O trabalho de um jardineiro é uma tarefa que demanda dedicação, paciência, amor e habilidades específicas. Esse profissional precisa oferecer insumos corretos como água, nutrientes, luz e até mesmo poda, quando necessário, para garantir o crescimento saudável da planta. Como resultado, elas alcançam seu potencial máximo com mais rapidez e eficiência.
Nessa linha de raciocínio, uma empresa que investe na educação de seus colaboradores é como um jardineiro diligente.
Em um cenário no qual as empresas buscam cada vez mais eficiência, exigindo resultados melhores e com mais velocidade, é necessário oferecer um solo fértil aos seus colaboradores, com a possibilidade de que eles se desenvolvam e possam responder às expectativas da companhia e do mercado.
O aprendizado constante traz, comprovadamente, benefícios nos mais diversos âmbitos de uma empresa. Essa cultura corporativa mais forte, portanto, é seguida de mais inovação, colaboração e maior produtividade da força de trabalho.
Um estudo de 2022 da The Association for Talent Development (ATD) mostrou que empresas que investem em programas de treinamentos personalizados para seus funcionários têm um aumento de 218% na produtividade e atingem margens de lucro até 24% mais altas.
Dessa forma, hoje, investir na educação corporativa dos colaboradores não é apenas uma medida adicional, mas sim uma estratégia imprescindível, uma vez que tem efeito direto nos resultados apresentados e na geração de valor da companhia.
Em um mundo em constante transformação, devido às relações humanas, às novidades tecnológicas e à produção de conhecimento, essa premissa de constante evolução fica mais clara. E, no contexto corporativo, existem diversas formas de aplicar uma cultura de aprendizagem junto aos funcionários.
O cultivo de um mindset de crescimento, defendido pela psicóloga americana Carol Dweck, escritora do best seller Mindset, é o primeiro passo para o desenvolvimento dessa prática.
Tendo em mente que habilidades e competências não são inatas, a mentalidade de crescimento se trata, justamente, da capacidade de investir em novos aprendizados, de adquirir competências diferenciadas e ter um ponto de vista voltado para utilização da bagagem pessoal como ferramenta que transforma os desafios em oportunidades de aprimoramento.
Iniciativas de educação corporativa têm potencial para beneficiar todo ecossistema organizacional
Uma pesquisa realizada, apurada e apresentada durante a 14ª edição do HR First Class – um dos maiores eventos de heads de RH (Recursos Humanos) do Brasil, que ocorreu em 2022, em São Paulo (SP) -, revelou que 73% dos mais de 200 C-levels e líderes de RH que estavam presentes acreditam que a Educação Corporativa não beneficia apenas os colaboradores, mas todo o ecossistema empresarial, gerando um impacto para clientes, fornecedores e a sociedade de modo geral.
Contudo, apenas essa abordagem não é o suficiente para alimentar essa cultura de desenvolvimento contínuo por si só. E poder identificar o que desmotiva e o que estimula o grupo de colaboradores é essencial nesse cenário.
Afinal, é por meio dessas informações que é possível investir em iniciativas de capacitação de maneira assertiva. Nesse sentido, a implementação da cultura de feedback é essencial, pois incentiva a participação e comunicação de todos em diversos níveis.
Indo além, é importante lembrar que uma organização caracterizada pela cultura de aprendizagem investe não apenas no conhecimento, mas também na liberdade dos colaboradores em aplicar essas competências de maneira criativa, estimulados pela curiosidade, fazendo com que eles se sintam livres para participar das ações da empresa e aprender com seus erros.
E, assim como um jardim bem cuidado é valorizado por suas plantas exuberantes, uma empresa que investe na educação de seus colaboradores se torna mais valiosa, pois possui uma equipe qualificada e engajada, capaz de impulsionar o crescimento e a prosperidade da organização.
*Constanza Hummel é fundadora e CEO da Building 8
Discussão sobre post