Representada pelo presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial participou, na sexta-feira (11/11), em Brasília, do painel “A importância das cooperativas brasileiras para o agro sustentável”, que integrou a programação da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Lourenço fez uma apresentação das ações sustentáveis desenvolvidas pela organização.
O evento, que foi transmitido para o Egito, onde acontece a COP27, contou com a participação de três outras cooperativas e foi conduzido pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Lourenço destacou os avanços do programa de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), do qual a Cocamar é uma das pioneiras no Brasil. O modelo agrega diferentes atividades na mesma área e em épocas diferentes ao longo do ano, como produção agrícola durante os meses quentes, cultivada em sistema de plantio direto, e pecuária de alta performance no inverno.
A isso se soma floresta de eucaliptos para proporcionar conforto térmico aos animais e uma fonte adicional de renda com madeira. Entre outros benefícios, a ILPF promove a recuperação do solo degradado e, com a diversificação de negócios, equilíbrio financeiro para a propriedade, além de reduzir drasticamente a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.
“Temos cerca de 160 mil hectares com sistemas integrados nas regiões da Cocamar”, ressaltou o presidente do Conselho da cooperativa, assinalando que esse modelo “tem promovido uma verdadeira revolução em áreas que antes eram ocupadas por pastagens degradadas”.
Lourenço disse também que toda a energia elétrica gerada no complexo industrial advém de cogeração a partir de biomassa e também de biogás, sendo que grande parte das unidades de atendimento aos cooperados, nos municípios, consome energia fotovoltaica.
A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima busca debater e encontrar soluções por meio da cooperação internacional e multissetorial, uma vez que a contribuição de cada país para a redução das emissões de gases de efeito estufa, ainda não é o bastante para atingir as metas de redução dos níveis de aquecimento global até 2050.
O descompasso foi reconhecido no Pacto de Glasgow – o documento final das negociações da COP 26. Por isso, a COP 27 foi colocada como o prazo limite para que os países revisem suas metas.
Entre vários outros itens, o Pacto de Glasgow menciona, a urgência em dedicar esforços para diminuição progressiva de fontes fósseis que não utilizem tecnologias de mitigação de carbono, reforçando a necessidade de redução de subsídios “ineficientes” aos fósseis.
Fonte: Imprensa Cocamar
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