Em 2020, as 5.314 cooperativas registradas no Brasil atenderam 15,5 milhões de cooperados com 427.576 empregos diretos, gerando um faturamento de R$ 308,8 bilhões e um total de ativos da ordem de R$ 494,3 bilhões. Esta é uma informação do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2020, publicado pela Organização das Cooperativas do Brasil, cujo prefácio escrito por Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, consegue dar o tom do espírito do cooperativismo no país:
“E é assim que nós queremos ver o nosso modelo de negócios, se posicionando como um setor cada vez mais eficiente e competitivo. Com lideranças inovadoras e uma gestão profissionalizada e disruptiva, trocando o tradicional pela coragem de fazer diferente e a ousadia em buscar o novo.”
Mundialmente, o modelo cooperativista está presente em mais de 100 países e impacta em torno de 1 bilhão de cooperados atendidos por 3 milhões de cooperativas (fonte: Monitor Global de Cooperativas 2020). Destas, somente as 300 maiores geraram um faturamento total de US$ 2.1 trilhões. Cabe destacar que até mesmo durante a pandemia do Covid-19, o movimento cooperativista continuou crescendo e reforçando sua missão como um importante agente de cidadania e de desenvolvimento da economia mundial.
Porém, diante de números tão significativos e de um crescimento acelerado do modelo cooperativista em todo o mundo, é difícil de acreditar como princípios concebidos no estatuto da cooperativa de consumo de Rochdale (Inglaterra) em 1844 continuam válidos no contexto da Nova Economia Digital. Mesmo se considerarmos suas revisões de 1937, 1966 e 1995, o texto que é utilizado até hoje para representar a essência do cooperativismo data do mesmo ano de publicação do primeiro livro sobre Economia Digital, de autoria de Don Tapscott.
Será que a evolução tecnológica dos últimos 25 anos, que vem estimulando o crescimento acelerado de empresas de natureza digital e a disrupção dos mais diferentes modelos de negócio, pode ameaçar o crescimento do cooperativismo? Temos escutado de muitos líderes e gestores que os Princípios do Cooperativismo perderam seu glamour e não despertam mais o interesse de novas gerações digitais.
Queremos provar neste artigo que os sete princípios permanecem válidos e inspiradores no contexto da Nova Economia Digital. Porém, eles precisam de uma releitura sob a ótica de novos modelos de gestão e liderança, mantendo a sua essência no que denominamos de Princípios do Cooperativismo Digital.
Os Princípios de uma Era Industrial
Você sabia que as cooperativas são empresas de capital fechado que pertencem unicamente a seus associados, que trabalham em conjunto com o objetivo de gerar lucro social? Elas foram constituídas para atuar em prol de seus benefícios imediatos, gerando valor para seus cooperados e comunidades em que atuam. Em resumo, elas prestam serviços para o seu quadro social, viabilizando o seu desenvolvimento socioeconômico e cultural.
Como mencionamos anteriormente, a primeira cooperativa foi criada em 21 de dezembro de 1844 no bairro de Rochdale, em Manchester (Inglaterra), por 27 tecelões e uma tecelã que fundaram a “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”. Esta época marca um período de início da segunda Revolução Industrial, caracterizada por diversas descobertas que favoreceram a expansão das indústrias, o progresso técnico e científico e a introdução das máquinas. Por isso que, quando estudamos os princípios e modelos cooperativistas, temos que compreender o contexto sócio-econômico em que eles foram criados e utilizados.
O site Geração Cooperação diz que: Enquanto cooperação é uma forma de ajudar as pessoas a atingir um objetivo, cooperativismo é um movimento econômico e social baseado na participação dos associados nas atividades econômicas. Enquanto o ato de cooperação é um movimento altruísta, o cooperativismo se baseia no ato de cooperar para unir pessoas engajadas com o mesmo objetivo de gerar riquezas. Posto desta forma, podemos dizer que o modelo cooperativista se mantém adequado para pensamentos evolucionários da Nova Economia, como o modelo de Teal Organizations de Frederick Laloux, por exemplo. No entanto, será que os princípios cooperativistas, concebidos no século XIX, ainda são válidos para os dias de hoje?
Os princípios do cooperativismo são considerados as linhas orientadoras pelas quais as cooperativas levam à prática os seus valores. Vamos apresentá-lo nesta seção a fim de fazer uma crítica à forma como eles ainda são apresentados e como podem ser vistos no contexto da Nova Economia Digital.
- Adesão Livre e VoluntáriaNão há discriminação de gênero, etnia, de política nem de religião.
Crítica: Como alcançar a adesão, nos meios digitais, sem antes apresentar os princípios que impactam positivamente a sociedade, nosso ecossistema colaborativo e nossa atuação em rede? Afinal, não seriam estes os nossos trunfos para atração de novos membros? E mais, será que somente a não discriminação é suficiente nos dias de hoje?
- Gestão DemocráticaO membro tem direito ao voto igualitário.
Crítica: Vivemos um mundo cada vez mais interativo, que vê com desconfiança os sistemas políticos. As pessoas não querem só votar, elas querem participar.
- Participação Econômica dos MembrosO capital é propriedade comum e controlado democraticamente.
Crítica: Mais do que controle democrático de capital, a participação econômica passa pela responsabilidade com o desenvolvimento de uma cooperativa sustentável, que possa levar benefícios às novas gerações.
- Autonomia e IndependênciaMesmo em parceria, a democracia e a autonomia da cooperativa são mantidas.
Crítica: Autonomia e independência são fatores garantidores da escalabilidade de um sistema que funciona em rede e, neste contexto, proteger a autonomia política tem menor relevância.
- Educação, Formação e InformaçãoComprometimento em formar membros e informar a comunidade.
Crítica: A educação é a base de desenvolvimento de qualquer país. Não deveria este princípio extrapolar a formação de seus membros e buscar impactar a comunidade como um todo?
- IntercooperaçãoNão há competição entre as instituições e entre os membros.
Crítica: Muito mais que não competir, o ecossistema cooperativista precisa levar a intercooperação a novos patamares, atuando de forma orquestrada para a valorização de suas virtudes.
- Interesse pela ComunidadeA cooperativa trabalha para o desenvolvimento do todo.
Crítica: O comprometimento do cooperativismo com a geração de impactos positivos nas comunidades onde atuam é uma realidade relevante para o contexto digital
A conclusão é que precisamos simplesmente revisitar os princípios, pois eles não são antiquados. Eles são éticos, impactantes, responsáveis e democráticos, só que precisam ser reordenados e abordados de uma forma mais adequada para os tempos atuais, como veremos a seguir.
O Caso Unicred Coomarca: Da Transformação Digital para um Modelo Cooperativista Digital
Queremos nesta seção contar uma breve história de um projeto de Planejamento Estratégico Organizacional que acabou evoluindo para um projeto de pesquisa em Cooperativismo Digital. Ele foi feito pela SURYA | Business Agility Getting Real, a patrocinadora da ABO Academy, em parceria com a cooperativa Unicred Coomarca, sua cliente.
A COOMARCA, como chamaremos daqui para frente, é uma cooperativa de crédito especializada na prestação de serviços financeiros premium para servidores públicos. Constituída há mais de 20 anos por Magistrados e Membros do Ministério Público do Estado de Santa Catarina, ampliou seu quadro social em 2021 para atender todos os servidores tanto de Santa Catarina quanto do Paraná.
Até 2020, a COOMARCA mantinha um modelo de gestão e liderança tradicional do mundo cooperativo: hierárquico na estrutura, centralizado na tomada de decisão, com um pensamento linear no planejamento estratégico e com longos ciclos de execução. Em resumo, uma organização muita focada na operação do seu negócio, na forma como ele se encontra, que busca a excelência em suas áreas individuais e não no sistema como um todo. Ou seja, uma empresa da Nova Economia Digital (mercado financeiro) operando sob modelos de gestão e liderança da Economia Clássica (século XX). Mas isso não é exclusividade dessa cooperativa, mas sim uma prática comum em estruturas comandadas por conselhos que valorizam o conservadorismo para proteger os ativos da empresa.
No final do mesmo ano, diante dos desafios de retomada do crescimento em função dos impactos da pandemia do Covid-19, a COOMARCA contratou a SURYA para apoiar o desenvolvimento e a execução de sua estratégia de 2021. Com foco na liderança (papel dos Business Owners) como catalisadora da Agilidade de Negócios (Business Agility), a diretoria da COOMARCA foi desafiada a aderir aos princípios das abordagens Lean, Ágil e Exponencial para suportar o processo de experimentação e aprendizagem no nível executivo que iniciava naquele instante.
Criamos um Programa de Aceleração de Negócios e formamos um grupo de trabalho colaborativo multidisciplinar dedicado à gestão da Estratégia (Exponencial), Portfólio (Lean) e Governança (Ágil), os três elementos que constituem a Estrutura da Mudança do modelo da SURYA denominado “Domínios da Agile Business Ownership“. Esta equipe foi formada pelos diretores Marcia Barlem Ramos (Executiva) e Caio Lauth Gualberto (Negócios), pela gerente Carolina Viecelli (Agência) e coordenadora Letícia Ribas (Administração), pelas assessoras Monica Aguiar (Investimentos), Marilaine Salete Biazi (Projetos), Cristiane Cunha Stadler (Pessoas) e a analista Maíra Caetano (Marketing). Por parte da SURYA, os consultores Luiz C. Parzianello e Mateus Piveta conduziram o processo de Análise da Estratégia durante um mês de trabalho (entre novembro e dezembro de 2020) e facilitaram a execução no primeiro ciclo trimestral em 2021.
Em essência, o Programa de Aceleração tinha como missão desenvolver novas capacidades organizacionais que viabilizassem o crescimento exponencial sustentável do negócio, elementos do modelo estratégico PuRe CaRe (Purpose, Results, Capabilities and Resources) que utilizamos no processo de análise:
- PROPÓSITO, reconhecer o impacto positivo na sociedade;
- RESULTADOS, conceber objetivos desafiadores (exponenciais) nas perspectivas Financeira, do Cliente/Cooperado (encantamento), Mercado (percepção de marca) e Comunidade (impacto social);
- CAPACIDADES, identificar as necessidades Operacionais, de Negócio, de Inovação e de Gestão para viabilizar a conquista dos resultados;
- RECURSOS, projetar, desenvolver ou adquirir soluções que irão suportar as capacidades nas perspectivas de Pessoas, Produtos, Serviços, Processos, Ferramentas e Tecnologias.
A história da COOMARCA sempre foi marcada pelo desafio à crença limitante da necessidade de presença física, visto que sempre atuou em todo o estado de SC com apenas uma agência. Mesmo em tempos de escassos recursos tecnológicos, ela conseguia entregar serviços altamente personalizados, com um toque de formalidade e grande proximidade com seus cooperados. Soluções como assinatura digital, automatização de atualizações cadastrais e videoconferência já estavam em prática muito antes da pandemia, mas queríamos muito mais.
A Análise da Estratégia despertou uma urgência para a necessidade de uma Transformação Digital profunda, uma vez que todos os atendimentos presenciais, típicos do modelo de negócio cooperativista, haviam sido eliminados em decorrência da pandemia. Nosso estudo tornou evidente que um processo de Transformação Digital consiste na Transformação Cultural (Lean-Agile-ExO) associada à uma Inovação Digital (novos canais de relacionamento, novos produtos e serviços, nova forma de gerar valor para seus clientes).
Pois bem, os ciclos curtos de análise, planejamento e execução das cadências Operacional (semanal), Tática (mensal) e Estratégica (trimestral) aceleraram o processo de transformação e inspiraram muitos aprendizados que convergiram para o novo modelo de Cooperativismo Digital, cujos princípios iremos apresentar na próxima seção. Conheça alguns eventos que marcaram essa trajetória e que influenciaram nosso processo de aprendizagem:
- Em meio a debates sobre a Estratégia de Crescimento e Transformação Digital, o diretor Caio Gualberto popôs a expressão Cooperativismo Digital, sintetizando todos os desafios que estavam sendo identificados;
- Alguns objetivos estratégicos foram definidos com esse conceito:
- Promover o crescimento econômico a partir de uma cultura Cooperativista Digital;
- Desenvolver talentos em gestão e liderança para o Cooperativismo Digital;
- Educar o ecossistema na Nova Economia Cooperativista Digital;
- Catalisar o ecossistema da COOMARCA para escalar a execução.
- O consultor Luiz Parzianello propôs o tema Cooperativismo Digital para o 5o Encontro da Comunidade de Prática de Agile Business Owners do Brasil, evento realizado pela ABO Academy em 09/01/2021. Nesta edição, que teve audiência recorde com a participação de membros de diversos países, Caio Gualberto e Rodrigo Ulian Borges (Chief Cooperative Officer da ABO Academy), despertaram o interesse dos participantes para o tema.
- A discussão sobre o Cooperativismo Digital seguiu entre SURYA e COOMARCA até que Luiz e Marcia se uniram para fazer uma releitura dos Princípios do Cooperativismo, identificando o poder de sua essência mas também a necessidade de um novo discurso para atender às demandas da Nova Economia Digital.
- Ao final de um ciclo trimestral de intensa transformação de líderes, modelos de gestão e liderança, equipes, processos e ferramentas, propomos a realização do 1o Coomarca Summit para marcar o aprendizado do período e apresentar os primeiros resultados da mudança cultural. O evento foi realizado nos mesmos moldes da CoP ABO Brasil (com 2h de duração) e teve a participação de todos os colaboradores e convidados da Cooperativa, que discutiram o tema Cooperativismo Digital com os líderes da Coomarca (Marcia e Caio) e do Sistema Unicred: Fernando Rossetto, Diretor de Estratégia e Negócios da Unicred SC/PR, e Luis Augusto Soares Schuler, Diretor de Produtos e Tecnologia da Unicred do Brasil.
- Naquele evento, Marcia apresentou a primeira versão dos Princípios do Cooperativismo Digital, que foram muito bem recebidos por todos pela nova ordem como são apresentados (story telling) e a ressignificação da essência para o contexto da Nova Economia Digital. Desde aquele evento, a ABO Academy iniciou um projeto de pesquisa liderado pela equipe Luiz C. Parzianello, Marcia Barlem Ramos e Rodrigo Ulian Borges para atrair novos colaboradores, evoluir seus achados e disseminar esse conhecimento por todos os sistemas cooperativos.
Apresentamos na próxima sessão a primeira versão dos Princípios do Cooperativismo Digital desenvolvidos pela parceira SURYA + COOMARCA. Temos consciência de que esse é um esboço de algo que se tornará muito maior com a colaboração efetiva de líderes e especialistas do cooperativismo que já vivem o processo de transformação digital e que queiram aderir à esse possível marco na história do cooperativismo mundial.
Os Sete Princípios do Cooperativismo Digital
Nossa releitura dos princípios inicia pela ordem como eles são apresentados. Consideramos o modelo mental de uma nova liderança visionária que enxerga os problemas organizacionais de fora para dentro, desde o impacto positivo na sociedade até chegar a um modelo de gestão baseado na democracia organizacional.
Os três primeiros princípios que ressignificamos foram 1) Interesse pela Comunidade, 2) Intercooperação e 3) Autonomia e Independência. Para essa grande visão externa que precisamos ter da organização, formulamos o seguinte racional para justificar a nossa proposta:
O Cooperativismo Digital parte de um propósito maior manifestado pelo verdadeiro interesse pela comunidade, algo que vai muito além do modelo de negócios da cooperativa e que deve atrair talentos e outras organizações para o mesmo ideal transformador. A intercooperação se manifesta como um ecossistema colaborativo que atua em prol desse propósito, não ficando limitada a cooperativas de um mesmo sistema. Pela natureza digital das operações, o ecossistema deve atuar em rede, com autonomia e independências das partes a fim de acelerar a tomada de decisão e garantir escalabilidade do sistema diante da proposta de valor e abundância de oportunidades da Nova Economia Digital.
Acreditamos que a releitura dos três primeiros princípios é capaz de inspirar a adesão e o engajamento dos cooperados, colaboradores e parceiros de negócios, bem como a forma como fazemos negócios e tratamos o quarto princípio de Adesão Livre e Voluntária:
Muito mais do que dizer que não há discriminação de gênero, etnia, de política nem de religião, acreditamos que todos são livres para integrar essa rede, contribuindo com a evolução do ecossistema e a realização do propósito transformador da cooperativa. Neste princípio, fazemos correlação com um conceito muito disseminado pelas empresas da Nova Economia Digital, que é o de Obsessão pelo Cliente. Somos obcecados não pela conquista de mais cooperados e venda de produtos e serviços, mas pelo encantamento de todas as partes interessadas nesse grande projeto transformador. Qualquer membro do ecossistema é digno de atenção plena diante de sua liberdade de escolha e contribuição com os resultados da cooperativa.
Por fim, concluímos nossa releitura ressignificando os princípios 5) Participação Econômica, 6) Educação, Formação e Informação e 7) Gestão Democrática. Da mesma forma que priorizamos e tratamos os princípios da externalidades da organização, formulamos um racional para justificar a ordem e a natureza de seus princípios internos:
Uma vez que um indivíduo ou organização faça parte do ecossistema, precisamos ter sempre o foco no crescimento sustentável da cooperativa. Isso é feito pela participação econômica dos cooperados não somente nos ganhos de capital, mas também no crescimento sustentável do negócio. É importante que todo membro do ecossistema tenha uma “cabeça de dono” e que proteja os interesses do negócio e a perpetuidade do ecossistema para a viabilização do propósito transformador. Para fazer isso, precisamos educar, formar e informar todos os membros a fim de garantir a correta compreensão de suas responsabilidades e o desenvolvimento de competências para o máximo desempenho organizacional. Com esta evolução, acreditamos no desenvolvimento de um modelo de gestão colaborativa, democrática e auto-organizada, típicos de empresas da Nova Economia Digital.
Enquanto os princípios da externalidade estão baseados em teorias como Capitalismo Consciente, Organizações Exponenciais e Economia Digital, os princípios da internalidade se baseiam nos pensamentos Lean, Ágil e de Organizações Democráticas. A tabela abaixo identifica a origem de cada conceito praticado na Nova Economia Digital e sua relação com o respectivo princípio cooperativista:
CONCEITO | ORIGEM | PRINCÍPIO |
---|---|---|
Propósito Maior | Capitalismo Consciente (Mackey) | Interesse pela Comunidade |
Ecossistema Colaborativo | Organizações Exponenciais (Ismail) | Intercooperação |
Estrutura em Rede | Economia Digital (Tapscott) | Autonomia e Independência |
Obsessão pelo Cliente | Princípios de Liderança (Bezos) | Adesão Livre e Voluntária |
Crescimento Sustentável | Agilidade de Negócios (BAI) | Participação Econômica |
Organizações que Aprendem | Pensamento Lean; 5a Disciplina (Senge) | Educação, Formação e Informação |
Democracia Organizacional | Reinventando Organizações (Laloux) | Gestão Democrática |
Por fim, observe que mantivemos o texto original de cada um dos sete princípios. Porém, identificamos a necessidade de revisar as declarações associadas, para trazê-las para a realidade do século XXI. Nossa primeira versão, que deve ser discutida e revisada por um grupo de especialistas de diferentes sistemas cooperativistas, ficou assim consolidada:
PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO DIGITAL
PRINCÍPIO | DECLARAÇÃO |
---|---|
1. Interesse pela Comunidade | Impactamos positivamente a nossa comunidade. |
2. Intercooperação | Estimulamos a intercooperação e a colaboração de todas as partes do nosso ecossistema organizacional. |
3. Autonomia e Independência | Atuamos em rede com autonomia e independência das partes para garantir a escalabilidade do ecossistema. |
4. Adesão Livre e Voluntária | Todos merecem respeito e prosperidade, sem discriminação de gênero, etnia, de política nem de religião. |
5. Participação Econômica dos membros | O crescimento econômico sustentável é direito e dever de todos os membros da Cooperativa. |
6. Educação, Formação e Informação | Educação e informação são essenciais para o desenvolvimento de nossos membros e a base para a evolução de nossa comunidade. |
7. Gestão Democrática | Estimulamos a participação dos membros da nossa comunidade na gestão da organização. |
*Luiz C. Parzianello é palestrante em Liderança Evolucionária
Discussão sobre post