O cooperativismo chega aos 180 anos jovem, totalmente vinculado ao mundo em que vivemos, já com um extenso legado de desenvolvimento e de partilha de trabalho e de renda, mas com imenso potencial ainda a ser explorado. Por ser uma forma de associativismo em que o trabalho determina a renda, e não o capital, é a grande opção para o enfrentamento das transformações ocorridas no mercado de trabalho mundial.
No mês do cooperativismo, vale lembrar que há cooperativas de médicos – como a Unimed -, do agronegócio, de crédito, de engenheiros, mas também de teatro, de música, de cinema, de tecnologia da informação. Todos os ofícios e as artes da sociedade humana cabem em cooperativas, sem a necessidade do capital para regular esta relação.
Os sete princípios do cooperativismo continuam na ordem do dia. Um deles, o interesse pela comunidade, antecipou a responsabilidade social, assim como a gestão democrática e transparente é a base da governança corporativa.
Na Unimed, o maior sistema cooperativo médico do mundo, as conquistas estão na história, no presente e projetadas para o futuro. Essa marca levou, para o interior do Brasil, os avanços da medicina antes restritos às capitais, quase todas no litoral. Organizou os médicos, valorizando os profissionais, a medicina e as pessoas que confiam a eles sua saúde.
A intercooperação, a capilaridade nacional, o intercâmbio nacional e a gestão das cooperativas por médicos – para quem o cliente está no centro da operação – são as forças com as quais a Unimed tem superado, desde 1967, regime autoritário, hiperinflação, trocas de padrão monetário, polarização política, fraudes, judicialização, excessiva regulação, pandemia e confusão entre saúde pública e privada.
Os alicerces do cooperativismo continuam fortes e resilientes para que nosso Sistema se renove, vá além do ecossistema da saúde e dos seguros, com o apoio da Unimed Participações, holding e hub de negócios inovadores. Hoje, já contamos com soluções como plataforma de negócios, fintech com biometria facial, gestão para a carteira de clientes, locação de equipamentos médico-hospitalares e registro eletrônico de saúde.
E há muito mais a fazer, porque o cooperativismo não para. Está sempre conectado às tendências, às inovações e às demandas de uma sociedade plural, diversa e ávida por novos padrões de qualidade de vida e de convivência democrática.
*Adelson Severino Chagas é Presidente da Unimed Participações
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