O agronegócio brasileiro vem batendo recordes de exportação. Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Agricultura, no mês de outubro de 2022, alcançamos US$ 14,25 bilhões de exportação, 61,3% mais que no mesmo período do ano anterior. Mas para manter esse ritmo é preciso investir em soluções que apoiem os agricultores e pecuaristas a otimizar seus processos de gestão e diminuir os custos de produção.
Para este ano que se inicia, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a safra 2022/2023 atinja o recorde com a produção de 308 milhões de toneladas de grãos. O Brasil pode passar a Índia e assumir a terceira posição como maior produtor mundial de grãos, é o que estima o estudo “O Agro no Brasil e no Mundo – edição 2022”, realizado pela Embrapa e com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Para atingir esses patamares, o investimento em inovação tem sido cada vez mais importante para o agronegócio, com empresas e agricultores buscando novas tecnologias e métodos para tornar suas operações mais eficientes e competitivas.
A transformação digital e as tecnologias de Cloud Computing, Big Data, analytics, Edge Computing e Internet das Coisas (IoT) serão fundamentais nesse processo de crescimento do agronegócio no Brasil. Em paralelo ao uso de modernas metodologias de cultivo e criação, o mercado atual demanda a utilização de ferramentas avançadas de tecnologia que apoiem o aumento da produtividade de forma escalonada.
A gestão do agronegócio é uma área complexa que envolve vários aspectos, incluindo planejamento, produção, logística, marketing e finanças. É esperado que haja um aumento nos investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência e a sustentabilidade na agricultura, incluindo robótica, automação e inteligência artificial. A adoção dessas tecnologias traz inteligência e previsibilidade para a tomada de decisão, agregando valor à cadeia produtiva agroindustrial.
Os softwares de gestão permitem criar modelos sofisticados e eficientes de planejamento e execução. Com uma visão 360º de toda a operação em mão, é possível agir de forma mais assertiva e direcionar melhor os investimentos
Sistemas de gestão como o Enterprise Resource Planing (ERP), permitem acesso integrado e seguro aos dados de uma empresa, realizando diagnósticos profundos e precisos que demonstram onde estão os gargalos que comprometem os ganhos operacionais de produção com redução de custos. A centralização das informações em uma única plataforma leva a melhor fluidez dos dados e agilidade no compartilhamento de informações. Dessa forma, o acesso a insights valiosos se torna mais fácil e leva a tomadas de decisão mais assertivas.
A utilização de aplicações em cloud segue em alta, uma vez que levam mais dinamismo às agroindústrias e cooperativas e diminuem os custos com licenças de softwares e aquisição de equipamentos.
Aliadas à Inteligência Artificial, o uso das tecnologias de Big Data e analytics seguirá crescendo no próximo ano. Sua adoção, por exemplo, permite a coleta e análise de grandes volumes de dados para fins de rastreabilidade, predição e gerenciamento dos diversos sistemas produtivos. Mas não basta apenas extrair dados dos processos de gestão. É preciso realizar a análise e leitura correta, transformando esses dados em informações estratégicas e insights para realizar as devidas melhorias na operação. É o campo seguindo na adoção cultura data driven para produzir e gerir cada vez mais e melhor.
*Herlon Acosta é Diretor de Contas da Ninecon
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