Acontece entre os dias 6 e 18 de novembro a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP27. Sendo um dos maiores eventos mundiais sobre sustentabilidade, o encontro – que acontece em Sharm El-Sheik, no Egito – reúne diversos líderes e representantes do cenário mundial, para discutirem temas ligados às mudanças climáticas no planeta.
O Brasil, mais uma vez, tem um papel de destaque durante o evento, principalmente através de suas iniciativas voltadas para o alcance de um agro mais sustentável. Nesta sexta-feira, 11, o Sistema OCB integrou um painel especial no Pavilhão Brasil.
Com a presença de dirigentes de cooperativas agropecuárias brasileiras, o painel ‘A importância das cooperativas para o agro sustentável’ contou ainda com a presença do Presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Em sua fala inicial, Freitas lembrou do papel do movimento, principalmente na busca por um agro mais inclusivo para pequenos produtores. “As cooperativas trazem oportunidade para que pequenos produtores acessem as oportunidades e tecnologias que estão em alta no mercado agro mundial”, frisou.
Parte do seminário Energia, Indústria, Agro e Investimentos Verdes, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Pavilhão Brasil, o painel apresentado pela OCB buscou destacar iniciativas que estão mudando a forma de fazer o agro no Brasil.
Através de parcerias com empresas, bancos e outros players do ecossistema, o Brasil tem alcançado outro patamar no que se refere à produção sustentável. Entre as iniciativas destacadas, está o projeto CooperSemear, que auxilia cooperados a restaurarem áreas de conservação de vegetação nativa, e o CooperNascentes, focado na restauração de minas d’água no campo. Realizados pela Coopercitrus, ambos os projetos fazem parte do braço ambiental da Fundação Coopercitrus Credicitrus, localizada em Bebedouro (SP).
Além desta, o painel ainda apresentou o sistema lavoura-pecuária-floresta (iLPF), que busca unir produção com sustentabilidade em áreas específicas, promovendo o uso do solo de forma extensa e sustentável. Em plena expansão no Brasil, a cooperativa Cocamar é uma das protagonistas desse movimento, e já tem sob o seu guarda-chuva 220 cooperados com o modelo implementado, totalizando mais de 210 hectares de terra.
Voltando para a energia renovável, a CCPR destacou durante a sua participação os projetos voltados para a implementação de projetos de energia solar, assim como iniciativas voltadas ao tratamento de efluentes e a reciclagem de resíduos.
Para completar, a Coplana trouxe para o painel a importância da agricultura de baixo carbono, ressaltando seu compromisso com o apoio a esse movimento. Crescendo de forma exponencial no Brasil e no mundo, a agricultura de baixo carbono já traz resultados, e é possível através de mudanças nos sistemas de produção e pioneirismo na logística reversa de embalagens.
Em depoimento a respeito da participação do Brasil na COP27, Márcio Lopes de Freitas lembrou da conexão do cooperativismo com a agenda sustentável, e frisou a importância da participação do setor no evento mundial. “Faz parte da natureza do cooperativismo a busca e a implementação de soluções que conciliem o desenvolvimento econômico com o combate ao aquecimento global e a preservação do meio ambiente. Somos, definitivamente, parte da solução no que diz respeito às questões climáticas, tanto que já somos referência mundial na produção sustentável. O agronegócio cooperativo é pautado em sustentabilidade e no desafio de alcançar uma economia neutra em carbono, com destaque para a redução das emissões de metano”, completou.
A COP27 continua até o dia 18 de novembro, com palestras, painéis e debates sobre os principais temas de interesse da comunidade global. Fique ligado nos canais da MundoCoop para mais novidades sobre o evento.
Por Redação MundoCoop
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