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MundoCoop - Informação e Cooperativismo

Cooperativas brasileiras ampliam papel estratégico na transição energética

Com investimentos e presença local, cooperativas estão se destacando na busca por uma matriz energética mais limpa

MundoCoop POR MundoCoop
10 de junho de 2025
DESTAQUES, PANORAMA COOP
Cooperativas brasileiras ampliam papel estratégico na transição energética

Cooperativas brasileiras ampliam papel estratégico na transição energética

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O Brasil tem pela frente um dos maiores desafios de sua história recente: destravar o desenvolvimento de sua infraestrutura e avançar de forma acelerada e sustentável rumo a uma matriz energética mais limpa. As carências nesse campo são evidentes. O país aparece em posições pouco favoráveis em rankings internacionais, como no Relatório de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, em que ocupou a 78ª posição no pilar de infraestrutura. Os obstáculos são muitos: rodovias em más condições, ausência de ferrovias competitivas, deficiências logísticas e gargalos no fornecimento de energia são alguns exemplos.

Entretanto, o cenário também aponta oportunidades. Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), os investimentos em infraestrutura cresceram 11,4% em 2024, e a previsão é que R$1,6 trilhão sejam aplicados até 2033. Dentro dessa conjuntura, o cooperativismo vem se destacando como um modelo eficiente, inovador e comprometido com o desenvolvimento regional. Com forte presença em diversas áreas da economia, o sistema cooperativo brasileiro se posiciona, agora, como um ator relevante na articulação de políticas públicas, na execução de obras estruturantes e na expansão da energia limpa.

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Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO

Para o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, o país precisa encontrar caminhos criativos para acelerar os investimentos. E uma das saídas está na ampliação das Parcerias Público-Privadas (PPPs). “A combinação da eficiência da gestão privada com o olhar social do setor público é o caminho para avançarmos, já que pode trazer benefícios como maior eficiência na gestão, acesso a tecnologias privadas e investimentos em áreas onde o governo atua com limitações. No entanto, é fundamental garantir transparência e cuidado na elaboração dos contratos para evitar problemas futuros. O cooperativismo pode ter um papel decisivo nessas parcerias, atuando como ponte entre o governo e a comunidade”, destaca. 

Ele cita como exemplo o protocolo de intenções firmado entre a cooperativa Comigo (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste) para a realização de obras viárias em Rio Verde, com investimento previsto de R$ 158 milhões oriundos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra). As obras devem ser executadas em parceria com a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes e integram as perspectivas de crescimento do setor: em 2025, há perspectiva de 90 leilões, o dobro ante o ano anterior. “A melhoria da infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento econômico e a competitividade do setor produtivo, e o cooperativismo também pode aproveitar esse cenário”, completa.


“O cooperativismo tem capilaridade e profundo conhecimento dos territórios onde atua. Isso representa uma vantagem estratégica para identificar demandas locais de infraestrutura e propor soluções eficazes” – Darci Hartmann, Presidente do Sistema Ocergs 

A atuação do setor, porém, não se limita às estradas. O cooperativismo também tem avançado significativamente na área energética, especialmente em regiões onde a presença do Estado é limitada. “As cooperativas de distribuição têm atuado na ampliação do acesso à energia em comunidades rurais e isoladas. Ao mesmo tempo, as cooperativas de crédito estão criando linhas de financiamento específicas para projetos de energia limpa, como a instalação de painéis solares, biodigestores e pequenas centrais hidrelétricas. Podemos liderar essa transformação com responsabilidade socioambiental”, afirma Pereira.

Essa visão é compartilhada pelo presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann. Para ele, o Brasil precisa de uma política nacional de infraestrutura de longo prazo, com segurança jurídica, estabilidade regulatória e um modelo de governança que envolva o setor público, privado e o cooperativismo. “As cooperativas têm profundo conhecimento dos territórios onde atuam. Isso nos permite identificar demandas locais e propor soluções estruturantes com agilidade e foco nos resultados. É hora de fortalecer essa parceria”, afirma, acrescentando que é essencial considerar os diferentes contextos regionais do Brasil, para que os investimentos sejam mais eficientes e tenham impacto real no desenvolvimento local. 

Ele reforça, ainda, que o cooperativismo tem muito a contribuir nesse sentido, principalmente porque os pilares de autogestão, intercooperação, interesse pela comunidade e sustentabilidade colocam o setor em posição estratégica para contribuir com soluções inovadoras, sustentáveis e inclusivas. “Nosso ramo tem condições de contribuir com inteligência de mercado, boas práticas de governança e responsabilidade socioambiental, atributos cada vez mais valorizados em projetos de infraestrutura. Cooperativas de crédito também podem atuar como agentes financiadores ou facilitadores de acesso a recursos, fortalecendo o ecossistema de investimentos locais”, explica ele, acrescentando que o  Sistema Ocergs, em sinergia com o Sistema OCB, tem atuado ativamente para garantir o protagonismo das cooperativas como parceiras estratégicas do poder público. “Seguimos promovendo articulações institucionais e oferecendo suporte técnico para que as empresas estejam preparadas para aproveitar esse novo ciclo de crescimento”. 

Pereira faz coro com Hartman, pontuando que o papel das cooperativas de crédito se torna ainda mais estratégico. Além de atuarem como repassadoras de recursos públicos e privados — como no recente acordo firmado entre o BNDES e a OCB nacional — essas instituições oferecem crédito acessível e adequado à realidade de pequenos e médios produtores, empreendedores e comunidades. “O crédito verde é uma ferramenta poderosa para promover inovação, geração de emprego e renda com responsabilidade socioambiental. O cooperativismo financeiro tem condições únicas de impulsionar essa agenda de forma inclusiva”, reforça.

Desafios à frente: mesmo com potencial energético, insegurança jurídica e burocracia podem atrapalhar o crescimento do setor energético

O Brasil possui um vasto potencial em fontes renováveis, como evidenciado em relatórios da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) e do Banco Mundial. Embora se destaque globalmente em energias hidrelétrica, solar e de bioenergia, o país ainda enfrenta desafios significativos para aproveitar esse potencial. A insegurança jurídica e a burocracia excessiva se apresentam como os principais obstáculos para o avanço das energias renováveis no país.

“O papel das cooperativas na distribuição de energia é essencial para ampliar o acesso à energia no campo e em pequenos municípios. As cooperativas podem atuar em projetos de infraestrutura de forma colaborativa, envolvendo comunidades e priorizando necessidades locais” – Luís Alberto Pereira, Presidente do Sistema OCB/GO,

Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs, aponta que a complexidade dos contratos e a falta de incentivos políticos e financeiros dificultam a expansão do setor. “É fundamental que o Brasil implemente políticas públicas que incentivem a geração descentralizada de energia, com foco em cooperativas e comunidades locais. A simplificação de processos regulatórios e a ampliação do acesso a crédito com condições atrativas também são cruciais para dar segurança jurídica aos investidores”, declara. 

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Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs

Segundo Hartmann, a complexidade dos contratos, as exigências regulatórias desalinhadas com a realidade dos empreendimentos e a ausência de incentivos efetivos emperram o setor. “Precisamos digitalizar, padronizar e tornar mais ágeis os processos de licenciamento, sem abrir mão da responsabilidade ambiental. E também fortalecer as linhas de crédito específicas para energias renováveis”, afirma.

Além disso, o cooperativismo desempenha um papel importante nesse processo, ajudando  o setor por meio da oferta de crédito pelas cooperativas financeiras e pela simplificação dos processos de licenciamento. Hartmann destacou que há R$1 bilhão em novos investimentos previstos até 2026, voltados para pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e a melhoria da infraestrutura de distribuição.

Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO, também enfatizou que o cooperativismo pode ser um líder na transição energética, especialmente com a expansão de biocombustíveis e a geração distribuída. “As cooperativas no setor de energia têm se destacado pela qualidade no atendimento e pelo modelo de reinvestimento local. Apesar dos desafios, o cooperativismo tem o potencial de ser uma força transformadora no setor energético, ajudando o Brasil a superar as barreiras que ainda limitam seu crescimento sustentável”, explica.

Pereira ressalta que as cooperativas estão prontas para liderar a transição energética com práticas sustentáveis. “A expansão dos biocombustíveis é estratégica para reduzir a dependência de fontes fósseis e fortalecer a segurança energética nacional. Podemos liderar essa transformação”.

O contexto internacional, no entanto, exige cautela. A instabilidade geopolítica e a reconfiguração das cadeias de suprimento exigem respostas rápidas e coordenadas. “O Brasil não pode esperar mais para desenvolver sua infraestrutura, sob o risco de perder ainda mais competitividade no mercado global”, alerta Hartmann. A chave, segundo ele, está em garantir segurança jurídica e atratividade para os investidores, com modelos de concessão bem estruturados e projetos que ofereçam retorno consistente.


Cooperativismo Gaúcho no Setor de Energia: Investimentos e Reconhecimento

O cooperativismo no Rio Grande do Sul já demonstra seu potencial transformador, com investimentos significativos no setor energético. Em 2022, as cooperativas gaúchas aplicaram R$700 milhões em projetos de geração e distribuição de energia, com destaque para a hidrelétrica Bom Retiro, da Cooperativa Certel. Com previsão de início das obras em agosto de 2025, o empreendimento terá capacidade instalada de 27MW, o suficiente para abastecer cerca de 100 mil pessoas, representando um investimento de R$350 milhões. “É uma demonstração de como o cooperativismo pode se unir à engenharia nacional para desenvolver soluções modernas e sustentáveis, respeitando o meio ambiente e promovendo o progresso das regiões onde está presente”, pontua o presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann.

Além disso, há a previsão de mais R$1 bilhão em investimentos até 2026, abrangendo iniciativas como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e expansão de redes de distribuição e trifásicas. As cooperativas gaúchas têm conquistado reconhecimento pela excelência na prestação de serviços. A Cooperativa de Distribuição e Geração de Energia das Missões (Cermissões), por exemplo, foi eleita a melhor distribuidora de energia do Brasil no Prêmio Aneel de Satisfação do Consumidor, pelo quinto ano consecutivo, seguida pela Certel Energia, que ficou em segundo lugar. “Essas conquistas são resultado de um modelo de gestão que reinveste os resultados na melhoria dos serviços e se mantém próximo do usuário. Estamos orgulhosos por sermos exemplo de qualidade e eficiência para todo o Brasil. Investir nesse setor não é apenas uma oportunidade, é uma necessidade estratégica. Infraestrutura de qualidade reduz custos, aumenta a produtividade, melhora a competitividade e gera um ciclo virtuoso de desenvolvimento econômico e social. E isso interessa a todos: ao governo, ao setor privado e à sociedade”, conclui Hartmann.


Por Leticia Rio Branco – Redação MundoCoop

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Reportagem exclusiva publicada na edição 123 da Revista MundoCoop

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