Um grupo formado por mulheres quilombolas participou de uma palestra de introdução ao cooperativismo oferecida pelo Sistema OCB/GO, na tarde desta quinta-feira (20). As 16 mulheres representam comunidades quilombolas de quatro cidades, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Minaçu e Cromínia. O evento foi organizado pelo Comitê de Mulheres Elas pelo Coop Goiás.
As participantes foram mobilizadas pela jornalista Francis Telles, que já participou de cursos e startups promovidos pelo Inovacoop Goiás e do Workshop de Mulheres, também promovido pelo Elas pelo Coop Goiás. “Eu entendi que o cooperativismo pode impulsionar esse grupo de mulheres”, conta. Segundo Francis, a demanda para que as mulheres se organizem nas comunidades para melhorar a renda e a vida financeira é antiga. “Essas mulheres que estão aqui são bastante atuantes, são líderes de suas comunidades, atuam como Agentes de Pastoral Negros, quilombos, comunidades organizadas, são professoras, artesãs. São formadoras de opinião e multiplicadoras que estão interessadas no modelo de negócio cooperativista”, acrescenta.
A palestra “Cooperativismo: uma perspectiva de oportunidades”, foi apresentada pelo analista de cooperativismo da OCB/GO, Emanuell Lopes. Dentre os temas abordados, são explicados quais são os critérios para a constituição de uma cooperativa, os diferentes ramos, a função das assembleias e conselhos. São apresentados também os serviços e a atuação da OCB/GO na representação e defesa das cooperativas goianas, além de todo portifólio de cursos e eventos do SESCOOP/GO.
Maria Lúcia das Dores Ferreira é presidente de uma comunidade quilombola de Aparecida de Goiânia e saiu animada da palestra. “Eu faço turbantes artesanais, temos outras mulheres na comunidade que fazem sandálias, crochês, vários outros produtos. Acredito que dê pra montar uma cooperativa, sim. É isso o que queremos, a gente tem vontade de crescer”, comenta.
A artesã afirma que as dificuldades são muitas para quem está produzindo sozinho. “Fazer os contatos é difícil e trabalhar na comercialização também. Por exemplo, eu não acho simples mexer com redes sociais, fazer vídeos e divulgar meus produtos por lá. Acredito que com a organização da cooperativa isso vai ser possível”, afirma.
Fonte: Sistema OCB/GO
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