Aconteceu na manhã desta terça-feira (26) no auditório da reitoria da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) uma reunião importante envolvendo universidade, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Fundação Araucária, cooperativas de toda a região oeste e empresas do Paraná para discutir estratégias inovadoras que possibilitem o desenvolvimento da cadeia agroalimentar paranaense.
O Agritech Symbiosis Hub apresentado pela Unioeste SETI e Fundação Araucária chega para consolidar a interação entre o setor da indústria e as universidades para a elaboração de um termo de cooperação entre as partes e fomentar projeto de P&D incluindo ambientes de escalonamento de processos. A diretora da Agência de Inovação da Unioeste, Maria da Piedade Araújo, intermediou esse encontro entre as governo do estado, universidade e empresas/cooperativas. “É uma oportunidade de trabalhar a integração entre universidade e empresas, esses encontros produtivos possibilitam parcerias essenciais para a sociedade”.
Atualmente a rede de pesquisadores do AgriTech, Symbiosis conta com 36 professores e aproximadamente 40 alunos. Essa rede é formada por pesquisadores da Unioeste e das universidades UTFPR, UFPR e UEL de diferentes campis. As pesquisas que são desenvolvidas têm como foco a sustentabilidade e o crescimento da cadeia produtiva agroalimentar, em um formato de bioeconomia circular. De acordo com a professora Mônica L. Fiorese, que é a líder da rede de pesquisadores do AgriTech Symbiosis comentou que o momento é o de unir interesses entre cooperativas, empresas, universidades para que a ciência e tecnologia possa se tornar cada dia mais uma estratégia para o crescimento de ambos os setores, onde todos os envolvidos ganham, seja a empresa que terá o auxílio de um P&D especializado, assim como as universidades podem passar a pesquisar assuntos que sejam de interesse para as empresas e para desenvolvimento do Estado do Paraná e do País.
Ainda, a professora ressalta que parceria possibilita também a formação de recursos humanos especializados. “O foco do Agritech Symbiosis é pesquisas para o crescimento da cadeia produtiva agro alimentar, desde o campo, produção animal, indústria de processamento, e reaproveitamento de materias-primas hoje subutilizadas que contém alto valor nutricional e biológico. A ideia é nada se perde tudo se transforma, e se transforma com sustentabilidade.
Para a realização do termo de cooperação do do Agritech é necessário uma gestão unificada, que começa com o investimento do Governo do estado em ciência e tecnologia, a contrapartida das empresas e cooperativas em pesquisas de interesses estratégicos para a cadeia produtiva agroalimentar, e da Universidade como fonte do conhecimento para pesquisar aquilo que vai de encontro com o que a sociedade necessita.
Futuro
O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, expôs que a discussão desse termo de cooperação tem como principal objetivo o olhar para o futuro, colocar em um mesmo ambiente, universidade, cooperativas e empresas, além do governo do estado é pensar no poder da pesquisa junto à sociedade “Amanhã não estarei aqui, nem diretores, nem mesmo o governo do estado, o HUB é o que ficará como legado. As parcerias firmadas vão refletir na sociedade, nossos alunos produzem tecnolgia que agregam valor”.
O encontro de hoje teve como principal objetivo levantar as demandas de cada esfera e o esclarecimento de dúvidas das cooperativas e empresas convidadas. O diretor de Ciência e Tecnologia da SETI, Marcos Aurelio Pelegrina, afirmou que a criação de governanças com representantes dos setores privados e públicos dará o tom para a tecnologia produzida no Brasil “A governança criada para o AgriTech Symbiosis HUB se dará através de um conselho curador, com a presença do Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, do presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, de presidentes das cooperativas, responsáveis por tomar decisões políticas, como as relacionadas aos recursos e na sequência vem a governança executiva que vai trabalhar no planejamento estratégico. Estudamos tudo isso com base em modelos de inovação em vários países. O que a gente precisa é desenvolver tecnologia nossa, para que a gente não dependa da tecnologia la de fora”.
Fonte: Unioeste
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