Progredir – na vida e na carreira – nem sempre é fácil. O sucesso muitas vezes depende da capacidade de uma pessoa identificar uma oportunidade promissora e, em seguida, reunir coragem para agir de acordo com ela, ao mesmo tempo que administra o medo de tudo que pode dar errado.
Pensando nisso, o jornalista Tom Huddleston Jr. reuniu em um artigo três dicas para reconhecer uma janela de oportunidade e entender quando atravessá-la vindas de uma série de pessoas de grande sucesso que conversaram com a CNBC Make It sobre os momentos decisivos que acabaram definindo suas carreiras, abrindo caminho para seu sucesso.
1. Comece com uma calma autorreflexão
Se você deseja mais certeza em sua vida, tente alguma forma de meditação ou reflexão cuidadosa. O fundador e CEO da startup de roupas esportivas Vuori, Joe Kudla, por exemplo, conseguiu, através de ioga e meditação, recuar e pensar com clareza durante os primeiros dias de seu negócio, quando ele estava a quatro semanas de ficar sem dinheiro e desesperado por uma estratégia para salvar sua empresa.
“Elas me ajudaram muito ao reservar um tempo para ficar quieto, sentar com meus pensamentos e focar nessa clareza”, disse Kudla. “Ao fazer isso, você desenvolverá um senso de consciência mais imparcial e objetivo que o ajudará a identificar padrões em seu negócio”.
Da mesma forma, o fundador e presidente executivo da Kind Snacks, Daniel Lubetzky, recomenda se desconectar para “fazer uma longa caminhada”. O simples ato abre espaço e tempo para fazer perguntas objetivas e ponderadas que ajudarão a determinar o quão a sério uma pessoa leva a busca por fazer que uma ideia dê certo.
“Feche os olhos e pense… O que eu quero? O que é importante para mim? O que eu quero tirar da vida? O que eu quero realizar?” Lubetzky comentou.
Estar relaxado, ou mesmo deixar a mente vagar, pode ajudar a pensar com mais clareza e criatividade, mostram pesquisas.
2. Pesquise e entenda os riscos
É essencial que as pessoas não se deixem cegar pelo puro otimismo de uma oportunidade de mudança de vida, ou sejam ancoradas pelo pessimismo de que tudo que pode dar errado. Muitos daqueles que têm sucesso encontram e mantêm um equilíbrio entre esses extremos ao longo de suas carreiras.
“Às vezes, você pode correr grandes riscos. Às vezes, você precisa ser muito seguro e metódico sobre como sair das situações. Controle as coisas que você pode controlar e reconheça as coisas que não pode controlar”, disse Peter Beck, fundador e CEO da empresa aeroespacial de bilhões de dólares Rocket Lab.
Como líder de uma empresa que lança regularmente foguetes ao espaço, Beck observou que os riscos em seu negócio podem ser significativos. Como resultado, ele começa sendo “muito analítico” ao avaliar qualquer oportunidade potencial, para poder considerar todos os prós e contras antes de tomar uma decisão.
É exatamente esse tipo de preparação que permite que alguém siga seu instinto com confiança quando descobre um risco que vale a pena correr, explicou o executivo: “Apoie sua intuição e vá em frente. Você tem que ver janelas de oportunidade e correr em sua direção”.
Sallie Krawcheck, CEO da plataforma digital de investimento e gestão de patrimônio Ellevest, concorda. Ela também se autodenomina “incrivelmente analítica” e recomenda tomar todas as suas maiores decisões “com base nos fatos e nos números”.
3. Prepare-se para o fracasso, mas não deixe que isto pare você
Parte do reconhecimento do risco é compreender que falhas são possíveis e se preparar para essa possibilidade.
Segundo pesquisas, visualizar resultados negativos pode ajudar as pessoas a se prepararem para eles, as estimulando a debater possíveis planos de backup e as ajudando a superar o medo do fracasso que pode impedi-las de tentar.
Imaginar possíveis contratempos como oportunidades de aprendizagem, em vez de derrotas paralisantes, por exemplo, é um bom caminho a se seguir.
Quando Alexa von Tobel abandonou a Harvard Business School aos 24 anos para lançar a empresa de consultoria financeira online LearnVest, ela sabia que estava assumindo “um risco muito grande” e tentou ser realista sobre como tudo poderia dar errado. Falhar provavelmente teria lhe custado as economias de sua vida, junto com mais de US$ 1 milhão que ela inicialmente levantou de investidores.
No final das contas, ela decidiu que abraçar o risco seria melhor do que a alternativa – nem tentar. Ela seguiu em frente com a LearnVest, que atraiu 1,5 milhão de usuários quando vendeu a empresa para a Northwestern Mutual por US$ 375 milhões em 2015.
“Presumi que iria falhar e me senti confortável com isso”, disse ela. “Mas pelo menos eu teria dado o meu melhor”.
Fonte: Portal Administradores com CNBC Make It
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