A saúde mental e emocional dos colaboradores e cooperados tem sido uma das maiores preocupações das cooperativas. A questão tem despertado cada vez mais o interesse das cooperativas, que têm criado programas e projetos internos voltados para o bem estar geral dos funcionários.
Várias pesquisas e levantamentos têm sido feitos para encontrar os pontos mais importantes e de como lidar com a questão. Um deles foi a pesquisa realizada pela H2R Insight & Trends em parceria com a Flash H2R do Comportamento – Bem-estar e Saúde Mental da Mulher, que mostrou um maior sofrimento nas mulheres, em decorrência das pressões externas sobre as suas saúdes mentais. A pesquisa foi feita com 1.023 pessoas das classes ABC, entre as quais 510 são mulheres. A margem de erro foi de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos, no intervalo de confiança de 95%.
O estudo fortaleceu ainda mais a necessidade de se olhar com atenção para esse público, sobretudo quando o assunto é bem-estar e saúde emocional.
As mulheres estão mais conscientes da importância de se cuidar de sua saúde mental
O resultado foi o de que elas se preocupam mais, quando o assunto é referente à saúde mental do que eles. Para se ter uma ideia, nove entre dez mulheres entrevistadas demonstraram preocupações com os cuidados com a saúde mental.
Segundo o estudo, para 52% das mulheres os problemas financeiros e estresse no trabalho são alguns dos principais desencadeadores do problema. A autopercepção de bem-estar emocional, entre as mulheres é menor do que entre os homens, 44% contra 51%.
Conectados com a questão, a Aliança Global para a Saúde da Mulher, organizada pelo Fórum Econômico Mundial, defende que investir na saúde mental das mulheres é o melhor caminho para o desenvolvimento econômico social.. A plataforma multissetorial, que molda o futuro da saúde da mulher, afirma que as mulheres mentalmente saudáveis ajudam todos a crescerem.
Segundo a Aliança, as condições de saúde mental afetam as mulheres de forma única e desproporcional, fazendo com que passem mais tempo com os problemas. Esse estudo reforça a ideia de que as mulheres têm uma maior percepção sobre as questões de saúde mental. Nele se constatou, que 25% das entrevistadas se preocupam com as diversas pressões culturais e sociais, além do fato de serem alvo de preconceito.
Alessandra Frisso, diretora da H2R, lembra que a mulher, mãe, profissional, esposa, filha é alvo de preconceito a respeito da sua própria saúde mental. A pesquisa também demonstrou que 70% das mulheres conhecem alguém que já teve algum diagnóstico de saúde mental. “Durante a 78ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina J. Mohammed, secretária-geral adjunta do organismo, declarou que a saúde mental se tornou uma pandemia silenciosa na vida de muitas mulheres. Olhando especificamente para os números da pesquisa, é possível reconhecer a importância de se abordar as questões de saúde mental das mulheres com sensibilidade, compreensão e apoio, garantindo o acesso a recursos e serviços que atendam às suas necessidades específicas”, conclui Alessandra.
Por Priscila de Paula – Redação MundoCoop
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