Até o mês de outubro, o total de contratações de crédito rural do Plano Safra 2022/23, iniciado em 1º de julho, alcançou mais de R$ 151 bilhões, montante 20% superior ao registrado nos quatro primeiros meses do Plano Safra passado, quando foram liberados R$ 121 bilhões. É o que mostra o levantamento feito pela Gerência de Desenvolvimento Técnico da Ocepar (Getec), com base nos dados do Banco Central do Brasil. A maior parte dos recursos teve origem na poupança rural (40%); recursos obrigatórios (26%); recursos com taxas livres (22%); fundos constitucionais (6%), BNDES equalizável (5%) e outros (1%).
O Informe da Getec demonstra ainda que, no período que compreende os meses de julho a outubro de 2022, as cooperativas brasileiras captaram R$ 12,63 bilhões, sendo a maior parte destinados para à industrialização, custeio e comercialização, nesta ordem de importância. Deste total, as cooperativas paranaenses destacam-se com a importância de R$ 3,80 bilhões, ou seja, aproximadamente 30% dos recursos captados pelas cooperativas nacionais. Os segmentos que as cooperativas paranaenses direcionaram tais recursos foram: industrialização, custeio e comercialização.
“Verifica-se também que a captação total de recurso do crédito rural neste Plano Safra está fortemente aquecida, dado o elevado custo de produção dos insumos e pela decisão dos produtores rurais em investir na produção de commodities, bem como as cooperativas em investir na industrialização. A taxa de juros mais elevada também favorece para que o volume de recursos seja maior para atender a mesma área da safra passada”, afirma o analista de Desenvolvimento Técnico da área de Mercado, Salatiel Turra.
Já a área de produção agrícola e pecuária para custeio, onde esses recursos foram aplicados, diminuiu significativamente, de 38,7 milhões de hectares, de julho a outubro de 2021, para 18,4 milhões neste ano.
Fonte: Ocepar
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