A intercooperação no Brasil tem se desenvolvido significativamente, fortalecendo o movimento cooperativista e beneficiando tanto as cooperativas quanto a sociedade em geral. Esse princípio, que promove parcerias estratégicas entre cooperativas de diversos ramos, permite a criação de ambientes mais competitivos, redução de custos e ampliação de oportunidades de negócios.
Existem dois principais tipos de intercooperação praticados no país:
Intercooperação Vertical: Parcerias entre cooperativas do mesmo ramo que se unem para formar centrais ou federações, visando ganhos de escala e maior presença no mercado. Por exemplo, cooperativas agropecuárias que se associam para otimizar a produção e distribuição de seus produtos.
Intercooperação Horizontal: Colaborações entre cooperativas de diferentes ramos que compartilham recursos e serviços. Um exemplo é uma cooperativa de crédito que financia as operações de uma cooperativa agropecuária, enquanto uma cooperativa de transporte cuida da logística.
Iniciativas como o projeto “Apoio à Intercooperação”, parte do Programa Brasil Mais Cooperativo, têm impulsionado essas parcerias, aprimorando processos de gestão e facilitando o intercâmbio entre cooperativas. Esse projeto é uma colaboração entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA).
Exemplos de sucesso incluem a formação da Unium, uma união das cooperativas Castrolanda, Frísia e Capal, que juntas alcançaram maior competitividade no mercado internacional. Outro caso é a parceria entre as cooperativas Capal e Integrada, que otimizaram suas operações por meio da intercooperação.
Essas iniciativas demonstram que a intercooperação é uma estratégia eficaz para o fortalecimento do cooperativismo no Brasil, promovendo desenvolvimento econômico e social sustentável.
*Rosalvi Monteagudo é pesquisadora, escritora e membro da ACI