O engajamento com as questões ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês) já não é mais uma opção para as organizações, visto que esses fatores influenciam no processo de decisão das pessoas. Há diversas pesquisas que indicam esse caminho – conforme o Índice de Sustentabilidade 2023 da Kantar, mais da metade dos brasileiros afirmaram no estudo não comprar de marcas que não investem em sustentabilidade.
No Sicredi, a sustentabilidade é a gestão do negócio com foco na ampliação do nosso impacto positivo econômico, social, ambiental e climático, reduzindo os impactos adversos e gerando valor para os associados, colaboradores, comunidades e demais partes interessadas.
Faz parte da nossa missão, visão e valores, como instituição financeira cooperativa, promover um futuro melhor não apenas para nossos associados, mas também para as regiões em que atuamos. E fazemos isto direcionados por uma robusta estratégia de sustentabilidade sistêmica, que se materializa através de iniciativas como, por exemplo, nossa carteira de crédito para Economia Verde, que em 2023 foi de R$ 51 bilhões. Essa carteira compreende produtos e serviços financeiros que possibilitam igualdade social, ao mesmo tempo em que reduzem riscos ambientais e escassez ecológica.
Também materializamos nosso impacto positivo através das mais de 500 mil crianças e adolescentes beneficiados com os Programas de Educação ou ainda por meio das 21 milhões de pessoas alcançadas com ações de educação financeira e dos mais de 726 mil associados que participaram das assembleias em 2023, exercendo seu papel de donos do negócio.
Estes são alguns exemplos do que nossas cooperativas estão realizando. Mas, refletindo sobre os principais desafios da humanidade, nos questionamos: como podemos evoluir? Como nos preparar para o futuro? Buscando compreender o que vem pela frente, o Sicredi realizou o estudo “O Futuro do Cooperativismo”, desenvolvido pelo nosso Lab Inovação em parceria com a Box1824, por meio da Futures Unit. O objetivo da pesquisa foi revelar tendências e comportamentos emergentes com foco no segmento do cooperativismo.
Por meio do estudo, identificamos que a cooperativa do futuro é sustentável, humana e digital. Daí surge o que chamamos de “Neocooperativismo”, como uma evolução do cooperativismo tradicional, buscando unir valores cooperativos históricos com o crescente interesse em alternativas mais justas e sustentáveis à economia tradicional.
Entre os caminhos indicados pela pesquisa, as cooperativas podem incentivar cada vez mais práticas de produção sustentável, conservação de recursos naturais e energias renováveis. Dentro desse contexto, ainda, significa pensarmos em como, por exemplo, restauramos ecossistemas e comunidades, para além da redução de danos ao meio ambiente.
Acreditamos que o cooperativismo de crédito tem papel essencial na transição para uma economia de baixo carbono e na geração de impacto positivo econômico, social, ambiental e climático. Além de melhorar a vida dos associados e das comunidades, é fundamental contribuir para a agenda global dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, que nos direciona para a ação, frente a desafios como a crise climática, a igualdade de gênero, a redução das desigualdades, entre outros. Nos orgulhamos do nosso passado e da nossa trajetória, construída ao longo dos mais de 120 anos, e temos a convicção do nosso compromisso com o futuro.
*Isaura Schmidt Morel é Gerente de Sustentabilidade do Sicredi
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