O governador Eduardo Riedel (PSDB) e o secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), reafirmaram a determinação de seguir fomentando e fortalecendo o cooperativismo. “Mato Grosso do Sul quer industrializar as grandes cadeias produtivas. Isto se faz com capacidade de investimento do Estado. Vamos gerir com responsabilidade, pensando primeiro nas pessoas, e em parceria com o capital privado”, acentua Riedel.
Para Verruck, o cenário é dos mais positivos, graças aos resultados de sistemas eficientes de produção e comercialização, como é o caso das cooperativas. “Somos um polo de atração de grandes empreendimentos do gênero, especialmente vindos do Paraná”, diz. “Isto mostra a credibilidade dos investidores nas políticas públicas para o setor e a atratividade do Estado, grande produtor de matérias-primas”, completa.
AMBIENTE FAVORÁVEL
Ao frisar que o segmento é um dos principais pilares da economia, Ridel renova sua confiança. E lembra que desde 2020, com o Procoop (Programa de Fortalecimento do Cooperativismo Estadual), o setor ganhou uma sólida e resolutiva política pública de fomento, que criou um ambiente dos mais favoráveis à sua expansão. Entre os ganhos Verruck destaca o fôlego orçamentário do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).
O governo, emenda Riedel, está comprometido com a causa. “Julho é o mês em que se comemora o cooperativismo. Mato Grosso do Sul colhe os resultados de ter um DNA cooperativista, que preconiza união, inclusão e prosperidade na economia”, pontua. As cooperativas geram atualmente 13 mil empregos em 126 unidades e respondem por 50% dos investimentos nos últimos anos. Os projetos em andamento chegam a R$ 3 bilhões.
O cooperativismo, segundo apontam Riedel e Verruck, evoluiu para a agroindustrialização. Para exemplificar, citam investimentos como o da Copasul, de R$ 1,5 bilhão, na Unidade Industrial de Processamento de Soja, em Naviraí, e ampliação da nova fiação de algodão. Cerca de R$ 1,4 bilhão serão investidos nas estruturas e na capacidade de armazenagem de grãos. A fábrica estará operando em dois anos.
REDES COOPERADAS EM REGIÕES
Em Naviraí, a unidade da Copasul é um dos investimentos do setor que se espalham em todo território de Mato Grosso do Sul. Com sua pedra fundamental lançada pelo governador Eduardo Riedel, a fábrica vai gerar 150 empregos diretos e cerca de 1.900 indiretos quando a indústria estiver em pleno funcionamento. Os números equivalem a uma renda, em salários, de R$ 4,2 milhões por ano. Mais R$ 3 bilhões vão nutrir o PIB de Mato Grosso do Sul, com recolhimento de R$ 230 milhões em impostos anuais.
Outras regiões experimentam semelhante sopro de progresso e com atividades diversificadas. É o caso da suinocultura. Em Sidrolândia, a Cooperalfa, de Santa Catarina, inaugurou sua Unidade de Produção de Leitões, investindo R$ 140 milhões e com capacidade para cinco mil matrizes. Devem ser produzidos cerca de 500 leitões/dia. Já em Rio Negro, foi implantada uma criação de suínos.
As indústrias da Seara/JBS, em Dourados, vão ampliar para 10 mil cabeças/dia a capacidade de abate de suínos. A Aurora, em São Gabriel do Oeste, estima um incremento na expansão do abate de 3,2 mil para 6 mil animais por dia no frigorífico. A Coperdia, do Grupo Aurora, e já instalada em Jaraguari, fará um aporte de R$ 100 milhões na instalação de 31 granjas de terminação de suínos, com mais de mil animais cada um e pelo menos cinco ciclos ao ano.
Fonte: Folha de Campo Grande
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