O ESG+Coop – Programa de Sustentabilidade do Cooperativismo Paranaense começou a ser divulgado para as cooperativas do Estado, na tarde desta quinta-feira (20/10), em Ponta Grossa, em evento que teve a Sicredi Campos Gerais como anfitriã. Na próxima semana serão realizados outros dois lançamentos: no dia 26 de outubro, em Maringá, Noroeste do Estado, com o Sicoob Metropolitano como anfitrião, e, no dia seguinte (27/10), em Toledo, no Oeste, tendo como anfitriã a Sicredi Progresso PR/SP.
O novo Programa é uma iniciativa do Sistema Ocepar, viabilizada por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Paraná (Sescoop/PR), desenvolvida em parceria com a empresa Gália Consultoria e Treinamento, Instituto Superior de Administração e Economia do Mercosul (Isae), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e mais duas instituições de ensino internacionais: Audencia Business School, de Nantes, na França, e Woxsen University, da Índia.
Em Ponta Grossa, o lançamento foi prestigiado por 29 profissionais de 10 cooperativas da região Centro-Sul, dos ramos Agro, Crédito, Transporte e Trabalho, Produção de Bens e Serviços. O evento foi aberto pelo superintendente do Sescoop/PR, Leonardo Boesche. O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, saudou os participantes por meio de mensagem gravada em vídeo. “O Programa de Sustentabilidade do Cooperativismo Paranaense é fundamental para o desenvolvimento das cooperativas e nós estamos iniciando esse processo agora, com a participação de todos vocês, e isso é muito importante”, afirmou. “Essa sustentabilidade que nós estamos buscando vai fundo na questão econômica, mas também nos aspectos social, de gestão e ambiental, que integram o ESG, tão falado em âmbito internacional. Hoje o mercado busca isso e exige das empresas uma organização mais completa”, acrescentou.
Ainda de acordo com Ricken, as cooperativas do Paraná já realizam um bom trabalho, contemplando as boas práticas de ESG, mas é necessário demonstrar essa realidade, por intermédio da certificação das cooperativas. “Essa é a nossa proposta. Nós estamos nos propondo a desenvolver uma metodologia que comprove tudo o que o cooperativismo tem feito. E isso tem valor no mercado, financeiro e econômico. A ideia é que a cooperativa tenha essa certificação, para que ela possa utilizá-la e nós possamos demonstrar para o mercado que somos responsáveis por aquilo que fazemos e ofertamos. A base é essa. Precisamos do apoio de todos vocês para desenvolvermos essa ação adequadamente. Sucesso a todos nós”, finalizou o presidente do Sistema Ocepar.
Após a abertura, o evento prosseguiu com a participação da gerente de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, Maria Emília Pereira, que fez uma contextualização do Programa ESG+Coop e da jornada percorrida até o momento. O professor de Finanças Sustentáveis do Isae, Maurício Longhini Barbeiro, ministrou palestra sobre “ESG e a conexão com o cooperativismo”. Rosilene Rosado, da Gália Consultoria e Treinamento, apresentou os resultados do inventário de boas práticas em ESG no cooperativismo paranaense. O coordenador de Desenvolvimento Cooperativo do Sescoop/PR, João Gogola, falou sobre as atividades de formação do Programa. Houve ainda a participação de representantes do Isae e da PUCPR, que discorreram sobre as instituições de ensino e a parceria com o Sistema Ocepar.
O Programa ESG+Coop integra uma das ações do Plano Paraná Cooperativo 200 (PRC200), o planejamento estratégico de desenvolvimento do cooperativismo paranaense. O superintendente do Sescoop/PR explica que a sistematização e organização das ações de ESG das cooperativas foram demandas identificadas nas entrevistas com lideranças, dirigentes e gestores do setor, durante a construção do PRC200. O tema se transformou no projeto de número 14, entre os 20 que compõem o planejamento estratégico do setor. “O objetivo é criar um programa de monitoramento, avaliação e certificação das cooperativas paranaenses, com o foco no atendimento a requisitos ambientais, sociais e de governança e desempenho”, explicou. “Vamos trabalhar para organizar os indicadores e ter uma divulgação adequada das ações e iniciativas de ESG do cooperativismo”, ressaltou Boesche.
De acordo com ele, os resultados esperados são o fortalecimento da imagem das cooperativas, com a sistematização e divulgação do que o setor faz para a melhoria das questões ambientais e os impactos sociais positivos da cadeia produtiva do cooperativismo. Diante de um cenário de maior exigência do mercado, um relatório de atividades consistente, que demonstre as ações concretas de ESG, continua o superintendente, abre oportunidades de negócios e melhora o acesso a crédito aos empreendimentos cooperativistas. “Trabalhar nas três dimensões que formam a sigla ESG é um desafio, dada à complexidade dos temas. Mas precisamos começar e vamos atuar para descomplicar o processo, organizando os indicadores do sistema, para que tenhamos padrões comparativos, com a emissão de certificação às cooperativas que estiverem atuando conforme os preceitos exigidos pelo mercado”, afirmou.
O Sistema Ocepar também lançou uma landing page com informações sobre o Programa ESG+Coop. Clique aqui e confira.
Mais detalhes podem ser obtidos pelo fone: 41-3200 1100 ou e-mail: [email protected].
Fonte: Sistema Ocepar
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