As Cooperativas Certel e Coprel palestraram, na manhã desta quarta-feira, 30 de agosto, sobre as vantagens em participar do mercado livre de energia. O evento ocorreu na Casa do Cooperativismo, junto ao espaço da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), na Expointer, em Esteio. Sediadas em Teutônia e Ibirubá, tanto Certel como Coprel já são comercializadoras, disponibilizando suas energias para todo o Brasil.
Os painelistas foram o vice-presidente da Certel, Daniel Luis Sechi e o orientador comercial de energia da Coprel, Gabriel Bathú Paulus. Ambos destacaram que, a partir de janeiro de 2024, o mercado livre estará disponível para qualquer consumidor do Grupo A que tenha transformador e subestação particulares, com contrato de demanda, sendo uma pré-condição não possuir geração distribuída. Já a partir de 2026, este mercado deverá estar liberado também para consumidores de baixa tensão.
Mais liberdade
Sechi observa que o setor elétrico está possibilitando mais liberdade para os consumidores. E as Cooperativas de energia, que existem há mais de 60 anos, surgem como uma alternativa nesse sentido. Para tanto, investem na própria geração, contando com diversas hidrelétricas e usinas fotovoltaicas. “Estamos incentivando o Cooperativismo e as formas de negócios que ele nos proporciona. E agora, consumidores de todo o Brasil já podem se tornar nossos associados também. Ou seja, a distribuição, o fio, o transformador e o atendimento da distribuidora local permanecem os mesmos. Porém, a energia elétrica que passa dentro dos condutores pode ser adquirida pelo mercado livre, possibilitando uma significativa redução no custo da energia”, afirma o dirigente da Certel.
Paulus também vê como uma grande oportunidade esta abertura do mercado. Cita que as Cooperativas contam com ampla expertise, a exemplo de usinas próprias e muitos ativos de geração que garantem segurança e confiabilidade na ponta para os consumidores. E isso, segundo o orientador comercial, torna muito viável a migração para o mercado livre. “Então, estamos aqui para levar essa solução aos nossos associados e a todo o Brasil, para que tenham, realmente, ganhos expressivos em economia. Precisamos, cada vez mais, entender que o empoderamento do consumidor é uma grande oportunidade para as nossas Cooperativas”, frisa.
Vantagem econômica
Segundo o presidente da Certel, da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs) e diretor da Ocergs, Erineo José Hennemann, a compra de energia pelo mercado livre é uma grande vantagem econômica, visto que estes consumidores podem optar por empresas que ofereçam a tarifa mais acessível, possibilitando redução no custo da energia. “E esta é mais uma razão que leva as Cooperativas a investirem em geração própria, limpa e renovável. Isto porque, um dos fatores de escolha para quem deseja ingressar neste mercado é o aproveitamento de uma geração de energia por fontes renováveis”, pontua.
Oportunidade de futuro
Para o presidente da Ocergs, Darci Pedro Hartmann, esta oportunidade de futuro que é visualizada pela Certel e Coprel representa o início de uma grande caminhada do Cooperativismo. “Precisamos disseminar isso para todas as Cooperativas e Empresas brasileiras. Além de contemplar o projeto RSCOOP150BI, temos que avançar no share de mercado e gerar mais renda para o nosso associado. Assim como as Cooperativas de energia já auxiliam umas às outras e até às concessionárias em situações de temporal, agora, elas se colocam à disposição de todo o mercado nacional para disponibilizar uma energia renovável e mais barata. Parabéns à Certel e à Coprel por anteverem o futuro, e é assim que se constrói o Cooperativismo daqui para a frente. Precisamos gerar resultados, buscar escala e estimular cada vez mais a intercooperação”, enfatizou.
Vantagens do mercado livre
– não incidência de bandeiras tarifárias;
– confiabilidade de suprimento;
– preço de energia igual em qualquer horário;
– competitividade de preços;
– previsibilidade orçamentária;
– Llvre negociação;
– redução de custos;
– sustentabilidade.
Fonte: Imprensa Certel
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