A implementação do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura foi o tema central da reunião do Comitê Gestor da Cafeicultura, realizada na tarde dessa terça-feira (11), na sede da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). A reunião contou com a participação de representantes dos diversos elos que compõem a cadeia produtiva do café no Estado e abordou assuntos, como a tecnologia e a sustentabilidade nos processos de produção de café no Espírito Santo.
Desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Seag, o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura é estruturado nos eixos de governança, sustentabilidade, tecnologia, social e agregação de valor, visando a inserir o Espírito Santo como uma das principais origens de cafés no mundo, sendo reconhecido como referência em produtividade e bem-estar das famílias produtoras.
“Nos últimos anos, tivemos uma mudança nos hábitos de consumo em todo o mundo. As pessoas querem um produto que tenha um conceito, querem saber como está sendo produzido aquele alimento. Nosso programa está totalmente alinhado com essa demanda e alavancará a sustentabilidade na cafeicultura, destacando nossa diversidade e qualidade”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
Para o subsecretário de Estado da Agricultura, Michel Tesch, o programa vai desenvolver diversos projetos específicos ao longo dos próximos anos. “Foi uma construção coletiva, com envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva, portanto, temos seguramente o mais completo programa de desenvolvimento da cafeicultura do Brasil. Obviamente isso nos traz muita responsabilidade, mas temos a convicção de que junto dos diversos parceiros, produziremos avanços expressivos”, destacou.
A expectativa é de que o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura no Espírito Santo seja lançado oficialmente ainda este ano pelo governador do Estado, Renato Casagrande.
Eixos de Desenvolvimento
Um dos principais focos do programa é a sustentabilidade, tema que está incluso em todos os projetos que partirem do grupo. Entre as ações, está previsto o projeto de mapeamento do uso e controle das certificações, com o objetivo de ampliar a oferta de cafés certificados e rastreados. A capacitação de produtores e técnicos para o uso racional de agroquímicos, a ampliação de uso de bioinsumos, o manejo de irrigação e a conservação florestal também estão entre as metas, assim como ações para a implementação da cafeicultura de baixo carbono.
Tecnologia
O programa vai atuar de forma estratégica para garantir mercado e qualidade de vida às famílias produtoras, por meio do projeto de ampliação da formação profissional e da capacitação de técnicos e produtores. Também serão desenvolvidos os projetos de geolocalização do parque cafeeiro, de fomento à mecanização e automação na cafeicultura, com o intuito de identificar gargalos e propor projetos de desenvolvimento de tecnologias digitais e de mecanização, além de assistência técnica digital, e o fortalecimento da pesquisa, extensão e inovação.
Social
O Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura no Espírito Santo também é pautado por projetos sociais, como o de fortalecimento e o incentivo ao associativismo e cooperativismo. O objetivo é desenvolver estratégias para ampliar o quadro de cafeicultores nas cooperativas e incentivar e apoiar iniciativas conjuntas de associações e cooperativas nas áreas de marketing, comunicação e desenvolvimento tecnológico. O projeto de desenvolvimento de jovens lideranças no café e a valorização das mulheres na cafeicultura, promovendo ações para incentivar a participação igualitária das mulheres no processo, estão entre as ações planejadas.
Agregação de valor
Vários são os fatores responsáveis por agregar valor à produção de café. Eles estão ligados à geolocalização, ao turismo, à valorização da origem, à qualidade, produtividade, qualificação profissional e à sustentabilidade dos cafés. O intuito é estabelecer parcerias para a inserção da origem do café do Espírito Santo em feiras e eventos nacionais e internacionais, fortalecendo e promovendo a identidade do produto capixaba.
Participaram do encontro na Seag representantes do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-ES), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB ES), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) e da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Também estiveram presentes na reunião representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Nater Coop, Associação Produtores de Cafés Especiais das Montanhas (Acemes), Fórum de Secretários Municipais de Agricultura (Fosemag), Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafe), Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agrônomos (Seea), Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), Associação Agricultura Forte, Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) e Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.
Fonte: Conexão Safra
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