido ou prejuízo (10%).
Fonte: Portal do Cooperativismo Financeiro