Com a aproximação do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro (RJ), o Brasil tem a oportunidade de destacar sua liderança em temas cruciais como a bioeconomia e o desenvolvimento sustentável. Na presidência da Cúpula de Líderes, o país já aprovou um conjunto de dez princípios sobre bioeconomia, que orientam uma transformação econômica comprometida com a circularidade, a conservação da biodiversidade, a descarbonização e a justiça social.
“Ao colocarmos o desenvolvimento científico e tecnológico em linha com os princípios de bioeconomia, avançamos para integrar a conservação dos ecossistemas e o uso sustentável dos recursos naturais, o que é essencial para o desenvolvimento econômico e social”, aponta Gustavo Loiola, especialista em ESG e Gerente de Projetos Educacionais no PRME – iniciativa do UN Global Compact.
Entre os principais pontos dessa agenda está a discussão sobre como desvincular o crescimento econômico da destruição ambiental, demonstrando que é possível promover avanços econômicos por meio da inovação sustentável. “A bioeconomia é uma agenda emblemática para demonstrar que o crescimento econômico não precisa andar de mãos dadas com a degradação ambiental”, diz.
Outro tema central será a inclusão dos povos originários, que têm um papel fundamental na conservação dos ecossistemas. Para o especialista, a valorização dessas comunidades no processo econômico pode gerar impactos positivos na segurança alimentar, na agricultura sustentável e na biotecnologia. “O Brasil pode mostrar ao mundo que preservar ecossistemas vivos e ativos traz ganhos econômicos reais, especialmente em setores como o cosmético e o farmacêutico, que têm uma forte conexão com a biodiversidade”, ressalta.
Com o Brasil também sediando a próxima COP em 2025, as discussões do G20 servirão como um ponto de convergência para fortalecer a posição do país e de toda a América Latina, considerada o berço da biodiversidade, no palco global. “Isso se torna ainda mais relevante com o alinhamento entre as cúpulas internacionais, criando um ambiente fértil para a implementação de soluções inovadoras e sustentáveis”, complementa Gustavo Loiola.
Fonte: Imprensa