Qual o futuro do mercado de seguros? Foi para buscar respostas para esta e outras perguntas, que o CQCS Insurtech & Innovation retornou para mais uma edição repleta de novidades sobre o setor de seguros na América Latina e no mundo. Realizado em São Paulo, no Pro Magno Centro de Eventos, o encontro do setor reuniu mais de 2 mil pessoas em dois dias, e buscou trazer novas perspectivas sobre como os seguros podem entrar – de uma vez por todas – na vida do brasileiro. E para conferir alguns dos destaques, a MundoCoop – grande apoiadora do setor – esteve presente acompanhando as principais novidades.
Em dois dias de uma grande jornada de conhecimento e networking, os principais players do mercado de seguros marcaram presença na plenária principal e em seis salas simultâneas, com mais de 40 painéis com a presença de aceleradoras, seguradoras, corretores, investidores, insurtechs e empresas de tecnologia. Na programação, players consolidados e novos, que juntos compartilharam a vontade de repensar o mercado de seguros, deixando-o mais humano e próximo das pessoas.
“Inovar não é só fazer diferente, mas alcançar novos objetivos para mostrar o novo, o que era feito, mas de uma nova forma”. Com essa ideia, o Fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho, iniciou o primeiro dia de debates trazendo uma provocação para o público. “O seguro é sexy?” É fato que o mercado de seguros ainda traz consigo diversos desafios, mesmo após a pandemia mostrar a importância desses serviços para a garantir de uma vida mais tranquila. Para Gustavo, a utilização de termos técnicos ainda afasta o consumidor, e durante o evento, o CQCS lançou a campanha “Segurês não!”, que busca simplificar a linguagem utilizada entre corretores para com os seus potenciais clientes.
Após uma série de homenagens, o presidente do Bradesco Seguros, Ivan Gontijo, compartilhou algumas de suas perspectivas para o futuro do mercado de seguros no Brasil. Para Gontijo, os seguros precisam focar cada vez mais nas pessoas, pensando os processos a partir do consumidor lá na ponta. “Como podemos facilitar e ampliar o apoio a nossos segurados?” Focar no cliente é de extrema importância, mas o setor também precisa repensar a relação com seus corretores, transformando suas jornadas e facilitando o processo de inovação coletiva, para criar um mercado de seguros mais atrativo e democrático. Gontijo ainda reforçou que “é preciso inovar, buscar uma nova finalidade e um novo modo de pensar os processos”. Onde é possível e viável, o setor de seguros precisa se descomplicar.
Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, afirmou que a tecnologia precisa andar de mãos dadas com o mercado, para elevar o patamar da distribuição do seguro no Brasil. País que produz inovação tecnológica, é um país que produz riqueza. O nosso desafio é mais complexo, porque se trata de identificar como o mercado de seguros lida com a inovação tecnológica. Essa é a missão das empresas, das seguradoras, é levar o melhor para a população brasileira. É para isso que servem as políticas regulatórias, é para que ele leve o melhor para o consumidor”.
Em seguida, Dyogo de Oliveira, presidente da CNseg, falou sobre o Plano do Desenvolvimento do Mercado de Seguros. “É um movimento que todo mercado precisa participar, levando soluções do setor para os grandes problemas dos brasileiros, para as políticas públicas e as melhorias para a sociedade. Cada vez que uma pessoa contrata um produto de seguro, ela está melhorando sua vida de forma objetiva”.
Para completar a manhã, a Plenária Principal contou ainda com as presenças de John Wilson, Diretor Acadêmico, MS Financial Technology da Universidade de Connecticut; Laurissa Berk, Diretora de Serviços para Alunos e Docentes, Programas STEM de graduação – Escola de Negócios da UConn; Phil Hobson, Diretor Geral e Líder do Segmento de Afinidades Internacionais na Marsh; Dyogo Oliveira, Presidente da CNseg e Matteo Carbone, Fundador do IoT Insurance Observatory e Embaixador Global da Associação Italiana de InsurTech.
De olho no futuro do setor, Wilson e Berk apresentaram um novo modo de recrutar talentos para o mercado de seguros. Para eles, o setor precisa se conectar mais, estar presente em novos ambientes, olhando para o propósito da nova geração. “Algum de vocês saiu da faculdade pensando que poderia fazer carreira no mercado de seguros?” Com esse questionamento, Berk reforçou que as empresas de seguros devem buscar esse profissional tech, se quiserem inovar. Em uma batalhe por profissionais, onde de um lado estão as grandes big techs da atualidade, o setor de seguros precisa acessar novos talentos através de estratégias que tornem o Seguro um ramo atraente para essa geração. Apensar assim, é que será possível inovar.
CQCS traz grande programação
Dividido em seis salas de conferência, o CQCS Insurtech & Innovation se reafirmou como o principal evento de inovação no mercado de seguros da América Latina. Já no segundo período, o público presente pôde escolher entre diversas palestras e debates, a fim de conhecerem mais sobre os próximos passos do setor.
Nos debates, a transformação digital, o futuro dos seguros, a figura do corretor, o uso da Inteligência Artificial para dinamizar processos e relacionamento com o cliente, foram alguns dos temas que puderam ser encontrados no evento, que reunirá mais de 60 palestrantes e painelistas em seus dois dias.
Entre os destaques da primeira tarde, o painel “O Marketing do Futuro Agora”, reuniu Rogério Guandalini, Diretor Comercial e de Marketing da Europ Assistance Brasil; Tatiana Cerezer, Diretora de Comunicação e Marketing e Thaiza Estevão, Diretora de Marketing e Vendas da Youse, em um debate que buscou mostrar como as seguradoras podem e devem se comunicar na atualidade. Para os convidados, utilizar as ferramentas hoje disponíveis, significa estar mais próximo do público, criando um maior relacionamento, melhorando processos complexos e agilizando o atendimento. Através do marketing, o setor pode solucionar velhas questões do setor, reformulando a conexão com o cliente e mostrando, na prática, como o seguro – em todas as modalidades – pode proporcionar uma vida mais confortável.
Trazendo em sua composição Adilson Lavrador, Diretor de Operações da Tokio Marine; Daniel Kegler, Diretor Presidente da BB Corretora de Seguros e Ronaldo França, Head Latam AWS; o painel “Onde a Inovação está Transformando o Seguro” provocou o público a pensar como as ferramentas à disposição do corretor hoje, podem facilitar a sua prospecção de clientes. Para Lavrador, as facilidades com que o setor conta na atualidade, tem a capacidade de criar um novo mercado de seguros, com grande potencial para maximizar sua participação na economia brasileira. Através de investimentos em inovação, desenvolvimento e capacitação, os seguros possuem a capacidade para transformar o agro, os serviços, o mercado e sobretudo, a vida de cada um. Contudo, é preciso agir agora e surfar nas novas possibilidades presentes no dia a dia do corretor.
O painel “O Corretor como opção do futuro”, contou com a participação do CEO da STOA, Eduardo Marcellini, do diretor comercial da Capemisa, Fábio Lessa, e da diretora executiva de produção Brasil da Porto, Eva Miguel. Os especialistas debateram o futuro dos corretores de seguros e a dinâmica para esses profissionais manterem a progressão na venda de produtos e serviços atrelados à proteção.
Sobre o futuro do mercado, Eduardo Marcellini, CEO da STOA, afirmou que é de extrema importância que as empresas invistam na capacitação do corretor para que as projeções de crescimento do setor se concretizem. “Os seguros de pessoas e a previdência complementar aberta devem crescer 70% até 2030, apresentando uma arrecadação de 364,4 milhões. Para que isso aconteça, os corretores precisam adotar tecnologias para melhorar a experiência do cliente e gerenciar dados de maneira eficiente. Os pequenos e médios corretores, principalmente aqueles que não tem uma equipe para cada carteira, precisam acompanhar todas as evoluções do mercado para que eles possam atender o segurado de forma personalizada”, concluiu.
Ainda durante toda a programação, o futuro da utilização da Inteligência Artifical também entrou em foco. No painel “Inteligência Artificial como Estratégia para Satisfação do Cliente”, a MAPFRE Brasil anunciou a sua nova assistênica virtual, a Maitê. “A Maitê é a imagem dessa inteligência artificial que, cada vez mais, tem sido utilizada para agilizar os processos”, explicou Raphael Bauer de Lima, Geral Comercial da MAPFRE Brasil. Por sua vez, Luiz Cartolano, Diretor Executivo de Marketing & Transformação da Allianz Seguros, reforçou a importância de voltar os olhares para a privacidade dos clientes neste momento de adoção de novas ferramentas. “Independentemente do país em que estamos, precisamos estar aderentes às leis locais. No caso do Brasil, a LGPD garante a privacidade do consumidor de acordo com o que a lei nos diz.” Além disso, Luiz comentou sobre a aplicação da IA em suas campanhas para mídias sociais: “Precisamos ter um volume grande de imagens e, se usamos do banco, pode chocar com a concorrência. Então usamos IA para garantir que passemos a mensagem correta e da melhor maneira aos nossos clientes”, afirmou.
Trazendo mais uma vasta programação em seu segundo dia, o CQCS Insurtech & Innovation 2023 se encerrou trazendo temas como o novo consumidor do seguro, os novos canais de distribuição de serviços, a importância de olhar a inovação para transformar as seguradoras e o mercado como um todo e a aplicação do Open Insurance e da sustentabilidade nos processos do setor.
Uma novidade do evento foi o Prêmio BB Seguros de Inovação, no segundo dia. A premiação, teve o objetivo reconhecer as três startups que melhor impulsionaram o mercado de seguros do país com a criação de soluções estratégicas para o setor. Entre as selecionadas, uma startup que conecta pacientes de câncer com sua rede de apoio, a wecancer; a Daoura, com ideia inovadora de analisar o sentimento dos clientes nas inovações digitais e no primeiro lugar a DiretrixOn!, que apresentou um modelo de subscrição e análise de risco, voltado para as seguradoras.
Pedro London, diretor executivo do CQCS, falou sobre a premiação de inovação, promovida pela BB Seguros. “Pela primeira vez na história, tivemos um prêmio, chamado Prêmio BB Seguros de Inovação. Foi uma experiência incrível, com mais de 40 startups inscritas, com cinco finalistas e uma vencedora, que vai participar de um evento, em Las Vegas “.
Ao participar da Expoinsurtech, o CEO da Seguradora ALM, Alexandre Dominguez, afirmou que o evento proporciona conhecimento relacionado às tendências do setor. “O CQCS Insurtech & Innovation gerou uma ótima oportunidade para a ALM conhecer as principais tendências do mercado de seguros. Percebemos claramente, que o embedded é o presente. Softwares de bem-estar junto com seguros, estão proporcionando uma série de inovações interessantes”.
Evento
O CQCS Insurtech & Innovation 2023 aconteceu nos dias 25 e 26 de julho, em São Paulo. Com grande público e ações que reverberam pelo ano todo, o maior evento de seguros da América Latina já tem data marcada para retornar nos dias 11 e 12 de novembro de 2024, em São Paulo.
Por Redação MundoCoop, com informações de CQCS e Karem Soares
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