O Brasil é um país de dimensão continental, portanto, acessar os produtores espalhados de Norte a Sul do país não é tarefa fácil. Neste contexto, as cooperativas desempenham um papel de extrema importância, uma vez que são multiplicadoras de conhecimento e congregam agricultores de diferentes portes e atividades. Só no setor agro, são mais de 1.200 cooperativas, que juntas somam cerca de 1 milhão de produtores rurais e empregam 207 mil trabalhadores diretos.
Ciente da importância dessas entidades, a Bayer tem promovido diversas iniciativas através do Coopera+, programa de relacionamento da multinacional com cooperativas agropecuárias de todo o Brasil. Uma delas é o Bayer Coopera+ Transformação, um treinamento de três módulos estruturado para ajudar as cooperativas a qualificar seus profissionais para cargos de gerência, marketing e inovação.
“As cooperativas são fundamentais para a criação de um ecossistema que leve inovação a produtores de diferentes portes em todo o Brasil. Temos percebido um grande potencial das organizações em articular ideias para projetos de impacto no setor”, explica Laura Deus, gerente de acesso ao mercado da Bayer Brasil para Cooperativas. “Por meio do programa Coopera+, a Bayer pretende ajudá-las a colocar o conhecimento em prática.”
O primeiro módulo aconteceu em julho de 2021 e reuniu 50 representantes de 29 cooperativas. Na ocasião, a turma teve a oportunidade de bater um papo super bacana com o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, engenheiro agrônomo formado pela Esalq (USP – Piracicaba), que tem dedicado a vida ao aprimoramento do agronegócio, tendo sido presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e que hoje está à frente do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Três meses depois, em outubro, foi realizado o segundo módulo, que contou com a presença de Fernando Dagobbi, presidente-executivo da Coopercitrus, a maior cooperativa do estado de São Paulo. O terceiro e último módulo foi realizado com o precursor do cooperativismo no Brasil, o engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli, que no ano passado foi candidato ao prêmio Nobel da Paz por seu trabalho à frente do Ministério da Agricultura de 1974 a 1979.
Na época, a população nacional estava em franco crescimento, as terras agricultáveis do Sudeste não davam conta da demanda e o país importava alimentos. Mas Paolinelli apostou na ciência. Convenceu o governo a financiar pesquisadores, que foram estudar nos mais renomados centros de pesquisa do mundo. Seu empenho tornou o Cerrado brasileiro na região de maior produção de alimentos do país. Ele ajudou a promover uma verdadeira revolução, que fez o Brasil deixar de importar comida para se tornar o celeiro de alimentos do mundo.
Paolinelli abordou no terceiro módulo do Bayer Coopera+ Transformação o papel do cooperativismo como um negócio sólido e escalável. Na sequência, Carolini Berlanda, especialista em agro e professora do InterCoop Brasil, apresentou temas como a comunicação do cooperativismo e a necessidade de parcerias para as cooperativas ganharem musculatura e continuarem na trilha da sustentabilidade em um mercado cada vez mais competitivo.
Todos os programas voltados às cooperativas têm em comum o fato de dialogarem com os três pilares estratégicos da Bayer: inovação, transformação digital e sustentabilidade. Com base nesse alicerce, a multinacional estrutura todas as iniciativas e estratégias de negócios para alavancar o agronegócio brasileiro, setor que tem sido a locomotiva da economia nacional.
Conteúdo exclusivo publicado na Revista MundoCoop – Edição 104
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