De acordo com um ranking realizado pela Global Soft Power Index (GSPI) e publicado pela Brand Finance, que entrevistou mais de 170.000 pessoas, em 100 países para coletar dados sobre as percepções globais de 193 estados-membros das Nações Unidas, o Brasil ocupa a 31ª posição, entre os mais influentes do mundo.
Na liderança estão os Estados Unidos da América e o Reino Unido. Já a China superou o Japão e a Alemanha ocupando o terceiro lugar, um salto significativo no World Soft Power Rankings de 2024, à medida que a COVID se torna passado. O país teve um crescimento vertiginoso, subindo do quinto para o terceiro lugar.
Alguns países tiveram os seus desempenhos prejudicados devido aos conflitos militares, como a Rússia, Ucrânia e Israel. Por outro lado, os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar e Turquia demonstraram uma melhora representativa desde o Global Soft Power Index, em 2020.
O soft Power é definido como a capacidade de uma nação de influenciar as preferências e os comportamentos de vários atores na arena internacional por meio da atração e da persuasão.
O Ranking
No ranking é pautado em 55 métricas diferentes para alcançar a pontuação geral de 100, que vai do 1º ao 193º lugar. O Brasil teve uma pontuação de 48.8 pontos em 100. Isso se deve ao aumento das pontuações nos pilares Familiaridade, Reputação e Influência: Familiaridade (+0.2 pontos para 7.8/10, crescendo acima da média mundial), Reputação (+0.3 pontos para 6.6/10) e Influência (+0.4 pontos para 4.8/10). Também apresenta crescimento acima da média nos pilares Governança (pontuação 2.9) e Mídia e Comunicação (pontuação 3.5).
Entre os seus pontos de destaque estão a ‘Diversão’ (7.1 pontos) e ‘Liderança em Esportes’ (6,8), e está acima da média nos pilares ‘Governança’ (2.9 pontos – subiu 11 posições, chegando ao 75º lugar) e ‘Mídia e Comunicação’ (3.5 pontos).
Porém, o país não se destacou nos tópicos que têm o maior peso, tornando difícil o aumento da influência mundial, sem trabalhar os setores de Educação e Ciência (58º lugar) ou Negócios e Comércio (41º lugar).
Apesar de tudo, em termos de “Governança” tivemos uma melhora, com uma média acima da média mundial em (75º lugar). Ele subiu algumas posições, chegando em 53º lugar em “Ações para proteger o meio ambiente”, 11 em “Facilidade para fazer negócios” e 12 em “Cidades e transportes sustentáveis”.
Sua posição no Índice Global de Soft Power aumentou em 10 pontos desde 2020 (em 2020, obteve 39.4 e, em 2024, 48.8), bem como sua Familiaridade (a pontuação cresce de 6.9 para 7,8) e Reputação (de 6.1 em 2020 para 6.6 em 2024).
Também registrou um crescimento significativo em Educação e Ciência (+7 pontos nesses cinco anos). Em Mídia e Comunicação (+1.3 pontos), Cultura e Patrimônio, Pessoas e Valores.
Eduardo Chaves, Managing Director Brazil, Brand Finance, conta que o Brasil continua sendo um fator importante no cenário mundial em 2023. “A paixão pelo futebol e os eventos culturais, como o Carnaval, podem ser destacados como aspectos positivos da cultura brasileira”, lembra.
Brasil foi bem avaliado pelos países da América Latina em Soft Power
Dentro da América Latina, o continente melhor avaliado em Soft Power foi o Brasil, já que todos o consideram entre os 20 países mais influentes. Para os nossos vizinhos deveríamos ter sido pontuados no ranking entre os 23 aos 33 pontos.
Já os países asiáticos, com exceção da China, classificaram o Brasil em 19º lugar. Sendo que a África e a Austrália são os continentes que nos deram a pior pontuação, do 34º lugar.
A Índia caiu para o 29º lugar, a marca de nação latino-americana mais bem classificada. O Brasil, estagnou no 31º lugar, e a África do Sul, líder do ranking da África Subsaariana, caiu para o 43º lugar, o mais baixo de todos os tempos. Para saber mais: https://brandirectory.com/softpower/
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop
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