Com o vento a favor e o reconhecimento da ONU, que declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, o movimento cooperativista global vive um momento de expansão significativa. Sob o lema inspirador “Cooperativas Constroem um Mundo Melhor”, 2025 representa um período crucial para refletir sobre a trajetória, o presente vibrante e o futuro promissor desse modelo centenário.
Nesse contexto dinâmico, dez tendências-chave despontam para impulsionar o setor a patamares inéditos de inovação e disrupção. A expectativa é que essas tendências permeiem o cotidiano do cooperativismo, integrando seus processos e fortalecendo os laços com as comunidades que o cercam, consolidando sua influência e relevância global.
Na sexta parte do Especial 10 Tendências para o Cooperativismo, o tema é a “Democratização do conhecimento“!

Uma das tendências que também deve estar no radar das cooperativas é investir em educação contínua e acesso à informação. Isso porque as cooperativas capacitam seus membros, melhoram a governança e tomam decisões mais estratégicas. No atendimento ao cliente final, isso se traduz em mais transparência, personalização e qualidade na experiência do cooperado.
Natalia Castan, empresária e CEO da Une.cx e do call center Grupo Unite, colocou em prática essa tendência e criou a Casa Une, que nasceu como um braço de suas empresas, para formar pessoas. “Oferecemos uma formação de vanguarda, que resgata a essência da educação grega e a reinventa para os tempos atuais. Vivemos na era da hiper produtividade e da falta de pertencimento, por isso nosso conhecimento precisa ser transversal, vivo e compartilhado. Nossos filósofos não são outros senão Edgar Morin e Domenico De Masi, pois entendemos que aprender é conectar, criar e ressignificar o mundo ao nosso redor”, explica.
Ela indica que as cooperativas, de uma forma geral, devem encontrar seu próprio modelo de contribuição, desde que olhem para além de seus muros e enxerguem seu papel na sociedade. “Quando isso acontece, o conhecimento deixa de ser apenas um ativo e se transforma em um legado. Por isso a abundância de informação exige curadoria, para que o conhecimento seja realmente útil e aplicável. No cooperativismo, esse filtro pode ser feito através de formação contínua, fontes confiáveis e troca de experiências entre os próprios cooperados”, comenta.
Natalia Castan destaca também que a democratização do conhecimento já impulsiona o surgimento de novas profissões, como cientista de dados, especialista em IA, designer de experiências imersivas, estrategista de metaverso e gestor de comunidades digitais. “Para que esse movimento ganhe ainda mais força, é essencial que a formação profissional acompanhe essa evolução. O Fórum Econômico Mundial, na sua última lista de Top 10 Habilidades para 2025, destacou competências essenciais para o futuro do trabalho. É preciso que as cooperativas promovam a renovação das habilidades, estimulando a aprendizagem contínua e a adaptação às novas demandas do mercado. Quem conseguir alinhar acesso ao conhecimento, tecnologia e desenvolvimento humano terá um diferencial competitivo e social no mundo do trabalho”, detalha.
Por Leticia Rio Branco – Redação MundoCoop
Conheça as outras tendências em destaque:

Tendência 1: Tecnologias Verdes

Tendência 2: Parcerias e Redes de Cooperação

Tendência 3: Desafios de Trabalho e Bem-estar Social

Tendência 4: Diversidade e Inclusão como Fatores Estratégicos

Tendência 5: Novo perfil de consumidor
Por Leticia Rio Branco – Redação MundoCoop

Matéria exclusiva publicada na edição 122 da Revista MundoCoop