Ao reduzir o teto de juros no consignado para beneficiários do INSS de 2,14% para 1,70% ao mês, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) pode deixar de fora boa parte do mercado. O relatório semanal do Banco Central sobre as taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras mostram que, de 38 bancos, só quatro se encaixam atualmente dentro do novo limite.
Conhecidas por praticarem taxas menores e mais atrativas para seus clientes e cooperados, as cooperativas de crédito fazem parte do pequeno grupo de agentes financeiros que praticam taxas abaixo do novo teto do INSS. Atualmente, o Sicoob – maior rede de pontos de atendimento físico do Brasil – oferece crédito consignado com uma taxa de 1,68%; levemente abaixo do novo teto. Além de oferecer melhores condições, as cooperativas ainda se destacam pelo compartilhamento do resultado econômico ao término do exercício social, proporcionalmente aos juros pagos pelos mutuários no período, reduzindo ainda mais os encargos efetivamente assumidos pelos cooperados. Além do Sicoob, apenas outros 3 agentes praticam taxas menores ao texto: CCB Brasil (1,31%), BRB (1,63%) e Cetelem (1,65%) .
Na outra ponta, entre as taxas mais altas, estavam Pan (2,14%) e a financeira Zema (2,17%), inclusive acima do teto em vigor naquela período, que era de 2,14%. Os bancos com taxas inferiores ao novo teto, no entanto, representam uma fatia muito pequena do mercado. Esse segmento é liderado pelo Itaú, que tem uma participação de mercado de aproximadamente 27%, seguido de Bradesco (17%), Pan (11%), Santander (7%), Caixa (7%), Banco do Brasil (4%), C6 (4%) e Safra (3%). Juntos, essas instituições somam quase 80% do mercado.
Fonte: Valor Investe, com adaptação da MundoCoop
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