A Cocamar Cooperativa Agroindustrial anunciou um investimento de R$ 750 milhões para a implantação de uma esmagadora de soja em seu parque industrial em Maringá, no Noroeste do Paraná. O governador Carlos Massa Ratinho Junior oficializou, nesta quinta-feira (6), a inclusão do empreendimento no programa Paraná Competitivo, que oferece incentivos fiscais para atrair investimentos ao estado.
A planta será construída em uma área de 70 mil metros quadrados e terá capacidade para processar 5 mil toneladas de soja por dia, aumentando em 70% a capacidade atual de processamento da cooperativa. Com conclusão prevista para 2027, a esmagadora será uma das maiores e mais modernas do Brasil. Durante a construção, que deve durar dois anos, mais de 1,5 mil trabalhadores serão contratados, e ao entrar em operação, cerca de 300 empregos diretos serão gerados.
A Cocamar, uma das maiores cooperativas agroindustriais do Brasil, busca ampliar sua capacidade de processamento de produtos como farelo de soja, óleo de soja e biodiesel. O presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, destacou que o projeto atenderá à crescente demanda dos cooperados, que atualmente fornecem 2,5 milhões de toneladas de soja por ano, enquanto a estrutura da cooperativa só permite o processamento de 1 milhão de toneladas.
A expansão permitirá aumentar a produção de farelo de soja de 740 mil para 1,8 milhão de toneladas por ano e de óleo de soja de 200 mil para 500 mil toneladas. Para o secretário estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, a industrialização da soja no Paraná valoriza a produção local, que tem se destacado no mercado global.
O programa Paraná Competitivo, que apoia novos investimentos e a expansão de empresas já instaladas, foi fundamental para viabilizar o investimento. O presidente da Cocamar, Divanir Higino, afirmou que o apoio fiscal do governo representa um impacto de R$ 400 milhões no projeto. Além disso, a cooperativa obteve financiamento da Finep e outras instituições bancárias para viabilizar a obra.
A planta será totalmente automatizada, utilizando tecnologia de ponta e práticas sustentáveis, com redução significativa no consumo de água, vapor, solventes e biomassa. A estrutura também incluirá um novo terminal ferroviário e melhorias na logística de produção.
Fonte: Folha Extra