O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou neste mês financiamentos para a implantação de dois complexos eólicos e um solar, assim como as linhas de transmissão associadas, na Bahia e em Minas Gerais. Somando 1,5 GW em capacidade instalada, os investimentos totais alcançam R$ 10,6 bilhões. A participação do BNDES de R$ 3,5 bilhões ocorrerá por meio do programa BNDES Finem. A energia gerada pelas plantas será equivalente à necessária para atender cerca de 2,6 milhões de residências e a mais de 8,6 milhões toneladas de CO2 de emissões evitadas ao longo da vida útil dos projetos. Os empreendimentos contribuem para o aumento da capacidade instalada em energias renováveis e para o desenvolvimento do mercado livre de energia no país.
Implementado pelo Grupo Engie, o Complexo Eólico Serra do Assuruá está localizado no município de Gentio do Ouro (BA) e é composto por 24 parques eólicos com 188 aerogeradores da Vestas. Sua capacidade instalada total é de 846 MW. Com um empréstimo do BNDES de R$ 1,5 bilhão, o empreendimento tem previsão de entrada em operação comercial de forma escalonada a partir de julho de 2024 até junho de 2025.
“Serra do Assuruá será nosso maior Conjunto Eólico no Brasil. Quando concluído, irá adicionar 846 MW de capacidade instalada ao nosso portfólio de ativos e à matriz elétrica nacional. Seguimos expandindo nossas operações em geração renovável, em linha com a estratégia global de acelerar a transição energética, e mantendo nível de alavancarem confortável, de acordo com nossa reconhecida disciplina financeira”, disse Eduardo Sattamini, Diretor-Presidente e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia.
O Complexo Eólico Novo Horizonte do Grupo Pan American Energy, localizado nos municípios baianos de Novo Horizonte, Boninal, Brotas de Macaúbas, Ibitiara, Oliveira dos Brejinhos e Piatã, é formado por 10 parques eólicos, dos quais oito receberão apoio de R$ 900 milhões do BNDES para implantação. O empreendimento somará investimentos de R$ 3 bilhões, com uma capacidade instalada total é de 423 MW.
“Este contrato é mais um passo no crescimento e desenvolvimento da Pan American Energy no Brasil com o objetivo de se posicionar como uma empresa líder em energia no país” destaca Román Schuler, Gerente Executivo de Finanças Corporativas da Pan American Energy.
O Complexo Solar Boa Sorte, a ser implantado pelo Grupo Atlas, será composto por oito usinas fotovoltaicas e está localizado no município mineiro de Paracatu. O apoio do Banco será de R$ 1,1 bilhão, valor equivalente a USD 210 milhões. O escopo do projeto também engloba a instalação de sistema de supervisão, segurança, controle, monitoramento local e remoto, assim como sistemas de comunicações. O complexo contará com mais de 778 mil painéis solares. A data prevista para o início da operação comercial é janeiro de 2025.
“Esta é a terceira transação indexada ao dólar americano da Atlas, no Brasil, para financiar projetos de energia renovável que atenderão grandes consumidores de eletricidade no país. Vale ressaltar que este é um financiamento particularmente único, por ter sido concedido por um banco público”, disse Luis Pita, Gerente Geral da Atlas Renewable Energy no País.
“Esperamos que esta seja a primeira de muitas operações em que o BNDES possa financiar as empresas utilizando o dólar como referência. É o banco expandido o seu leque de produtos e procurando atender melhor seus clientes”, declarou a diretora de Crédito à Infraestrutura, Solange Paiva Vieira.
O BNDES Finem financia projetos cujos investimentos estejam acima de R$ 40 milhões. O apoio se estende a praticamente todos os segmentos econômicos, tendo como principais critérios de avaliação a capacidade de pagamento do projeto e a qualidade das garantias prestadas. Projetos para construção de parques eólicos e solares se enquadram na linha de financiamento BNDES Finem Geração de Energia. A linha possibilita um prazo total de até 24 anos para o financiamento à implantação da geração de energia eólica, além da participação do BNDES em até 100% dos itens financiáveis limitado a 80% do investimento total.
Fonte: Imprensa BNDES
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