A quarta revolução industrial trouxe consigo avanços significativos na área da tecnologia da informação e comunicação. Esses avanços têm impactado diretamente a forma como as cooperativas realizam a intercooperação e a colaboração. Através do uso de softwares e plataformas digitais, as cooperativas podem agora coordenar atividades incomuns de forma mais eficiente, compartilhar recursos, trocar informações, realizar compras conjuntas, gerir projetos em conjunto e até mesmo expandir suas operações para novos mercados. A tecnologia tem facilitado a intercooperação ao permitir uma
comunicação mais ágil e eficaz entre as partes envolvidas, independente da localização geográfica.
Dessa forma, a quarta revolução industrial e tecnológica traz consigo a necessidade de adaptação e inovação por parte das cooperativas. É fundamental que o movimento cooperativista esteja aberto a explorar novas maneiras de integração e cooperação, aproveitando as oportunidades oferecidas pela tecnologia para fortalecer as relações entre as cooperativas.
A criação de novas formas de integração e cooperação, impulsionadas pela tecnologia, pode permitir que as cooperativas atinjam níveis mais elevados de eficiência operacional, inovação, acesso a mercados e sustentabilidade. Isso pode envolver o desenvolvimento de plataformas digitais para facilitar a intercooperação, o uso de análise de dados para a tomada de decisões estratégicas e a implementação de soluções.
Uma plataforma digital pode desempenhar um papel crucial na organização da intercooperação. Através de uma plataforma online, as cooperativas podem coordenar suas atividades em conjunto, compartilhar recursos, trocar informações e colaborar de maneira mais eficiente.
As plataformas podem oferecer funcionalidades como gerenciamento de projetos compartilhados, comunicação em tempo real entre as cooperativas, compartilhamento de documentos e informações relevantes, além de facilitar a realização de compras conjuntas e a identificação de oportunidades de cooperação.
Com a intercooperação por meio de uma plataforma digital, as cooperativas podem aumentar sua capacidade de atuação em conjunto, fortalecendo o movimento cooperativista.
Essa colaboração e a ação conjunta são fundamentais para o desenvolvimento e a pesquisa em escala global. O rastreamento e a avaliação da produção pelo controle de qualidade são aspectos importantes para garantir a qualidade, bem como a organização do preço do mercado para garantir equidade e justiça.
A intercooperação é uma abordagem colaborativa que busca integrar ações locais em um contexto mais amplo, com impacto global. Intercooperação ou cooperação entre cooperativas alcança objetivos em diferentes escalas, trazendo benefícios significativos para as cooperativas envolvidas e para as comunidades em geral.
É necessário criar a gestão de desenvolvimento, com pesquisa centrada em identificar e atender às necessidades dos cooperadores donos, organizando a base de baixo para cima através do mercado da informação produzida por eles, com o objetivo de promover ações que tenham alcance global. É interessante ver como a cooperativa está focada em compreender e responder às demandas locais, enquanto também busca contribuir para questões de relevância global. Esse tipo de abordagem holística é muito eficaz para promover mudanças significativas e sustentáveis.
A intercooperação como princípio cooperativista e sua relevância impulsionam a ação global e o desenvolvimento socioeconômico sustentável. A organização do capital, juntamente com a colaboração entre empresas e comunidade, desempenha um papel crucial nesse processo. Ao unir esforços e recursos de forma coordenada, é possível alcançar impactos positivos tanto localmente quanto em uma escala mais ampla, contribuindo para a sustentabilidade e o progresso coletivo. Isso valoriza a cooperação, a sustentabilidade de forma justa.
A intercooperação, portanto, pode contribuir significativamente para um modelo econômico mais inclusivo e sustentável.
Rosalvi Monteagudo é pesquisadora, escritora, membro da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e da Associação Brasileira dos Pesquisadores de Economia Solidária.
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